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Mais investimentos no Paraná

Novas indústrias impulsionam a geração de emprego e renda em Curitiba e Região Metropolitana

Renault e Geely se unem para investir R$ 3,8 bilhões em novo ciclo automotivo no Paraná Foto: Jonathan Campos/AEN

Texto: Vanessa Brollo e Maria Duarte
Secretaria Municipal da Comunicação Social (Secom)

A expansão dos investimentos industriais no Paraná em 2025 provoca impactos diretos na geração de empregos e renda em Curitiba e na Região Metropolitana. O fortalecimento do setor automotivo e a chegada de novos empreendimentos criam um cenário favorável para atividades produtivas, serviços e comércio, com reflexos imediatos na economia local.

O Paraná assinou 127 contratos de parceria para implantação e ampliação de parques industriais em 2025. O número é o maior da história do programa estadual e já supera o total de 2024. 

Desses 127 contratos, 52 são em Curitiba e Região metropolitana:

  • Curitiba - 23
  • Araucária - 7
  • Campina Grande do Sul - 2
  • Fazenda Rio Grande - 1
  • Pinhais - 6 
  • São José dos Pinhais - 11 
  • Campo Largo - 2

Os novos acordos representam R$ 13,81 bilhões em investimentos, segundo dados da Assessoria de Assuntos Econômicos e Tributários da Secretaria da Fazenda. 

O secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Inovação, Paulo Martins, lembra que Curitiba está inserida de forma estratégica nesse novo ciclo de desenvolvimento do Paraná e que a atração de investimentos industriais fortalece a base produtiva, gera empregos qualificados e movimenta toda a cadeia de serviços e comércio da cidade. 

"Cada nova indústria que se instala ou amplia suas operações no Estado representa mais oportunidades para a nossa população, mais inovação e mais dinamismo econômico. Esse movimento consolida Curitiba como um polo de desenvolvimento, preparado para crescer de forma integrada com os municípios da Região Metropolitana”, diz Paulo Martins.

Recorde de investimentos e expansão do setor automotivo

Entre os projetos que reforçam a presença da indústria na Região Metropolitana de Curitiba está a expansão do parque automotivo da Renault do Brasil, em São José dos Pinhais. Em novembro, o Governo do Paraná oficializou o acordo com a chinesa Geely para uma nova etapa de diversificação da produção. O investimento de R$ 3,8 bilhões marca um novo ciclo do setor automotivo na região e consolida o Estado como o segundo maior polo automotivo do País.

O gestor do Programa Paraná Competitivo e diretor de Assuntos Econômico e Tributários da Secretaria da Fazenda, Francisco de Assis Inocêncio, afirma que o investimento da Renault, aliado a outros projetos estratégicos, redefine a dinâmica econômica da RMC. “Este novo projeto de diversificação da Renault, em parceria com a Geely, representa um ciclo renovado para o setor automotivo na Região Metropolitana de Curitiba, com efeitos multiplicadores em todo o Estado e no País”, afirma.

Ele ressalta que o impacto vai além do ambiente industrial.

“A expansão ou instalação de polos industriais provoca mudanças imediatas no perfil econômico e social da região. Aumenta a migração de trabalhadores, estimula o setor imobiliário, fortalece o comércio e amplia a demanda por serviços. Tudo isso resulta em crescimento da massa salarial e melhora do poder aquisitivo da população”, explica Inocêncio.

Integração metropolitana e planejamento regional

Para o secretário de Desenvolvimento da Região Metropolitana, Thiago Bonagura, a ampliação da atividade industrial traz benefícios para todo o anel metropolitano, formado por 29 municípios e com 3,7 milhões de habitantes.

“Muitas pessoas trabalham em um município e moram em outro. Ações que movimentam a economia e geram empregos e oportunidades trazem benefícios para o entorno”, afirma.

Segundo Bonagura, o prefeito Eduardo Pimentel administra Curitiba com olhar atento ao entorno, buscando levar mais desenvolvimento para toda a região, por isso o diálogo constante com os municípios e as ações integradas, com planejamento, são essenciais.

Efeito multiplicador da indústria na economia

Segundo dados da Confederação Nacional da Indústria, para cada R$ 1 produzido pela indústria brasileira outros R$ 2,44 são gerados na economia. O multiplicador supera setores como agropecuária e comércio e serviços. 

Em locais com economia diversificada e infraestrutura consolidada, como Curitiba e a Região Metropolitana, o impacto tende a ser ainda maior pela presença de fornecedores, mão de obra qualificada, logística eficiente e capacidade de absorção tecnológica.

Nesse cenário, o gerente de Desenvolvimento Industrial e Social da Fiep, Marcelo Percicotti, avalia que os investimentos atraídos pelo Paraná intensificam a geração de empregos e renda em Curitiba e na RMC, impulsionados pelo novo ciclo de expansão do setor automotivo. Segundo ele, a ampliação das montadoras e de seus fornecedores gera empregos diretos e desencadeia uma extensa cadeia de efeitos indiretos e induzidos.

“Cada emprego criado no setor automotivo estimula novos postos em áreas como autopeças, metalmecânica, plástico, logística, serviços técnicos, construção e tecnologia, o que fortalece o adensamento produtivo e amplia o conteúdo local”, afirma o gerente.

Marcelo destaca que municípios do entorno de Curitiba também se beneficiam da ampliação de parques industriais e centros logísticos, reduzindo disparidades internas e fortalecendo a integração produtiva na região metropolitana.

“Ao mesmo tempo, cria um ambiente mais favorável à inovação, fomenta parcerias com instituições de ensino e amplia a qualificação profissional. O movimento ainda impulsiona investimentos em infraestrutura, logística e energia, criando condições mais eficientes para a atividade produtiva”, diz.

Empresa local sente os reflexos do crescimento industrial


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A Ferramentaria GTAM, fundada há 15 anos para atender grandes clientes instalados em São José dos Pinhais, está em processo de ampliação devido ao aumento da demanda. A empresa, que iniciou suas atividades no bairro Afonso Pena e atualmente está instalada no bairro Zacarias, atende principalmente os setores automotivo, dental e alimentício, com a confecção de máquinas e dispositivos e a reparação de ferramentas industriais.

O proprietário, Tadeu Ribeiro, explica que o negócio surgiu a partir de sua experiência como funcionário de uma empresa que atendia montadoras. Antes de montar a empresa, ele trabalhava para um fornecedor de montadora e percebeu a necessidade de atendimento no local, na fábrica, com mão de obra especializada e mais acessível. Assim surgiu a GTAM, para dar suporte aos clientes que precisam de manutenção de moldes de grande porte, painéis de instrumentos e laterais de portas, itens que pesam entre 20 e 40 toneladas ou até mais. 

"Quando comecei a trabalhar no setor automotivo, percebi a necessidade de criar soluções que evitassem o envio de peças não conformes às montadoras. A partir disso, investi na criação de dispositivos que verificam a conformidade das peças. Hoje esse é o nosso foco principal, desenvolver soluções que atendem o processo fabril por meio de sistemas de automação com inteligência artificial aplicada”, conta.

OUÇA AQUI
Tadeu Ribeiro, proprietário da Ferramentaria GTAM

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O empresário já projeta novas contratações conforme o aumento da demanda. “A ideia é futuramente contratar cinco ou seis funcionários a mais, apesar de muitos processos já serem automatizados”, afirma.