O projeto da nova concessão do transporte coletivo foi apresentado, nesta quinta-feira (23/10), aos representantes do Conselho da Cidade de Curitiba (Concitiba), durante 76ª reunião do grupo, que ocorreu no auditório do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano (Ippuc).
Representantes do Ippuc e, por videoconferência, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES) e do consórcio liderado pela Oficina Engenheiros Consultores Associados, apresentaram os principais pontos da nova concessão.
O objetivo é que cidadãos, representantes de entidades governamentais, comunitárias e setoriais possam contribuir com sugestões e propostas antes da publicação do edital e a realização do leilão. A ideia é, além de promover transparência, garantir o diálogo do poder público e a sociedade para melhorar o serviço do transporte na capital e para que ele atenda às necessidades da população.
A reunião foi aberta pela presidente do Ippuc, Ana Zornig Jayme, que destaca o papel do Concitiba.
“Sabemos da importância do Concitiba, todos aqui representam segmentos relevantes da sociedade civil, de entidades de classe, além do poder público. Essa amostragem nos indica uma visão plural que reflete experiências diversas, análises técnicas e demandas específicas. E é muito importante a participação da sociedade na construção do novo projeto para o transporte urbano na nossa cidade”, disse.
Além do evento do Concitiba, a população pode opinar sobre a nova concessão até 17 de novembro na consulta pública.
A consulta pública está disponível NESTE ENDEREÇO.
A gerente de projeto do departamento de estruturação de soluções de mobilidade do BNDES, Paula Fogacci, e o diretor da Oficina Engenheiros Consultores Associados, Arlindo Fernandes, fizeram uma explanação técnica e, na sequência, o espaço foi aberto para perguntas dos membros do Concitiba.
O que prevê
A nova concessão do transporte coletivo prevê a modernização do sistema, com novas rotas, investimento em ônibus zero emissões e implantação de integração temporal entre todas as linhas da capital, com foco na agilidade do deslocamento e na qualidade do serviço.
O leilão será de cinco lotes – dois de BRTs (abrangendo as linhas que circulam em canaletas exclusivas) e três regionais (Norte, Sul e Oeste) com contrato de operação de 15 anos.
Os investimentos previstos são de R$ 3,7 bilhões no período e incluem a aquisição de 245 ônibus elétricos em cinco anos, de 149 ônibus a diesel modelo Euro 6 no início do contrato e mais 1.084 veículos ao longo do contrato.
O projeto também contempla a construção de dois eletropostos públicos, nos terminais Capão Raso e Capão da Imbuia. Além disso, estão programadas a construção e requalificação de 16 estações-tubo, reformulação de traçados de 26 itinerários e criação de cinco novas linhas. A nova concessão também prevê um fundo garantidor inédito para dar segurança financeira ao projeto e novos indicadores de qualidade do serviço.
A previsão é que a transição para a nova concessão dure até dois anos, período em que a tarifa, atualmente em R$ 6, não será reajustada.
O sistema integrado de mobilidade (Sim) de Curitiba envolve 309 linhas, 22 terminais, 340 estações-tubo e frota de 1.189 ônibus. São 555 mil passageiros pagantes/dia útil e 6,4 milhões de viagens por mês.
LEIA MAIS sobre o novo contrato de concessão: