Quem não gosta de samba, bom sujeito não é. A máxima de Dorival Caymmi ajuda a explicar porque, na 43ª Oficina de Música de Curitiba, o samba ganha espaço de destaque. De 7 a 18 de janeiro de 2026, o gênero se apresenta em três cursos especialmente dedicados a ele, das batidas das baterias de escola de samba ao canto coletivo das rodas tradicionais. As inscrições estão abertas pelo site oficinademusica.curitiba.pr.gov.br
Esses cursos integram a área de Música Popular Brasileira da Oficina, que nesta edição oferece 31 cursos, sendo 26 regulares e 5 práticas de conjunto (coro e instrumentos).
"O samba sempre fez parte da Oficina, é essencial para a MPB. Nessa edição, propomos três caminhos diferentes, o encontro com os tambores dos ancestrais, com as rodas de amigos, com a voz que se solta no improviso”, resume João Egashira, curador de Música Popular Brasileira da Oficina.
No centro está o percussionista Marcos Esguleba (Marcos Alcides da Silva), herdeiro da tradição do tambor e responsável por duas oficinas do projeto Batuque dos Ancestrais. Do bloco da Unidos da Tijuca e parte da banda Muleke de Zeca Pagodinho, Esguleba tocou ao lado de Beth Carvalho, Paulinho da Viola, Elza Soares, entre outros.
No curso focado em Bateria de Blocos, ele convoca os alunos a se transformarem em uma escola de samba: caixas, repiques, surdos em três vozes, cuíca, agogô, todos convidados para fazer a Oficina de Música pulsar como se fosse avenida. Já no curso Samba de Mesa, a proposta é recriar a atmosfera das rodas tradicionais, proximidade e música feita no improviso. O tantã, o pandeiro e o repique de mão comandam o ritmo, enquanto surge do diálogo entre quem toca e quem participa da roda, sem distância entre palco e plateia.
A roda se completa com a cantora Maytê Corrêa, que conduz a oficina Cai no Samba. Licenciada pelo Full Voice Institute, já gravou sambas inéditos de Arlindo Cruz e dividiu o palco com Leci Brandão. Em sua oficina, além da técnica vocal, também será tratada a história dos sambas do movimento cultural Cacique de Ramos, pesquisa de repertório e cuidado com a voz.
A Oficina em números
Um dos maiores e mais tradicionais festivais de educação musical da América Latina, a Oficina de Música de Curitiba chega à 43ª edição com 89 cursos ministrados por cerca de 80 professores brasileiros e estrangeiros. A expectativa é atender aproximadamente 2,8 mil alunos, com a maioria das aulas sediada na PUCPR.
As inscrições custam R$ 150 para um curso, R$ 225 para dois e R$ 270 para três, em formato progressivo. Para os cursos que exigem processo seletivo, é necessário enviar currículo e/ou vídeo até 19 de outubro.
Serviço
43ª Oficina de Música de Curitiba
7 a 18 de janeiro de 2026
Inscrições para cursos com seleção até 19 de outubro
Inscreva-se: CLIQUE AQUI