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Curitiba de Volta ao Centro

Grupo de Patrimônio Histórico discute avanços no apoio à revitalização de imóveis históricos do Centro

O grupo temático Patrimônio Histórico e Retrofit, que integra o projeto Curitiba de Volta ao Centro, se reuniu, na quinta-feira (31/7), na sede do Ippuc. Foto: Divulgação

O grupo temático Patrimônio Histórico e Retrofit, que integra o projeto Curitiba de Volta ao Centro, realizou a segunda reunião para debater e propor soluções inovadoras para o redesenvolvimento da região central da capital. O encontro ocorreu, nessa quinta-feira (31/7), na sede do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc).

Coordenado por Jussimara Campelo, chefe do Setor de Patrimônio Histórico do Ippuc, Marcelo Sutil, diretor de patrimônio cultural da Fundação Cultural de Curitiba, e Roberta Gehr Kuster, arquiteta do Ippuc, o grupo temático também conta com a participação de representantes da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná  (Ademi-PR), Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Paraná (Creci-PR), Associação dos Proprietários de Imóveis Históricos e de Interesse de Preservação (APHIP), Sindicato da Indústria da Construção Civil no Paraná (Sinduscon-PR) e Sindicato da Habitação e Condomínios do Paraná (Secovi-PR).

Maria Eugenia Fornea, diretora de Expansão da Ademi-PR, apresentou propostas da entidade para que mais proprietários de Unidades de Interesse de Preservação (UIPs), em especial do Centro, invistam na revitalização desses imóveis históricos. Hoje, essas edificações já são beneficiadas com a redução do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e uso do potencial construtivo do imóvel, uma espécie de bônus, para custear a revitalização.

De acordo com Maria Eugenia, a criação de um cadastro digital unificado de UIPs, com informações sobre restrições e pareceres da  Câmara Técnica do Patrimônio Cultural Edificado e Paisagem Urbana (CAPC) da Prefeitura, e uma maior agilidade na tramitação dos processos de licenciamentos e de alvarás de restauração desses imóveis seriam avanços importantes para que o Centro ganhe novos projetos de restauração de UIPs.  

“Também seria importante atualizar a legislação para incentivar que novos comércios se estabeleçam nas UIPs e também modernizar as normas de intervenção nesses imóveis com o objetivo de torná-los mais atrativos tanto para investidores como para quem gostaria de abrir um negócio nesses imóveis históricos”, completou Maria Eugenia, que também é CEO da Incorporadora Weefor.

Tecnologia 

Daiana Nonato, presidente da Associação dos Proprietários de Imóveis Históricos e de Interesse de Preservação (APIHIP), compartilhou com os participantes da reunião uma nova tecnologia a favor da preservação histórica, já disponível para os associados da entidade, que poderá ajudar os proprietários de UIPs e o Ippuc a acompanhar a evolução das obras de restauro desses imóveis antigos.

“A plataforma, que integra computador e aplicativo, permite o acompanhamento da obra, em todas as fases. O relatório pode ser diário, com fotos e relatórios da evolução sendo feitos inclusive por comando de voz. O serviço é uma valiosa ferramenta de gerenciamento dos projetos tanto pelo proprietário do imóvel histórico que está fazendo o restauro como para o Ippuc, que poderá também receber as informações”, explicou Daiana.

Roberta Gehr Kuster, arquiteta do Ippuc e integrante da coordenação do grupo temático Patrimônio Histórico e Retrofit, agradeceu as contribuições das representantes da Ademi-PR e da APIHIP. De acordo com ela, todas as propostas serão discutidas para futuras deliberações na Comissão de Redesenvolvimento da Região Central de Curitiba. Os grupos temáticos (saiba mais) propõem à comissão melhorias e ações para o projeto Curitiba de Volta ao Centro.

“A Prefeitura está aberta a essas iniciativas. Hoje, o município já oferece vantagens, como os benefícios para os proprietários de UIPs. Além disso, os empresários que investem no retrofit de imóveis fechados ou com obras paralisadas no Centro têm vantagens como simplificação de processos, liberação do uso misto (comercial e residencial) e isenção de obrigatoriedade de vagas de garagem”, reforçou Roberta.