Os jovens de 15 a 19 anos que não receberam a dose da vacina contra o HPV na faixa etária preconizada pelo Ministério da Saúde, entre 9 e 14 anos, têm até este mês de dezembro para se vacinar pelo SUS. Em Curitiba, cerca de 21,5 mil jovens nessa faixa etária têm direito à imunização, no entanto, somente 1.605 buscaram a proteção nas unidades de Saúde da capital.
“Vacinar na infância e adolescência é a melhor estratégia para proteger as gerações de doenças sérias. Vacinar é cuidar”, destaca a secretária municipal da Saúde, Tatiane Filipak.
Segundo ela, os jovens precisam aproveitar a oportunidade de ampliação extraordinária da faixa etária para se proteger.
“Estamos em tempo de natal, de escolha de presentes para a família. Proteger contra o HPV é um presente que dura a vida toda”, reforçou.
O público de mais de 21 mil pessoas em Curitiba, a maioria homens, é considerado pelo Ministério da Saúde como faltoso à estratégia de vacinação contra o papilomavírus humano.
No calendário Nacional de Imunização do SUS, esse imunizante está disponível nas salas de vacina em todo país desde 2014 para meninas entre 9 e 14 anos e, desde 2017, para meninos da mesma idade, portanto, aqueles que não foram vacinados na faixa etária indicada, tem agora a última chance de se proteger pelo sistema público de Saúde.
Nas clínicas de imunização particulares, a vacina contra o HPV chega a mais de mil reais cada dose.
Cobertura vacinal
Em 2025, pela primeira vez desde que foi implantada a vacinação contra o HPV pelo SUS, Curitiba atingiu 100% de cobertura vacinal com esse imunizante para a faixa etária de 9 a 14 anos. O resultado é fruto de diversas estratégias adotadas pelas equipes das Unidades de Saúde, como busca ativa de faltosos, vacinação em escolas e em eventos públicos e a sensibilização das famílias sobre a importância da imunização.
HPV
O HPV (sigla em inglês para Papilomavírus Humano), é responsável pela infecção sexualmente transmissível mais frequente no mundo. Está associado ao desenvolvimento da quase totalidade dos cânceres de colo de útero, bem como a diversos outros tumores em homens e mulheres. Na maioria das pessoas, a infecção pelo HPV não apresenta sintomas e, em alguns casos, pode ficar latente de meses a anos, sem manifestar sinais de adoecimento.
Estima-se que cerca de 80% das mulheres sexualmente ativas são contaminadas com este vírus em algum momento da vida.
A vacinação na infância e adolescência, para meninos e meninas, evita a contaminação antes do início da vida sexual, prevenindo a ocorrência de diversos tipos de cânceres.