Com objetivo de fomentar novas parcerias para a construção de habitação de interesse social em Curitiba, o presidente da Companhia de Habitação Popular de Curitiba (Cohab), André Baú, apresentou, na noite desta terça-feira (16/9), os detalhes do Programa Casa Curitibana para lideranças do G11 – grupo de representantes dos segmentos imobiliário e da construção civil. O evento aconteceu no auditório do Sinduscon-PR e contou com grande participação de construtoras, parlamentares e sociedade civil.
Lançado no final de julho pelo prefeito Eduardo Pimentel, o Programa Casa Curitibana atua em duas frentes: benefícios e isenções para as construtoras viabilizarem os empreendimentos; e vantagens para os inscritos na fila da Cohab superarem o principal obstáculo na aquisição dos imóveis, que é o pagamento da entrada.
União de forças
André Baú destacou que o diferencial do programa municipal é que ele pode ser somado ao Casa Fácil Paraná, do Governo do Estado, ampliando os valores oferecidos aos cidadãos inscritos e garantindo maior velocidade na comercialização das unidades, fator importante para o setor de construção civil.
“Essa união de forças está funcionando muito bem. Diariamente estamos recebendo na Cohab os inscritos para fechar negócios. Inclusive pessoas idosas que estão recebendo R$ 90 mil para custear a entrada e que de outra maneira não teriam acesso a uma casa própria”, ressaltou Baú.
Um exemplo é a aposentada Denise Ferraz, 62 anos, que na terça-feira (16/9) escolheu seu novo apartamento no Residencial Campobello graças aos benefícios do programa. “Tentei por imobiliária, mas o financiamento foi negado. Pela Cohab, com os R$ 90 mil para a entrada, estou realizando esse antigo sonho”, disse, emocionada.
Isenções e parâmetros
Para fomentar a adesão das construtoras, o programa garante isenção do ITBI na aquisição da área, de ISS e IPTU durante o período de obras e de taxas municipais desde a aprovação do projeto até a emissão do Certificado de Vistoria e Conclusão de Obra (CVCO), além de condições especiais de ocupação referentes ao número de pavimentos, tamanho dos lotes e adensamento.
“Ao assinar com a Cohab, o adensamento salta de 80 unidades por hectare para 200 unidades por hectare. Esse conjunto de ações possibilita um maior número de moradias por valores menores, fechando a conta para a construtora parceira e também para o cidadão que adquire a unidade”, explicou Baú aos presentes.
O presidente do Sinduscon-PR, Carlos Cade, conta que um efetivo programa habitacional em Curitiba foi um pedido do setor para o prefeito Eduardo Pimentel, quando ainda era vice-prefeito. “Ao se tornar prefeito, o Eduardo assumiu esse compromisso criando as condições para que a Prefeitura junto com o setor consiga impulsionar a habitação social na cidade”, afirma Cade.
Apoio
Além de associados ao Sinduscon e lideranças ligadas ao G11, o evento contou com a presença do ex-governador Orlando Pessuti, da procuradora-geral do município, Vanessa Volpi, dos deputados estaduais Fábio Oliveira e Jairo Tamura e dos vereadores Jasson Goulart, Camila Gonda, Rafaela Lupion, Rodrigo Marcial, Renan Ceschin, Guilherme Kilter, Indiara Barbosa e Giórgia Prates.
O presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, Alexandre Curi, destacou a relevância da iniciativa municipal. “Curitiba volta a ter um programa habitacional efetivo, alinhado ao modelo do governo estadual. Agora, a população conta com essa soma de recursos a fundo perdido para conquistar moradias dignas”, disse Curi
5 mil unidades
Atualmente, o programa Casa Curitibana está ofertando 368 apartamentos do Residencial Campobello, no Campo do Santana. Nas próximas semanas, outro convênio será firmado para oferta de mais 360 apartamentos no Uberaba. Outras parcerias estão em diferentes etapas de implantação, para até 2026 chegar a cinco mil moradias ofertadas aos inscritos na Cohab.