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Curitiba contra a covid

Vacina traz alegria e esperança a familiares e idosos

Prefeitura de Curitiba dá início à vacinação de imunização contra a Covid-19 para idosos a partir de 90 anos. Na imagem: Joarez Borges do Canto 90 anos, sendo vacinado na Unidade de Saúde Ouvidor Pardinho. Curitiba, 10/02/2021. Foto: Ricardo Marajó/SMCS

 

Aplausos, sorrisos e lágrimas de alegria marcaram o primeiro dia de vacinação dos idosos contra a covid-19 em Curitiba. O clima também foi de tranquilidade nos 13 pontos da cidade (11 fixos e dois em sistema de drive-thru) preparados pela Prefeitura de Curitiba para esta etapa, quando serão vacinados cerca de cinco mil idosos acima de 90 anos na cidade. 

Nesta quarta-feira (10/2), a vacinação foi para idosos com 95 anos ou mais. A estimativa é que sejam imunizados nessa faixa cerca de mil pessoas. 

A vacinação para este público vai até sexta, com escalonamento: idosos com 93 anos ou mais reeberão a dose na quinta-feira (11/2) e os de 90 anos ou mais na sexta-feira (12/2).

A secretária municipal da Saúde de Curitiba, Márcia Huçulak, acompanhou o início da vacinação.

“É um dia de alegria e de esperança e nossas equipes estão muito felizes de vacinar essa população tão vulnerável”, declarou.

Registrar o momento

Para muitos que acompanharam os idosos nesta quarta-feira, a vacinação teve uma responsabilidade extra: registrar o momento em foto ou vídeo pelos smartphones para que o restante da família pudesse também celebrar.

A foto da centenária Adair Armondes Tristão sendo imunizada no drive-thru do Pavilhão da Cura, no Parque Barigui, vai ser exibida nas reuniões virtuais entre filhos, sobrinhos, netos e bisnetos espalhados por Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo. O responsável pelas fotos foi um dos filhos, o representante comercial Fernando da Silva Tristão, 76 anos. 

“É importante registrar esse momento, depois de um ano de tantos cuidados. No aniversário de 100 anos dela, em setembro, só fizemos uma live. Hoje, teremos outra live para mostrar que ela está segura”, conta Tristão. 

 

Drive-thru

Sem precisar descer do carro, boa parte dos idosos acima dos 95 anos procurou os dois pontos de vacinação drive-thru organizados pela Prefeitura.

No estacionamento do Santuário Nossa Senhora do Carmo, no Boqueirão, o dia da vacina contra a covid-19 foi também o primeiro passeio em quase um ano para Lya Vidal Craczyak. Aos 97 anos, ela cumpre rigorosamente o distanciamento social. 

“Agora é esperar a segunda dose para poder fazer alguns passeios com mais segurança”, comemorou Lya.

O fluxo de veículos no drive-thru ao lado do Pavilhão da Cura, no Parque Barigui, foi contínuo. Foi lá que Guido da Costa Straube e Ady Loyola Straube, ambos com 97 anos, se vacinaram. Casados há 74 anos, ele pediu que a mulher recebesse a imunização antes dele, mantendo o hábito cavalheiro. Mas queria assegurar a sua dose.

“Vou seguir mantendo os cuidados. Porque é preciso fazer tudo para manter a saúde. Faltam apenas três anos para chegar aos 100 e não vou descuidar”, disse Straube.

 

Mais 11 locais

Dentro do Pavilhão de Cura, a cadeira de rodas não foi empecilho para Rosalina de Lima Agulham, 96 anos, ver encerrada sua ansiedade para ser vacinada. A neta, a advogada Cristiane Colodi Siqueira, 50 anos, conta que preferiu o Pavilhão pela estrutura. “Meu irmão foi imunizado aqui e elogiou bastante. De fato, está tudo muito organizado”, destacou. 

O movimento foi tranquilo nos dois pontos de drive-thru e em outros dez locais em que o imunizante contra a covid-19 está sendo aplicado: Clube da Gente CIC, na Rua da Cidadania do Tatuquara e nas Unidades de Saúde Ouvidor Pardinho (Rebouças), Vila Feliz (Novo Mundo), Pinheiros (Santa Felicidade), Camargo (Cajuru), Jardim Paranaense (Alto Boqueirão), Vila Diana (Abranches) e Salvador Allende (Sítio Cercado). 

Na Rua da Cidadania do Fazendinha, Appolonia Marchovski Sakowicz, 97 anos, disse que não vê hora de voltar a circular pelo bairro como fazia antes da pandemia. 

“Esta vacina é nossa última esperança, não é? Depois de tanto tempo em casa, veio como um alívio”, disse.