O legado de Ildefonso Pereira Correia, o Barão do Serro Azul, foi celebrado na noite desta segunda-feira (20/5) no Cine Passeio. O espaço recebeu uma reprodução do retrato original do homenageado, um óleo sobre tela do artista José Daros e uma placa alusiva aos 125 anos da morte do barão. A homenagem foi uma iniciativa da Prefeitura de Curitiba e da Associação Comercial do Paraná.
Natural de Paranaguá, Ildefonso foi o maior exportador de erva-mate do Paraná e o maior produtor do mundo. O título de barão foi concedido pela Princesa Isabel em 1888. Como ervateiro, investiu na antiga Typographia Paranaense (futura Impressora Paranaense) para aprimorar as embalagens de erva-mate. Também teve papel fundamental na fundação da Associação Comercial do Paraná, ACP, sendo considerado o primeiro presidente da história da instituição.
O barão foi o fundador da Impressora Paranaense, que funcionou no mesmo prédio que atualmente abriga o Cine Passeio, na Rua Riachuelo, e que também foi sede do quartel do Exército Brasileiro.
O prefeito Rafael Greca, acompanhado da primeira-dama, Margarita Sansone, participou da solenidade e destacou a importância do Barão do Serro Azul, um visionário para a época. “O primeiro empreendedor inspira o futuro”, disse Greca. A data da homenagem coincidiu com a abertura da Semana MEI, ação realizada pelo Vale do Pinhão com palestras, oficinas e consultorias para capacitação de microempreendedores individuais.
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Após um discurso emocionado sobre a vida do barão, Greca finalizou. “Que brilhe entre nós a luz dos pinhais, que também é a luz do Serro Azul, a luz do nosso barão, viva Curitiba.”
Na sequência foi exibido o filme O Preço da Paz, de Maurício Appel, que narra a história de Ildefonso. Além de produtor e comerciante de destaque, ele foi um dos defensores de Curitiba durante a Revolução Federalista, período em que os maragatos (insurgentes do Rio Grande do Sul) ocuparam a cidade.
Assassinado aos 45 anos de idade, o Barão do Serro Azul foi vítima de uma emboscada na Estrada de Ferro Curitiba-Paranaguá no dia 20 de maio de 1894. Ele e outros cinco companheiros foram fuzilados
Na época, foi considerado um traidor da pátria. Apenas em 2008 foi reconhecido com um homem que tentou proteger Curitiba e teve seu nome incluído no Livro de Aço dos Heróis Nacionais, do Panteão da Pátria Tancredo Neves, em Brasília.
Também participaram da homenagem o presidente da Associação Comercial do Paraná, Glaucio Geara; a presidente da Fundação Cultural de Curitiba, Ana Cristina de Castro; a presidente do Instituto Municipal de Turismo, Tatiana Turra; a secretária municipal da Educação, Maria Sílvia Bacila; o presidente da Fundação de Ação Social, Thiago Ferro; e o vereador Pier Petruzziello.