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Reinserção social

Liga da Superação é exemplo de resiliência no enfrentamento às drogas

Abertura dos jogos abertos da Liga da Superação com atletas que são acolhidos de 17 comunidades terapêuticas realizado na UTFPR Neoville. Curitiba, 26/09/2025. Foto: Valquir Kiu Aureliano/SECOM

Em meio a muita animação, cerca de 300 acolhidos de 12 comunidades terapêuticas participaram, nesta sexta-feira (26/9), dos Jogos Abertos da Liga da Superação. O evento aconteceu no campus Neoville da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), na CIC, e foi organizado pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Humano (SMDH), com apoio das secretarias de Esporte, Lazer e Juventude (Smelj) e da Segurança Alimentar e Nutricional (SMSAN).

Foram disputadas partidas de futebol, vôlei, tênis de mesa e xadrez. O objetivo, para quem jogou e ficou na torcida, foi destacar a prática esportiva e o convívio social como decisivos na derrota da dependência química. “É um dia especial, de integração. Vocês estão podendo conviver com pessoas diferentes do dia a dia, mas que também estão nessa difícil jornada da superação”, disse a secretária da SMDH, Amália Tortato, que abriu os jogos ao lado do secretário da Smelj, Professor Euler.

Cerimônia de abertura

Participaram dos jogos as entidades Rancho dos Profetas, Emaús, Fazdi, Servo Sofredor, Fonte de Misericórdia, Água da Vida (Cravi), Nova Jornada, Crejer, Gratidão, Base Underground, Cravi 2 e Hadash.

Depois do desfile das 12 delegações portando estandartes de cada comunidade terapêutica, o acolhido da Crejer Patrick Cavalli acendeu a pira olímpica, enquanto Rogério Pereira de Souza, da Associação Base Underground, fez o juramento do atleta. Com uma das delegações mais animadas, a Base Underground também levou para os jogos a banda Candelabro. O grupo é formado por acolhidos da entidade.

Delegações

As disputas começaram com partidas de futebol masculino em dois campos simultâneos. Todas as entidades inscreveram equipes na modalidade. Houve também três equipes de vôlei masculino, tênis de mesa masculino e feminino, com 22 homens e cinco mulheres inscritos, e xadrez misto.

O acolhido da Comunidade Emaús Anderson José de Souza Filho, de 22 anos, jogou no time de futebol da entidade como atacante. “Vim pra ganhar, do mesmo modo que faço o tratamento pra parar de uma vez de usar drogas”, disse. Na rotina da entidade, onde está há pouco mais de 1 mês, ele também faz musculação. “Pra mim, isso aqui é uma coisa muito boa. Se eu estou feliz, jogo bola; se estou triste, também”, conta.

Esporte no plano terapêutico

Para a diretor de Política sobre Drogas da SMDH, João Eduardo Cruz, eventos como a Liga da Superação reforçam o papel das atividades coletivas para o sucesso do tratamento contra o uso de entorpecentes. 

“É mais um dia com dignidade, um convite pra olhar pra cima e não pro o chão”, disse João, que já enfrentou a dependência química e passou pelo tratamento em comunidade terapêutica.

Também participaram do evento o presidente da Assembleia Legislativa, Alexandre Curi; o representante da Casa Civil do governo estadual, Fernando Cruz; o vereador Guilherme Kilter; o padre Cléberson Evangelista, da Paróquia São Rafael, da CIC; e o diretor de Esporte da Smelj, José Severiano Netto.