Atuando em 107 Unidades de Saúde da cidade, as equipes de vacinadores em Curitiba formam um batalhão que trabalha em ritmo de campanha contínua para manter os curitibanos vacinados. Com o volume de trabalho permanentemente intenso, o apoio e reconhecimento da população é essencial. Os curitibanos seguem mostrando agradecimento aos vacinadores, em gestos como entrega de cartas, mensagens, um docinho e até massagem.
Na média, as equipes da Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba (SMS) aplicam 15 mil doses de vacina por dia, entre doses de proteção contra covid-19, gripe e pelo menos 20 outras doenças preveníveis no calendário nacional de vacinação.
Entre os que retribuiu as vacinas recebidas com um gesto de agradecimento foi o corretor postural Edson Nobuioshi Ygalashi, 61 anos, com seu trabalho: desde a segunda dose do imunizante anticovid, faz massagem nas mãos dos profissionais da Saúde da Unidade Ouvidor Pardinho.
“São todos muito atenciosos e cuidadosos. Eu as vi trabalhando assim, de manhã até a noite nessa tarefa importante da vacinação e percebi que vão ficando cansadas. Fiz essa massagem nas mãos de todos e foi muito gratificante ver o sorriso de cada um”, diz Ygalashi.
Ele utiliza a técnica chamada de Seitai (em tradução do japonês, significa “corrigir o corpo”) que promove ajustes da estrutura óssea e massagem terapêutica. O gesto de retribuição de Ygalashi foi muito bem recebido pela equipe de saúde, tanto que a cada nova dose indicada, a equipe aguarda ansiosa pelo retorno dele na expectativa de receber mais uma massagem.
Gestos que animam
Fisioterapeuta na Unidade de Saúde Ouvidor Pardinho, Mariana de Freitas, 34 anos, diz que os gestos de retribuição da população dão ânimo para as equipes seguirem aplicando cada vacina como se fosse a primeira dose a cada dia. Atualmente, está na recepção da Sala de Vacinação.
“Fazemos um trabalho repetitivo, intenso e que requer atenção e técnica correta. É normal que venha um cansaço físico e mental. Mas, ao ver as pessoas chegarem felizes em contar com nosso trabalho para estarem protegidas, e gratas pelo que fazemos, renova a energia, sem dúvida”, diz Mariana.
Além de aplicar as vacinas, as equipes dão todas as orientações necessárias sobre os imunizantes: quais reações e efeitos são esperados, informam os prazos para novas aplicações, conferem a carteira vacinal.
“Quem aplica a injeção sempre faz questão de explicar tudo sobre o que acontece”, diz a dona de casa Eliane Felizardo, 39 anos, que levou a filha Manuella, 1 ano e nove meses, à Unidade de Saúde Bairro Novo, para ser vacinada contra o sarampo.
Campanha permanente
Desde janeiro de 2021, quando as primeiras doses da vacina contra a covid-19 começaram a ser aplicadas, as equipes da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) abraçaram a tarefa de vacinar, em ritmo de campanha, toda a cidade, além de seguirem no combate na linha de frente das pessoas infectadas com o coronavírus.
Em 1 ano e cinco meses de vacinação contínua, mais de 4,6 milhões de doses do imunizante anticovid foram aplicadas na cidade. Nesse mesmo período, Curitiba participou de duas campanhas nacionais de vacinação contra a gripe e abriu as unidades aos sábados para o Dia D da Vacinação.
Além disso, desde o início da pandemia, a cidade manteve, permanentemente, unidades abertas para a multivacinação para que o cidadão mantenha a carteira de vacinação atualizada.
“Todo esse esforço é para manter Curitiba livre de doenças que podem resultar em internamentos, sequelas e até a morte, além de evitar o risco da volta de doenças como a poliomielite”, destaca a secretária municipal da Saúde, Beatriz Battistella.
De lá para cá, a população vem manifestando o reconhecimento, apoio e agradecimento de diversas formas, desde serenata até entrega de biscoitinhos. Cada simples palavra também conta, como as da dona de casa Simone Camargo da Silva, 52 anos, que tomou o segundo reforço contra a covid-19 na Unidade de Saúde Bairro Novo.
Ela diz que o respeito da população ao trabalho dos profissionais de saúde deve ser permanente. “Tenho muito respeito pelos profissionais da saúde pública, na vacinação, na linha de frente. É um trabalho que a população precisa, é necessário, essencial e merece respeito”, fala Simone.
LEIA MAIS