Serviços da Prefeitura como os Espaços Conviver (antigos Catis), da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Hunano (SMDH), e os Centros de Esporte e Lazer, da Secretaria Municipal de Esporte, Lazer e Juventude (Smelj), já estão em recesso. O público 60+ que frequenta suas unidades, no entanto, não pensa em ficar parado. Longe de simplesmente esperar o retorno das aulas, os idosos do Espaço Conviver (antigo Cati) Boa Vista planejam o que fazer enquanto estiverem na cidade e compartilham sugestões.
Vamos dançar?
Quem faz aulas de dança nos Espaços Conviver, planeja seguir dançando no recesso. É o caso de Irene Schinka, de 80 anos, e do casal Inês e Asverus Krzyzanowski, de 74 e 71 anos respectivamente.
Irene frequenta o Clube Tradição, perto do Terminal Boqueirão, que promove bailes à tarde. “A entrada tem um valor acessível e passa ônibus perto. Tem muitas pessoas idosas e animadas”, informa a idosa. Viúva, costuma ir aos eventos com amigas ou mesmo sozinha. “É um lugar bom e seguro”, informa. Casados há 51 anos, Inês e Asverus sugerem pesquisar locais que estejam promovendo cafés e jantares dançantes. “É o que nós fazemos. Se o local e o valor compensam, vamos”, argumenta Inês.
Artesanato e caminhada
E mesmo quando não estiverem dançando, mãos e corpos continuarão em atividade. Enquanto Irene poderá se dedicar à pintura, cuja técnica que aprendeu no Espaço Conviver, aos trabalhos manuais e aos passeios com os seus três cachorros, Inês tem outros planos. Ela pensa em fazer caminhadas moderadas, conhecer o novo Parque Papa Francisco, no Abranches, e se organizar para um projeto novo: retomar os estudos. Em 2026, ela será uma das alunas da Universidade Aberta à Pessoa Idosa (Unapi) Boa Vista.
Bike e caminhada
Aos 64 anos, Fátima Regina de Lima tem uma “amiga” com quem vai a lugares tão distantes quanto o Centro ou o Tatuquara: a sua bicicleta. “Faz muito bem à saúde das pessoas e da natureza, além de economia”, justifica Fátima, que também gosta de caminhar por cartões-postais de Curitiba como os parques São Lourenço, Bacacheri, Tanguá e Tingui. “São lugares lindos. Dá pra ir de condução e, lá colocar as pernas pra funcionar”, sugere.
Bem longe de se juntar ao clube dos 60+, o educador físico e chefe do Núcleo Regional Cajuru da Secretaria Municipal de Esporte, Lazer e Juventude (Smelj), Rodrigo Sozzi, sugere visitas ao Parque Olímpico. O motivo é a variedade de ambientes para práticas esportivas que, durante o ano, atraem o público de todas as idades. “É interessante que os mais velhos vão com os netos, aproveitando que é período de férias”, diz.
Outro local sugerido é a Praça Caio Júnior e, nos diferentes locais da cidade, as academias ao ar livre. “O importante é a pessoa conhecer suas limitações físicas ou de saúde e se exercitar de acordo com a sua condição”, frisa. Outra ideia para iniciar e se manter ativo, diz, é fazer atividade em grupo. “É mais divertido e as pessoas se sentem estimuladas”, conclui.