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Inovação na escola

Robótica ensina matemática, pensamento crítico e ainda diverte as crianças

Alunos realizam trabalhos de robótica do CAIC Guilherme Lacerda Braga Sobrinho e novos planos e projetos para o futuro. Curitiba, 08/10/2025. Foto: Valquir Kiu Aureliano/SECOM

Os alunos de Robótica Educacional do Caic Guilherme Lacerda Braga Sobrinho, que fica no bairro Sítio Cercado, na Regional Bairro Novo, criaram um robô que anda de bicicleta E outro que joga golfe com uso de sensor giroscópio.

Mas qual é a utilidade prática de criar brinquedos que se movem quando a indústria produz montes de exemplares desta natureza? 

Um simples sensor de giroscópio, por exemplo, serve para medir e manter a orientação e a rotação de um objeto em um espaço tridimensional. Ou seja: é útil para estabilizar dispositivos e fornecer dados precisos de movimento e inclinação em aplicações como smartphones, jogos, navegação e câmeras. 


Habilidades cognitivas

Essa é uma pequena prova de como é importante a robótica no ensino fundamental. Além disso, robótica estimula nos pequenos o desenvolvimento de habilidades cognitivas e ensina a resolver problemas de forma criativa e lógica, porque as crianças são desafiadas a pensar de maneira crítica e encontrar soluções para problemas práticos.

No CAIC Guilherme Lacerda Braga Sobrinho as crianças têm contato como o tema em oficinas de robótica, que funcionam nas segundas-feiras e quintas-feiras, e robótica de alta performance, nas terças e quartas-feiras.

20 anos de robótica

As aulas fazem parte do projeto de robótica educacional da rede municipal de ensino, cujo programa completou 20 anos em 2024, conquistando muitos prêmios em competições nacionais e internacionais ao logo da trajetória.

Para o professor de robótica Maicon Lima, os efeitos práticos do ensino do tema são muito positivos no desenvolvimento das crianças.

“Eles desenvolvem bastante autonomia, principalmente por conta da pesquisa. Quando tem que fazer alguma programação, são eles também que vão mexer com o programa e que buscam a informação. A gente tira dúvidas quando eles precisam. Mas o foco é na autonomia dos estudantes”, explicou.

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Maicon Lima, professor.

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Talentos em formação

O professor observa que cada estudante mostra um interesse distinto conforme o desenvolvimento dos projetos, alguns preferem atuar na montagem, outros no designer e programação, o que já dá algumas pistas para uma futura inclinação profissional.

“Têm alguns talentos aqui em cada uma dessas áreas que eu falei; alguns talentos bem exponenciais aqui”, avaliou Maicon.

Pensamento crítico

De acordo com Julia Padeski Rodoniski, gestora do Projeto de Robótica de Alta Performance na Secretaria Municipal de Educação de Curitiba, o objetivo é apresentar a inovação às crianças e desenvolver diferentes competências nos estudantes.

São 11 escolas do sexto ao nono ano que desenvolvem o projeto no contraturno. Os estudantes têm 20 horas de segunda a sexta nesse projeto, participando de oficinas e também de treinos de preparação para a participação em campeonatos e torneios de robótica em nível estadual, nacional e internacional.

“O projeto de robótica tem mais de 20 anos dentro da rede municipal de ensino de Curitiba e desenvolve diferentes competências, como o pensamento crítico, o pensamento computacional, alinhados à base nacional comum curricular, trabalhando com a matemática, ciências, arte e também para os torneios de robótica, que não envolvem apenas a programação e a montagem do robô, mas desenvolvem diferentes competências”, explicou.

Competições em vários níveis

Ela citou como exemplo a preparação dos alunos de Curitiba para participar da etapa nacional da First Lego League, que acontecerá em Pinhais nos dias 5 e 6 de novembro.

A First Lego Challange é um programa internacional de robótica voltado para crianças de 9 a 15 anos que estimula a criatividade e o trabalho em equipe por meio de projetos que combinam pesquisa, construção de modelos com blocos Lego e programação simples. 

“Além da montagem e da programação do robô, eles estão se preparando, desenvolvendo um projeto de inovação. Este ano o tema é relacionado à arqueologia e então tem o componente de história que os estudantes estão investigando, indo atrás, participando de aulas de campo para desenvolver esse projeto. É muito mais do que programar e montar robôs”, exemplificou.

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Júlia Padeski Rodoniski, gestora do Projeto de Robótica de Alta Performance da Secretaria Municipal de Educação.




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Diversão e aprendizado

Além de aprender se divertindo, a aluna Beatriz Trevizan Martinelli, 13 anos, diz que gosta de trabalhar em grupo e também já vislumbra uma profissão rentável no futuro.

“Eu acho muito legal porque a gente trabalha junto, um ajuda o outro e é bem divertido mexer com os robozinhos, montar, eu gosto muito! Tem também as pesquisas, as coisas diferentes que a gente faz, as montagens do Canvas, que são as decorações, deixar todo enfeitado. Eu penso em trabalhar nessa área porque, além de dar muito dinheiro para o futuro é muito divertido”, disse a menina.

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Beatriz Trevizan Martinelli, aluna de robótica.




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O colega de Beatriz, Luan Pietro Tarenta dos Santos, também tem a percepção da importância da robótica na sua vida.

“Eu acho ótimo! Eles estão dando uma aula boa. Eu consigo entender e aprender melhor, principalmente matemática. Aprendo a montar e isso mexe com o meu cérebro. Eu acho isso tudo divertido e me encaixo muito bem por aqui”, resumiu o garoto.

Várias conquistas

Curitiba coleciona prêmios em competições de robótica no Brasil e no mundo. A conquista mais recente da rede curitibana foi em setembro. Estudantes de Curitiba saíram campeões do Torneio Internacional de Robótica, no Chile (ITR Chile 2025), dias 6 e 7/9, em Santiago. Eles ganharam em diversas categorias: primeiro e segundo lugares na categoria Cabo de Guerra, primeiro lugar na categoria Registro Multimidiático, segundo e terceiro lugares na categoria Dança dos Robôs, primeiro e segundo lugares em Alcateias Robóticas e terceiro lugar em Atomic Bots.

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