Termina na próxima terça-feira (23/9) o ciclo de palestras oferecido pela Secretaria Municipal de Gestão de Pessoal (SMGP) à equipe da Secretaria Municipal do Urbanismo (SMU) para ajudar os servidores a identificar e prevenir os diferentes tipos de assédio e, com isso, promover a qualidade de vida no ambiente de trabalho. A SMU solicitou a atividade, que será conduzida pela assistente social Adriana Thiele, do Departamento de Saúde Ocupacional da SMGP.
Manter a equipe informada também sobre esse tema é uma orientação do secretário da SMU, Almir Bonatto. “Faço questão de conhecer e cultivar uma boa comunicação com cada um dos nossos aproximadamente 300 servidores. Uma boa comunicação gera confiança, respeito e molda comportamentos”, diz. Bonatto faz reuniões com as equipes dos Departamentos e visita os servidores que atuam nas regionais desde o começo da gestão, em janeiro. Além disso, ele estimulou a organização, no primeiro semestre, de um curso sobre relacionamento interpessoal.
Apoiando os servidores
Nesta quinta-feira (18/9), a palestrante expôs o tema e respondeu perguntas dos cerca de 30 participantes da terceira turma de inscritos para o evento. “Não se pode trabalhar com medo, resignado à ideia de impunidade. O responsável precisa responder pelo ato, seja ele colega ou chefe. Isso vale para profissionais concursados, terceirizados e comissionados”, observou Adriana.
Para interromper o ciclo do assédio, orientou, o servidor deve comunicar o fato por um dos dois canais destinados a acolher denúncias: o whatsapp 41 99597-5610 ou o e-mail assediofaleconosco@curitiba.pr.gov.br. “A partir desse contato, orientamos sobre o que fazer”, disse. A SMGP também disponibiliza uma cartilha digital com orientações sobre assédio sexual no ambiente de trabalho.
Conhecendo o problema
Durante a atividade, foram mostradas aos participantes as principais características dos diferentes tipos de violência passíveis de ocorrerem no ambiente de trabalho. Entre eles, estão assédio moral e sexual, além de racismo, xenofobia, etarismo, intolerância religiosa e capacitismo.
Diferente do que se pode pensar, o assédio não se dá apenas por parte de alguém hierarquicamente superior ou mais forte contra o subordinado ou alguém mais vulnerável. Além do assédio do chefe contra o subordinado, pode ocorrer o contrário: o subordinado assediar o chefe. A perseguição também pode se dar entre colegas de trabalho na mesma posição funcional.
“Em todos os casos, a SMU apoia medidas de acolhimento das vítimas e responsabilização dos autores de qualquer tipo de intimidação”, frisa o chefe de gabinete do órgão, Carlos Fabro.
Contribuição
Tiago Ribeiro Sales, que supervisiona a equipe encarregada de fiscalizar o comércio ambulante na Regional Pinheirinho, estava entre os participantes e trouxe um assunto novo: a violência sofrida pelos fiscais de rua por parte do público. “Há pessoas que não entendem a nossa função como fiscais, que estamos ali para ajudar os ambulantes a trabalhar dentro da lei, e nos agridem com ofensas e até fisicamente. Isso afeta a nossa autoestima”, contou.
A contribuição do fiscal, que configura o crime de desacato, foi registrada pela palestrante e poderá fazer parte de uma nova publicação da Saúde Ocupacional para a comunidade de servidores da Prefeitura.