A Prefeitura de Curitiba trabalha para a prevenção de enchentes com os serviços constantes de manutenção e implantação de redes de drenagem em diferentes regiões da cidade. O programa Curitiba Contra as Cheias é coordenado pela Secretaria Municipal de Obras Públicas (Smop), por meio do Departamento de Pontes e Drenagem.
São obras e manutenções de macrodrenagem que aumentam a capacidade de rios e córregos resistirem aos transbordamentos e ajudam a capacidade de a rede suportar grandes precipitações. Mesmo em situações como as fortes chuvas ocorridas nos últimos dias, provocando pontos de alagamentos, as obras fazem com que a situação se normalize mais rapidamente, com o escoamento da água em pouco tempo, reduzindo a interdição de pontos.
“São serviços realizados em galerias, canalizações, perfilamento de rios, reservatórios de contenção de cheias. Um conjunto de ações para minimizar o impacto das fortes chuvas e garantir segurança à população”, diz o prefeito Rafael Greca.
Nos últimos cinco dias, o volume acumulado de precipitação pluviométrica foi de 154mm, segundo o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), índice muito superior à média história de 94mm, prevista para todo o mês de junho na cidade.
A instabilidade no regime de chuvas tem relação direta com as mudanças climáticas. O município tem uma série de ações para conter a emissão de gases que causam o aquecimento do planeta e de resiliência em relação às mudanças, como é o caso dessas obras para minimizar o impacto das cheias e programas como a Reserva Hídrica do Futuro.
As obras
Atualmente há cinco grandes obras de macrodrenagem em andamento pelo programa Curitiba Contra Cheias. De acordo com o secretário municipal de Obras Públicas, Rodrigo Araújo Rodrigues, desde 2017, durante a gestão do prefeito Rafael Greca, foram concluídas 23 obras que minimizam a incidência de alagamentos na cidade, sendo 16 iniciadas e concluídas em menos de um ano.
“Além das grandes intervenções o nosso Departamento de Ponte e Drenagem realiza constantemente serviços de manutenção e implantação de drenagem para tornar a cidade mais resistentes aos danos causados por chuvas fortes", diz Rodrigues.
Ao longo desta gestão foram executados 34.439 metros de galerias de águas pluviais e 279.926 metros de limpeza e desassoreamento de rios, córregos e canais.
Entre as obras, está o sistema de contenção de cheias do Rio Juvevê, com a implantação de galerias reservatórios para o controle de vazão de água nas ruas Camões (Hugo Lange); Rua João Américo de Oliveira (Cabral) e Herval, no Alto da Rua XV.
Juntas, as três estruturas têm capacidade de reserva de 9 milhões de litros de água, volume que depois de armazenado vai sendo liberado à medida que o temporal diminui.
Uma situação pontual e momentânea de alagamento foi registada na última quarta-feira (1/6), na Rua Camões, em um trecho fora do alcance da obra, causado pelo excesso de resíduos vegetais que obstruíram as caixas de captação. Equipes de manutenção da Prefeitura trabalharam com agilidade na limpeza da cidade para minimizar os estragos causados pelas chuvas.
Entre as obras em andamento estão as da Bacia de Detenção do Rio Mossunguê, entre as ruas Eduardo Sprada e Maria Bizinelli, no Campo Comprido, onde estão sendo construídos diques de contenção, estruturas de controle, muros de contenção, passarela, ponte, parque, paisagismo e recuperação de mata ciliar e as obras de implantação da Bacia de Dtenção na sub-bacia do Ribeirão do Müller. O rio, que tem nascente e foz na região da CIC, está recebendo intervenção com implantação de bacia de contenção para mitigar o efeito das fortes chuvas. Os impactos positivos da obra se estenderão também ao Rio Barigui, freando o potencial de causar enchentes para proteger as famílias ribeirinhas.
Para prevenir e minimizar alagamentos na região da Vila 29 de Outubro, no Tatuquara, a Prefeitura de Curitiba conta com um projeto especial, de Gestão de Risco Climático Bairro Novo do Caximba, a maior intervenção socioambiental da história recente de Curitiba.
População consciente
Além das obras de serviços de manutenção executados pela Prefeitura, outra importante forma de prevenir os alagamentos depende do comportamento da população, destinando corretamente o lixo e materiais que podem ser reciclados.
Quando o lixo, resto de materiais de construção, móveis e outros entulhos são jogados nos rios, ou descartados em calçadas e locais inadequados, acabam indo para as galerias de captação das águas das chuvas, nos rios, gerando obstruções e potencializando as situações de alagamentos.
Descarte irregular de materiais pode ser denunciado pelo 156.
Monitoramento
Uma das medidas importantes na prevenção de alagamento e desastres da cidade é o monitoramento da quantidade de água da chuva por uma rede de equipamentos, denominados pluviômetros, espalhados por diversas regiões de Curitiba.
Atualmente a capital conta com 11 pluviômetros, que foram instalados pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente em parceria com o Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden), em locais estratégicos para a cidade.
Os pluviômetros são alimentados por painéis solares e os dados obtidos (quantidade de chuva) são transmitidos em tempo real para o Cemaden. O Centro é responsável pelo processamento, análise e mapas técnicos, que ficam disponíveis no site para consulta dos órgãos municipais - Secretaria do Meio Ambiente e Defesa Civil.
Veja os locais onde foram instalados os 11 pluviômetros:
CEI Raul Hollemberg (São Braz)
CEI Romário Martins (Cachoeira)
Unidade de Saúde Bom Pastor (Vista Alegre)
CEI Prof. Lauro Smanhotto (Pilarzinho)
CEI Doutel de Andrade (Boa Vista)
Distrito de Manutenção (Santa Felicidade)
CEI Julio Moreira (São Braz)
Unidade de Saúde Vila Esperança (Atuba)
CEI Padre Francisco Meszner (CIC)
Unidade de Saúde Umbará (Umbará)
Portal do Futuro Cajuru (Cajuru)
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