O primeiro dia da Cúpula de Prefeitos do C40, que está acontecendo no Museu do Amanhã no Rio de Janeiro, foi bastante produtivo para a cidade de Curitiba. Nesta segunda-feira (3/11), o prefeito Eduardo Pimentel assinou a parceria da cidade com o Acelerador de Sistemas Alimentares Prósperos da C40 Cities e também o Memorando de Entendimento com a ONU Habitat para os assuntos de planejamento urbano.
No início da manhã, o prefeito Eduardo Pimentel também acompanhou a plenária de abertura do evento: “Cidades entregando liderança global para ação climática”. Logo depois aconteceu a adesão de Curitiba ao Acelerador de Sistemas Alimentares. A ação é para combater a insegurança alimentar e nutricional e construir um futuro alimentar sustentável.
Avanços para Curitiba
Ao lado de Cassie Sutherland, diretora-geral da equipe de Soluções e Redes Climáticas da C40, o prefeito Eduardo Pimentel assinou os dois documentos e explicou a importância desses acordos para a capital paranaense.
“Acabamos de assinar duas ações importantes de aceleração do C40, o contínuo planejamento urbano e sustentável da nossa cidade e também o Acelerador de Sistemas Alimentares. Isso é muito do que nós já fazemos, a refeição saudável e nutricional todos os dias para os nossos 140 mil alunos nas escolas municipais, mas também as nossas hortas urbanas, Fazendas Urbanas e Restaurantes Populares”, disse o prefeito Eduardo Pimentel.
O prefeito também adiantou que ainda neste ano vai inaugurar o Restaurante Popular do Tatuquara e no ano que vem o Restaurante Popular do Boqueirão. A presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), Ana Jayme, a secretária municipal do Meio Ambiente, Marilza Dias, e o chefe de Relações Internacionais e do Cerimonial da Prefeitura, Rodolpho Zannin Feijó, também acompanharam a assinatura dos documentos.
No mundo
Além de Curitiba, Fortaleza (CE), Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP) no Brasil e as cidades de Acra (Gana), Cidade do Cabo (África do Sul), Dakar (Senegal), Guadalajara (México), Johanesburgo (África do Sul), Lagos (Nigéria), Medellín (Colômbia), Nairóbi (Quênia), Quezon City (Filipinas) e Tshwane (África do Sul) também já aderiram ao Acelerador de Sistemas Alimentares Prósperos da C40 Cities.
O Acelerador de Sistemas Alimentares Prósperos da C40 é um compromisso dos prefeitos com um plano de ação claro da C40 Cities, projetado para mostrar as ações ambiciosas que cidades da África, Ásia e América Latina estão tomando para melhorar os sistemas alimentares urbanos até 2035. Ele se concentra em como as cidades estão lidando com a fome, construindo economias alimentares prósperas e alinhadas com o clima e promovendo sistemas alimentares resilientes, inclusivos e sustentáveis.
Mudanças climáticas
Durante a tarde desta segunda-feira (3/11), o prefeito Eduardo Pimentel e a equipe da Prefeitura também apresentaram os projetos de resiliência climática e as ações do Plano de Mitigação e Adaptação às Mudanças Climáticas de Curitiba (PlanClima) para Laurence Maurice, representante da Z Zurich na América Latina.
A Z Zurich Foundation trabalha com comunidades locais em todo o mundo desde 2013. O foco da Fundação tem sido na adaptação às mudanças climáticas, com entregas bem-sucedidas em resiliência comunitária a inundações na Colômbia, Equador e EUA.
Em Curitiba, o Plano de Mitigação e Adaptação às Mudanças Climáticas (PlanClima) é a principal estratégia municipal para enfrentar os desafios das mudanças climáticas e construir uma cidade mais sustentável, resiliente e neutra em carbono até 2050. Alinhado ao Acordo de Paris e aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, o plano orienta políticas públicas integradas em mobilidade, descarbonização da frota, energia limpa, gestão dos resíduos, uso do solo, infraestrutura verde e soluções baseadas na natureza, hipervisor urbano e governança climática.
O plano estabelece 20 ações prioritárias que estão sendo implementadas em parceria com diversos órgãos municipais, universidades, setor privado e a sociedade civil. Entre elas destacam-se: a ampliação das áreas verdes e parques-esponja, a transição energética com foco em energia solar e eficiência nos prédios públicos, o incentivo à mobilidade elétrica, o fortalecimento da gestão de resíduos e compostagem, e o estímulo à economia de baixo carbono e à educação ambiental.