A Associação Novo Horizonte está entre as 11 entidades assistenciais que começam a se beneficiar da doação de bens remanescentes ao encerramento de 19 parcerias com a Prefeitura. O repasse começou a ser formalizado esta semana, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Humano (SMDH).
A entrega formal dos bens – que foram adquiridos pelas entidades com recursos repassados pelos fundos de direitos da criança e do adolescente, da pessoa idosa e da pessoa com deficiência - é uma decisão do poder público, que pode recolher os itens para repassá-los a outras beneficiárias. “Sabemos a diferença que isso faz na rotina das entidades, que seguem trabalhando duro para levar cidadania e inclusão aos curitibanos que mais precisam”, disse a secretária da SMDH, Amália Tortato.
Infância e adolescência
Amália e equipe estiveram na associação, que há 13 anos funciona no Hauer, na Regional Boqueirão, e conversaram sobre as ações promovidas para beneficiar desde crianças com 3 anos até adolescentes de 18 anos incompletos com a equipe do fundador, Orlando Agapito de Almeida. Por meio do convênio de um ano assinado com a Prefeitura e que terminou em 2025, a entidade comprou itens como um carro usado, desktops e celular.
“Se tivéssemos que devolver tudo isso seria difícil para nós, pois são bens de uso contínuo e estamos sempre atrás de alternativas para completar a receita para manter a estrutura funcionando, além de e colocamos dinheiro do próprio bolso”, observa a coordenadora de projetos da entidade, Lia Mara de Almeida.
Mercado de trabalho e terapia
Os bens foram e continuam sendo empregados na realização do projeto “Em busca do meu primeiro emprego”, aprovado pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente e levado a colégios estaduais como Izabel Souza, no Pinheirinho, e Milton Carneiro e Lúcia Bastos, ambos no Alto Boqueirão. A atividade superou a meta de atendimento em mais de quatro vezes, levando a 280 adolescentes qualificação básica não só para ele serem admitidos, mas permanecerem nas vagas para as quais forem contratados.
Na pequena sede onde funciona a entidade, os itens doados também são úteis para garantir a oferta de atendimento terapêutico a crianças, adolescentes e suas famílias, realizado pela psicóloga Jeanine Ramos. “Já atendemos perto de 900 pessoas, na terapia, nesses 13 anos”, contou Lia. Cada criança ou adolescente e suas famílias passam por dez atendimentos com Jeanine.