Já está disponível no site da Secretaria da Saúde a versão virtual da publicação Diretrizes da Saúde Bucal – edição revisada do protocolo publicado em 2004 para compartilhar com dentistas, técnicos e auxiliares as condutas adotadas pelo SUS de Curitiba na rotina de trabalho no setor. A publicação estimula iniciativas que tornam o trabalho de prevenção e assistência cada vez mais abrangente e efetivo.
O material pode ser encontrado no http://www.saude.curitiba.pr.gov.br/index.php/programas/saude-bucal/protocolos.
A rede municipal de saúde conta com 108 clínicas odontológicas, dois centros de especialidades e uma unidade de atendimento à pessoa com necessidades especiais. Esses serviços são movimentados por 609 cirurgiões dentistas, 583 auxiliares em saúde bucal e 221 técnicos na área. Eles precisam estar permanentemente atualizados sobre as mudanças que o setor, muito rapidamente, vai incorporando.
Diretrizes - Abrangente, o trabalho levou 2 anos para ficar pronto e resultou em 200 páginas com textos, tabelas e gráficos referentes às principais situações com que os profissionais da área podem se defrontar. Isso significa não só a padronização da abordagem clínica dos usuários cadastrados nas unidades básicas como também a inserção da equipe de saúde bucal no contexto do atendimento integral.
“Trata-se de um roteiro, do ponto de partida do trabalho dos nossos colegas e que pode ser enriquecido a partir da percepção de cada um”, explica a coordenadora do Programa Municipal de Saúde Bucal, Ana Cristina Allegretti.
Daí a razão porque o novo protocolo traz uma abordagem específica sobre a Rede de Proteção à Criança e ao Adolescente em Situação de Risco para a Violência – uma estratégia de prevenção da violência e promoção da cultura da paz.
“O profissional de saúde bucal precisa estar atento a situações que extrapolam a sua esfera de ação mas que, percebidas no manejo do paciente, sejam úteis para que outros profissionais da equipe da unidade ajam rapidamente. Ele não pode e não deve ficar restrito somente às questões técnicas da saúde bucal”, diz Ana.
Outro exemplo de atenção extra odontologia diz respeito aos pacientes usuários de álcool e outras drogas, como cigarro e entorpecentes. “O paciente precisa saber dos efeitos da dependência química sobre a saúde bucal e sobre o organismo com um todo e os demais membros da equipe da unidade precisam estar cientes das condições identificadas naquele paciente, no consultório do dentista, e que repercutem sobre a saúde geral dele. Assim, além de evitar câncer bucal, poderá ter acesso a outros tipos de cuidados em saúde mental”, argumenta a coordenadora.