O secretário municipal de Defesa Civil e Políticas de Segurança da cidade de Duque de Caxias (RJ), Marcelo Silva da Costa, acompanhado por agentes da Guarda Municipal daquele município, está nesta semana em Curitiba para conhecer o trabalho da Patrulha Maria da Penha. Ele foi recebido na manhã desta quarta-feira (11) pelo superintendente da Secretaria Municipal da Defesa Social, Antonio Rudolfo Hanauer. Na terça-feira, a secretária da Mulher Roseli Isidoro já havia feito uma apresentação para a equipe sobre a Patrulha Maria da Penha, destacando aspectos operacionais para a viabilidade da implantação do serviço na cidade de Curitiba. Eles também visitaram o Juizado da Violência Doméstica e Familiar para buscar detalhes da parceria entre a Prefeitura de Curitiba e o Judiciário.
Além do interesse pela Patrulha Maria da Penha, o secretário Marcelo Silva Costa disse que veio à Curitiba para buscar a “expertise” da Guarda Municipal, que segundo ele, é uma das mais bem estruturadas do país. Ele conversou com o superintendente Antonio Hanauer sobre plano de carreira e o sistema de hierarquia da corporação em Curitiba, que em seu município ainda não está implantado. “No nosso município todos os agentes são guardas municipais, não possuímos a mesma estrutura hierárquica de Curitiba, com supervisores e inspetores, como se tem aqui”, explica o secretário.
Durante a conversa com a secretária Roseli Isidoro, o subsecretário de Políticas de Segurança do município da Baixada Fluminense, Geraldo Fontes, disse que sai de Curitiba “com a alma mais tranquila”. E acrescentou: “Como é bom conhecer experiências como a da Patrulha Maria da Penha de Curitiba e saber que tudo é possível, mesmo quando se trata do nosso município, com pouco mais de 900 mil habitantes e com um dos maiores índices de criminalidade do estado do Rio de Janeiro”.
“São impressões como estas que nos motivam seguir em frente, com um trabalho que deu certo e tem sido referência para outras cidades brasileiras, como Campo Grande (MS), Londrina, Araucária, que já implantaram a Patrulha Maria da Penha, e de João Pessoa, na Paraíba, que depois de um diálogo conosco também estuda a viabilidade de implantar o serviço lá”, afirma a secretária Roseli Isidoro.
Os visitantes também foram recebidos pela inspetora Cleusa Pereira, coordenadora da Patrulha Maria da Penha e acompanharam uma das equipes durante uma visita a uma das mulheres assistidas pelo serviço. Eles ficaram impressionados com o grau de comprometimento dos patrulheiros com a causa da mulher em situação de violência. “Não tenho palavras para descrever esta experiência que estou tendo em Curitiba. Nós já tínhamos a Guarda Municipal de Curitiba como uma referência, mas agora, podendo verificar de perto, é sem dúvida muito encorajador”, afirma o agente Claylton Pereira que ao lado dos seus colegas de corporação, os agentes Neuseli Daris e Jailton Sobral, ouviu o relato de S.Z., 35 anos, vítima de violência por parte do ex-marido há mais de dez anos e também de J.C., 42 anos, perseguida pelo ex-marido há vinte anos. Ambas com medida protetiva de afastamento do agressor.
No Juizado da Violência Doméstica e Familiar, eles foram recebidos pela juíza Márcia Margarete do Rocio Borges e sua equipe.