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BALANÇO 2025

Macrodrenagem, limpeza de rios e manutenções ajudam a reduzir impactos das tempestades

Prefeito Eduardo Pimentel vistoria as obras de construção de bacias de contenção no Rio Atuba, no Santa Cândida, que depois das obras se tornará um novo parque. Curitiba, 24/10/2025. Foto: Pedro Ribas/SECOM

Em um ano de chuvas frequentes e intensas, a Prefeitura de Curitiba avançou em obras e serviços essenciais para prevenir alagamentos e reduzir os efeitos das tempestades. Em 2025, quando mais de 40% dos dias tiveram chuva, a Secretaria Municipal de Obras Públicas (Smop) entregou três grandes obras, iniciou uma e manteve duas em andamento, além de ampliar os serviços preventivos na cidade. Somente nas seis obras o investimento acumulado foi de R$ 77,9 milhões.

Além das obras estruturais, foram destinados mais de R$ 40 milhões à manutenção da rede de drenagem. O ano também marcou avanços no planejamento de longo prazo, com o mapeamento de nós críticos e o início da atualização do Plano Diretor de Drenagem (PDD).

“Estamos investindo em obras estruturais e planejamento técnico para proteger as famílias. Nosso objetivo é agir hoje com a visão de futuro que a cidade merece”, diz o prefeito Eduardo Pimentel.

As intervenções são coordenadas pelo Departamento de Pontes e Drenagem da Smop e integram o Programa de Revitalização e Obras de Curitiba (PRO Curitiba), o maior da história da cidade, com mais de R$ 6 bilhões em investimentos entre 2025 e 2028.

Obras concluídas

No Cajuru, foi finalizado o canal de concreto tipo “U” no Córrego Vila Oficinas, na Rua Dr. Estevam Ribeiro de Souza Netto, com 130 metros de extensão e maior capacidade de escoamento.

Também foi entregue mais uma etapa dos canais do Rio Pinheirinho nos bairros Fanny, Parolin e Hauer, para melhorar o escoamento e reduzir as erosões nas margens.

Moradores do Mercês comemoram a implantação de uma bacia de detenção subterrânea no Rio Pilarzinho, construída sob a praça da Rua Raquel Prado, no trecho entre as ruas Mamoré e Solimões. A estrutura tem capacidade para armazenar até 2.443 mil litros de água da chuva.

“Já dá para ver que melhorou muito. A rua tem calçada nova, meio-fio, e agora a gente sabe que lá embaixo tem estrutura para segurar a água da chuva”, conta o aposentado Mauro Luiz Jokowiski, morador do bairro há mais de 20 anos.

Obras em andamento

No Santa Cândida, iniciou em março, a construção de duas bacias de contenção nas margens do Rio Atuba, uma das maiores obras recentes na cidade, para prevenir alagamentos na região Norte e reduzir impactos nos bairros Bacacheri, Atuba e Cajuru, além de melhorar o sistema dos municípios vizinhos de Pinhais e Colombo.

Está em execução a proteção mecânica dos condutos forçados dos rios Pinheirinho e Vila Guaíra e dos córregos Curtume e Henry Ford, ao longo de cerca de 4 km, ação necessária diante de atos de vandalismo que comprometiam o sistema.

No Campo Comprido, está na fase final a implantação da Bacia de Detenção no Rio Mossunguê, com capacidade para armazenar pouco mais de 29 mil m³ de água, além de contar com diques, muros de proteção e uma nova galeria celular na Rua Eduardo Sprada. A área será integrada aos espaços de lazer, com paisagismo e recuperação da mata ciliar.

Investimento em manutenções

Mais de R$ 40 milhões foram aplicados na manutenção da rede de drenagem em 2025. Foram executados 2.280 serviços, distribuídos em 1.792 intervenções, incluindo limpeza de 63.084 metros de rios, córregos e canais; contenções; implantação e manutenção de galerias e caixas de captação; sondagens; desobstruções; e manutenção de 169 pontes e passarelas.

Houve ações em quatro das seis bacias hidrográficas que cortam a capital: Atuba, Belém, Ribeirão dos Padilhas e Barigui. “Manter os rios desassoreados é uma ação contínua e essencial para que a água da chuva escoe, evitando transtornos e fortalecendo a infraestrutura da cidade”, explica o engenheiro Paulo Vitor Lucca, diretor do Departamento de Pontes e Drenagem.

Plano diretor de drenagem

O mapeamento dos nós críticos foi outro avanço importante, identificando pontos recorrentes de alagamentos e orientando obras de curto, médio e longo prazo. As intervenções de longo prazo serão incorporadas ao novo Plano Diretor de Drenagem, em contratação e previsto para ser desenvolvido em até 18 meses após o início.

O secretário municipal de Obras Públicas, Luiz Fernando Jamur, observa que o Plano em vigor foi elaborado há cerca de 15 anos e que, desde então, Curitiba enfrenta eventos climáticos mais intensos e novos desafios de urbanização. 

“Hoje lidamos com uma cidade mais impermeabilizada e com chuvas fortes em curtos períodos, o que pressiona o sistema. Atualizar o Plano é essencial para planejar e executar soluções”, afirma Jamur.

Obras futuras

Em 2025, o Departamento de Pontes e Drenagem estruturou licitações para ações que começam em 2026. Há processos em andamento para atender demandas da população, especialmente via Fala Curitiba.

O conjunto representa investimento estimado em R$ 40 milhões, reforçando o compromisso do Município com a melhoria contínua da drenagem urbana e a redução dos riscos associados às chuvas intensas.

Microdrenagem

Entre as intervenções de microdrenagem, estão obras nas Ruas Monte Castelo (Tarumã), Professor Francisco Mendes (Uberaba) e a construção de uma passarela metálica na Rua Tito Calderari (Mossunguê). Também estão em contratação os projetos de contenção das margens do Bosque Irmã Clementina (Bacacheri), da Praça Irmã Flora Compostrini (CIC) e da Rua Lauro Gentio Portugal Tavares (Sítio Cercado). Serão executadas obras de drenagem nas ruas Euclides Taborda Ribas (Cajuru), João Malta de Albuquerque Maranhão (Pinheirinho) e na Trincheira do Sabará (CIC).

Macrodrenagem

Na macrodrenagem, três intervenções previstas pelo PAC avançam para contratação: melhorias no Rio Uvu (Santa Felicidade), no Rio Pilarzinho (Bom Retiro) e a reativação da estação de bombeamento do Rio Pinheirinho.