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Crime

Rede de Atenção à Mulher debate ações contra o tráfico humano

Palestra da Casa da Mulher Brasileira. Na imagem, Silvia Cristina Xavier, coordenadora da NETP, Sandra Prado, coordenadora da Casa da Mulher Brasileira, e Maria Tereza, Centro de Imigrantes. Curitiba, 06/06/2018 Foto:Cesar Brustolin/SMCS

O tráfico humano também faz vítimas no Paraná. Integrantes da Rede de Atenção à Mulher em Situação de Violência se reuniram, nesta quarta-feira (6/6), no Salão Nobre da Prefeitura, para debater ações preventivas e de combate ao tráfico de pessoas. As principais discussões foram as relacionadas à sensibilização da sociedade para a denúncia e o combate ao crime.

Segundo dados do Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, ligado à Secretaria de Estado da Justiça, Trabalho e Direitos Humanos (Seju), 57 denúncias de tráfico humano foram registradas em 2016. No ano passado, esse número saltou para 151 e em 2018 já foram registradas 18 denúncias. 

Silvia Cristina Xavier, coordenadora do Núcleo, explica que mesmo com grande aumento nas denúncias a subnotificação dos casos é um grande problema. “Estimamos que a cada denúncia, há centenas de casos velados. Isso acontece por medo ou falta de informação”, afirma Silvia.  

A coordenadora da Casa da Mulher Brasileira, Sandra Praddo, destaca a importância de discutir o assunto já que a maioria das pessoas traficadas são mulheres - vítimas de exploração sexual e servidão doméstica, por exemplo.

“Toda a Rede deve estar atenta aos casos de mulheres em situação de violência e atuar na prevenção e proteção destas mulheres. Já atendemos muitos casos de mulheres traficadas e migrantes na Casa da Mulher Brasileira”, afirma Sandra.

O encontro, organizado mensalmente pela assessora de Direitos Humanos e coordenadora de Políticas para Mulher de Curitiba, Terezinha Beraldo Pereira Ramos, traz temas relacionados à prevenção e assistência aos crimes contra a mulher.

A reunião contou com a presença da Maria Tereza Rosa, coordenadora do Centro Estadual de Informação para Migrantes, Refugiados e Apátridas (CEIM) e outros profissionais que integram a Rede.

Denúncias

O tráfico humano ocorre quando a pessoa é levada a uma situação de exploração mesmo que inicialmente tenha concordado. Pode acontecer para fins de adoção ilegal, exploração sexual, trabalho equivalente ao de escravo, mendicância forçada, retirada involuntária de órgãos para transplante e vários outros. O crime deve ser denunciado por meio dos nos números: 100, 180 ou 181 (Paraná).