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Seminário em Curitiba

Acolhimento familiar transforma vidas de crianças e adolescentes com medida protetiva em Curitiba

Acolhimento Familiar: transformando vidas de crianças e adolescentes com medida protetiva em Curitiba. Foto: Divulgação

O acolhimento familiar tem se destacado como a alternativa prioritária para crianças e adolescentes que precisam ser afastados de suas famílias de origem devido à violação de seus direitos. Essa visão é defendida pelo desembargador Sérgio Luiz Kreuz, referência no país no assunto. Ele compartilhou suas perspectivas no Seminário sobre o Programa Acolhimento Familiar, promovido pela Prefeitura de Curitiba, nesta terça-feira (24/10), no Salão de Atos do Parque Barigui.

O evento marca o quarto ano de implementação do Programa Acolhimento Familiar na modalidade Família Acolhedora em Curitiba. Servidores da Fundação de Ação Social (FAS), que coordena o programa na capital, e das secretarias municipais da Saúde e da Educação, membros da Rede de Proteção à Criança e ao Adolescente, conselheiros tutelares e representantes de órgãos judiciais e do Ministério Público discutiram a importância do acolhimento família para o desenvolvimento de crianças e adolescentes.

De acordo com o desembargador Kreuz, a modalidade Família Acolhedora deve ser a preferência quando se trata de substituir o acolhimento institucional para crianças e adolescentes sob medida protetiva devido a violações de direitos, como violência, abuso sexual, abandono ou negligência. 

Experiência

Curitiba está fazendo esforços para conscientizar a população sobre a importância do acolhimento familiar e para encorajar mais famílias a se tornarem parte do Programa Acolhimento Familiar. Desde que o Programa foi implantado, o município contou com 169 famílias inscritas, das quais 85 estão habilitadas para acolher crianças e adolescentes. Antes de receberem os acolhidos, essas famílias passam por avaliação, treinamento e supervisão de técnicos e recebem uma bolsa auxílio no valor de R$ 998.

Tatiana Possa Schafachek, diretora de Proteção Social Especial da FAS, destaca que um maior número de famílias aderindo ao programa garantiria que mais crianças e adolescentes tenham a oportunidade de crescerem em um ambiente familiar. Atualmente, de 600 crianças e adolescentes acolhidos em Curitiba, apenas 22 estão em famílias acolhedoras, refletindo um quadro semelhante ao do estado e do país.

No Paraná, das 3.105 crianças e adolescentes sob medida protetiva, apenas 499 vivem em famílias acolhedoras, enquanto o restante está em instituições de acolhimento.

Campanha

Para promover o programa e sensibilizar a população, a superintendente da FAS, Melissa Cristina Alves, lançou uma campanha publicitária durante o seminário.

O material, já visível em pontos de ônibus e nas redes sociais, destaca a importância do apoio e do carinho de uma família na vida de toda criança e adolescente, destacando gestos simples como brincar de aviãozinho, preparar um bolo, fazer acampamento na sala de casa ou cortar o cabelo juntos.

As peças da campanha incluem um QR Code que direciona para informações sobre o programa e detalhes sobre como se inscrever para se tornar uma família acolhedora.

Presenças

Participaram também do seminário a promotora de Justiça do Ministério Público do Paraná que atua na Vara da Infância e Juventude de Curitiba, Fernanda Nagl Garcez; a juíza Manuela Simion Pereira Rattmann, do Fórum Descentralizado do Pinheirinho; o presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (Comtiba), Renan Gustavo Costa Ferreira; e a coordenadora do Serviço Família Acolhedora da Acridas, associação da sociedade civil que executa o serviço de acolhimento em Família Acolhedora em Curitiba, Andrea Bonfim Luchesi.