O Dia das Mães, comemorado no próximo domingo (11/5), é marcado pela celebração da maternidade, mas também pelas histórias de superação de muitas mães na luta para garantir a criação digna dos filhos. Este é o caso da servidora Larissa de Fátima Vieira Lourenço, que trabalha no Centro de Referência de Assistência Social (Cras), do Boqueirão, e teve que criar o filho sozinha, contando apenas com o apoio da mãe.
“Desde o começo eu tive que deixar meu filho Enzo, que nasceu prematuro, em uma escolinha, porque eu precisava trabalhar para sustentar a casa. Eu comecei a trabalhar em um buffet infantil como monitora, fazia pintura de rosto nas crianças, fui trabalhar de garçonete até passar no concurso da Prefeitura”, contou Larissa.
Mulheres chefes de família
A servidora integra um grupo que cresceu no Brasil nos últimos anos. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), quase metade dos lares brasileiros (49,1%) são chefiados por mulheres, conforme apontou o Censo realizado em 2022.
Amigorumis na pandemia
Durante a pandemia, Larissa aproveitou a oportunidade para desenvolver mais uma habilidade: fazer artesanato com crochê. Dali foi um pulo para aprender a fazer os amigorumis, técnica japonesa para criar pequenos bonecos feitos de crochê ou tricô.
“Agora mesmo vendi vários bonequinhos aproveitando o Star Wars Day”, contou. O Star Wars Day, comemorado no dia 4 de maio, é uma homenagem a franquia Star Wars criada pelo cineasta George Lucas.
Exemplo que arrasta
Se antes Larissa tinha que lutar sozinha para manter a casa, atualmente ela já conta com a preciosa ajuda do filho, que trabalha e paga a faculdade de Administração, que atualmente está cursando.
“Ele me ajuda no meu trabalho, também tem o trabalho dele e paga o curso na faculdade. O sonho dele é morar no exterior. Mas isso tudo acho que é fruto do exemplo que foi dado. Eu sempre dizia para ele quando estava saindo porque precisava ir trabalhar. E o resultado de ele ter se tornado este jovem compromissado é que o exemplo arrasta”, conta a mãe orgulhosa.
Linguagem de sinais
Com 15 anos de Prefeitura, Larissa começou atuando nos Armazéns da Família como operadora de caixa. Depois foi transferida para o Sine de Curitiba, encaminhando os candidatos a encontrar colocação no mercado de trabalho.
Há quatro anos está atuando no CRAS Boqueirão, que atende a população cadastrada no Cadastro Único de Programas Sociais. Um dos focos agora é investir na formação de intérprete de Libras (atualmente ela é auxiliar), a linguagem de sinais para deficientes auditivos. Para isso, está buscando a capacitação na esfera do serviço público.