Servidores da Secretaria de Administração e Tecnologia da Informação (Smati) participam, nesta semana, de palestra sobre as diferentes formas de assédio no ambiente de trabalho. A apresentação da Secretaria de Gestão de Pessoal (SMGP) pretende incentivar que as secretarias tenham ambientes de trabalho saudáveis e seguros e que haja respeito a todos os profissionais, sejam servidores, estagiários, equipes terceirizadas, observando a diversidade.
Os encontros para as equipes da Smati vão até sexta-feira (6/6). Palestras como esta já foram feitas para servidores da Guarda Municipal. Em breve, será realizada para integrantes da Educação.
“Falar de assédio e de outras formas de violência no trabalho nos dias de hoje é fundamental para a prevenção e o combate. Quando falamos em prevenção, falamos dos riscos psicossociais presentes nas situações de assédio, que podem causar o adoecimento do trabalhador”, explica a assistente social Adriana Thiele, que conduz a apresentação.
Ela integra a equipe do Departamento de Saúde Ocupacional da SMGP e acompanha as queixas dos servidores há algum tempo, pois faz parte da equipe responsável pelo acolhimento daqueles que denunciam ou pedem informações sobre situações que podem caracterizar assédio no ambiente de trabalho.
A representante da saúde ocupacional deu exemplos de algumas das consequências dos diferentes tipos de violência no trabalho. “Pode haver angústia, estresse, crises de choro, isolamento, mal-estar físico e mental. Isso traz impacto na autoestima e autoconfiança, além de cansaço exagerado, falta de interesse pelo trabalho, irritação constante”, citou.
Assédio ou conflito
De acordo com Adriana, é comum que as pessoas tenham dúvidas sobre as diferenças entre assédio e conflito. Durante a apresentação, ela aponta algumas delas, tais como as questões relativas à forma de comunicação e ao clima organizacional.
Ela argumenta que num conflito, a comunicação costuma ser direta e franca, o relacionamento não é interrompido e não há alteração no ambiente de trabalho. Já nas situações de assédio, a comunicação é invasiva e dissimulada, ocorre o isolamento e até boicote e o clima organizacional fica confuso e é prejudicado.
Debate aberto
Na Prefeitura de Curitiba, a disseminação do tema começou entre 2023 e 2024 com a divulgação entre os agentes de segurança local (Agesel), que são servidores fiscalizadores nos locais de trabalho. O debate aberto, a partir deste ano, dá continuidade a este trabalho e atende normas do Ministério do Trabalho e Emprego que reconhecem que práticas de assédio e outras formas de violência no ambiente de trabalho devem ser combatidas.
Na palestra, Adriana Thiele aborda os tipos de violência, segundo critérios da Organização Mundial de Saúde (OMS), as características da violência no trabalho, as formas de assédio moral e dá orientações às chefias sobre o tema.
Ao aprofundar no tema do assédio moral, a assistente social fala também de situações que não caracterizam essa forma de assédio, tais como cobranças de produtividade, de eficiência e de qualidade nas tarefas executadas pelo profissional, controle da jornada de trabalho, críticas referentes a posturas éticas no ambiente de trabalho, desde que construtivas.
Com quem falar sobre assédio
Se o servidor tem dúvidas, encontra informações no Portal do Servidor nos serviços Assédio moral e Assédio sexual não pode fazer parte do trabalho. Para outras orientações, deve entrar em contato com o Departamento de Saúde Ocupacional por e-mail (assediofaleconosco@curitiba.pr.gov.br) ou pelo whatsapp, no número 41 99597-5610. O Departamento de Saúde Ocupacional da SMGP está pronto para orientar e atender denunciantes e vítimas.
As secretarias e órgãos interessados em abordar esses temas, pode solicitar ao gabinete da SMGP pelo e-mail smgp@curitiba.pr.gov.br .