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Transparência

IPMC passa a utilizar sistema inovador para fazer os melhores investimentos

Sistemas informatizados facilitam o trabalho da equipe do IPMC na escolha dos melhores investimentos. Curitiba, 12/08/2025. Foto: Hully Paiva/SECOM

O IPMC (Instituto de Previdência dos Servidores do Município de Curitiba) conta com novos sistemas informatizados para a escolha dos melhores investimentos para os recursos do regime próprio de previdência dos servidores da Prefeitura de Curitiba. As novidades fazem parte da estratégia adotada pelo Instituto e levam em conta o patrimônio do IPMC, que é de R$ 2,4 bilhões.

Um dos sistemas mais novos foi implantado nesta semana e está ligado à Bolsa de Valores do Brasil, a B3. Com ele, a equipe de investimentos do IPMC pode ver tudo o que está acontecendo no mercado financeiro em tempo real e realizar leilões para a compra de títulos federais que possam oferecer as melhores vantagens para o IPMC.

A tecnologia também permitiu, pela primeira vez, a introdução de um sistema de controle de risco em um regime próprio de previdência social (RPPS), que já vem sendo usado há algumas semanas no IPMC, de forma segura e transparente.

Utilizando a mesma lógica da previdência complementar, que busca permanentemente as melhores formas de investir os recursos dos participantes, o novo modelo proporciona dados e estatísticas que possibilitam escolher os investimentos mais adequados ao planejamento do IPMC.

“Um regime de previdência não investe hoje parta resgatar amanhã. Somos alocadores de recursos (investidores) de longo prazo. Por isso, é necessário fazermos um novo modelo de análise”, declara o diretor Administrativo-Financeiro, Marcos Aurelio Litz.

“Nosso horizonte aqui no IPMC, por exemplo, é para décadas à frente, no mínimo 75 anos, que é o tempo que a gente considera a cada novo servidor que ingressa no quadro da Prefeitura e, automaticamente, passa a integrar o RPPS da Prefeitura de Curitiba”, explica o diretor.

De acordo com a legislação brasileira, nem todo investimento que pode ser acessado pela previdência complementar pode ser utilizado pelos regimes próprios de previdência, como é o caso do IPMC. Geralmente, os RPPS fazem opções mais conservadoras.

Para atender à necessidade de ter um sistema de gestão de riscos compatível com o porte do IPMC e, por outro lado, atendendo a legislação dos RPPS, a Consultoria Aditus desenvolveu um modelo customizado para o IPMC.

“Sem custos para o Instituto, estamos experimentando uma ferramenta arrojada. Somada à capacidade técnica dos nossos servidores, conseguimos identificar os melhores investimentos”, completa Litz. A partir da experiência curitibana, o sistema poderá ser oferecido a outros RPPS existentes no Brasil.

“O IPMC tem uma plataforma direta com o mercado financeiro. E isso nos coloca num patamar diferenciado como investidores”, acrescenta.

O diretor ressalta que a ferramenta possibilita novos controles. “Já temos frutos dessas mudanças. Em pouco tempo de uso da tecnologia, o IPMC já assegurou a compra de R$ 327 milhões em títulos públicos”, informou Litz, durante audiência do IPMC realizada dia 30/7.

Marcos Litz detalha que uma das ferramentas mais importantes para os RPPS é o estudo de ALM (que significa Asset Liability Management), sistema estatístico que gerencia os riscos levando em conta ativos e passivos, ou seja, os recursos que o regime próprio tem e os compromissos financeiros que terá no futuro, como o pagamento de aposentadorias e pensões. O objetivo principal para o IPMC é reduzir os riscos, respeitando as metas atuariais ano a ano.

As novas ferramentas usadas pelo IPMC levam em conta o cenário macroeconômico que está em contante mudança dentro e fora do Brasil. Antes da tomada de decisões, são realizadas simulações que permitem a análise mais detalhada e cuidadosa, uma vez que até mesmo os investimentos mais conservadores têm risco atrelado.

Novo olhar

A política de investimentos necessita ser revista anualmente. O documento que estabelece parâmetros para o período de cinco anos pode ser examinado a qualquer momento pelo Ministério da Previdência Social.

“E todos os colegiados participarão do processo”, declara o diretor referindo-se ao Comitê de Investimentos e aos conselhos de Administração e Fiscal do IPMC. 

Para que todos os conselheiros pudessem estar preparados para a análise das informações, um grande seminário será realizado em outubro pelo IPMC.

“Traremos grandes especialistas do país para falar sobre investimentos. A ideia inicial era que os conselheiros do Comitê de Investimentos e do Conselho de Administração pudessem estar atualizados para a análise da política de investimentos”, contou.

A qualidade dos palestrantes convidados fez com que o IPMC decidisse ampliar a participação. “Os RPPS da Região Metropolitana e os do Estado olham para Curitiba e, por isso, nós queremos compartilhar boas práticas. Vamos convidar outros regimes próprios do Paraná e todos terão a oportunidade de conhecer o que há de mais atual nesse tema”, assegura.

A política de investimentos do IPMC deverá ser aprovada em dezembro e será colocada em prática a partir de 1º de janeiro de 2026.