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Protagonismo feminino

Histórias das mulheres do Bairro Novo do Caximba ganham destaque em Brasília

Curso Mulheres Gestoras 2025. Mulheres na gestão: financiamento externo para políticas públicas. Na imagem a Diretora de Relações Comunitárias da Cohab, Meiri Morezzi. Brasília, 27/08/2025. Foto: Rebecca Omena/MPO

O Plano de Ação de Gênero (PAG) desenvolvido no Projeto Bairro Novo do Caximba representou Curitiba no curso Mulheres na Gestão: Financiamento Externo Para Políticas Públicas, que aconteceu em Brasília, de terça (26/8) a quinta (28/8). As ações que estão transformando a vida de mulheres da Vila 29 de Outubro foram apresentadas pela diretora de Relações Comunitárias da Companhia de Habitação Popular de Curitiba (Cohab), Meiri Morezzi.

A capacitação reuniu gestoras de 38 municípios de 14 diferentes estados brasileiros e foi promovida pelo Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO), em parceria com o Banco de Desenvolvimento da América Latina e do Caribe (CAF) e a Escola Nacional de Administração Pública (Enap). O objetivo é fortalecer a presença feminina em espaços de decisão para formular projetos de financiamento externo, além de criar redes de cooperação entre as mulheres.

“Foi uma troca de experiências muito rica, com a apresentação de projetos de vários municípios, todos com financiamento de bancos internacionais e voltados ao combate das desigualdades entre homens e mulheres. Em Curitiba destacamos o papel da Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), que trouxe essa diretriz ao financiar o projeto do Caximba”, ressalta Meiri.

O Projeto Bairro Novo do Caximba tem um trabalho sólido de atenção à mulher, especialmente com a criação do Plano de Ação de Gênero (PAG), construído em parceria com a AFD, que disponibilizou assessorias externas para apoiar as equipes municipais na implementação do PAG.


Histórias

Acompanhada do gerente de projetos da AFD no Brasil, Rogério Barbosa, e da especialista em gênero e inclusão social, também da AFD, Marília Bonfim, a diretora da Cohab explicou às participantes a dimensão do projeto, que beneficia 1.757 famílias com construção de novas casas, obras de urbanização e criação de um parque linear. 

Para demonstrar o impacto positivo do PAG, a apresentação trouxe histórias de mulheres que tiveram vidas transformadas pelo projeto, reunindo a intervenção física, com a mudança para uma casa nova longe da vulnerabilidade, e as políticas públicas transversais, ofertando rodas de escuta, capacitação profissional e ações que ampliam a autonomia e fortalecem o protagonismo feminino em papéis de liderança.

Histórias como a de Kassandra Barbosa, que trabalha com reciclagem, mas, incentivada e acolhida pelas ações do PAG, está correndo atrás de seu sonho ao fazer curso de técnica de enfermagem. “Quero fazer faculdade, seguir melhorando minha vida. A casa nova foi só o começo, ainda tenho muita coisa para conquistar”, diz ela.

Outra beneficiada é a comerciante Priscila de Andrade, moradora atendida com uma unidade mista, onde reside e montou sua loja de roupas. “As oficinas sempre foram muito importantes, poder ouvir as necessidades umas das outras e ajudar, na medida do possível, cada uma. O projeto transformou a minha vida, me deu mais segurança”, afirma.

Coordenado pela Secretaria da Mulher e Igualdade Étnico-Racial (Smir), o PAG foi estruturado dentro do Programa de Risco Climático, que prevê o reassentamento de famílias e políticas de adaptação às mudanças do clima. As mulheres chefes de família acabam sendo as mais afetadas pelos efeitos climáticos e situações como enchentes. A proposta é garantir que elas tenham condições de superar desigualdades históricas e socioeconômicas.

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