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4 anos de trabalho

Curitiba enfrenta pandemia da covid-19 com a casa em ordem

Central do teleatendimento da Prefeitura para dúvidas sobre coronavírus. Curitiba, 18/05/2020. Foto: Pedro Ribas/SMCS

 

Dívidas quitadas, UPAs e unidades básicas novas e reorganizadas, almoxarifado completos com insumos, serviços ampliados, medicamentos nas prateleiras das farmácias e um aplicativo para aproximar os serviços e ajudar a zerar as filas nas portas das unidades.

O resgate da Saúde de Curitiba começou no primeiro mês de 2017, diante de um cenário oposto encontrado pela gestão do prefeito Rafael Greca. O sistema de saúde de Curitiba estava sucateado, com falta de insumos básicos, obras inacabadas e abandonadas, como a UPA Tatuquara e a Unidade de Saúde Jardim Aliança.

Desde então, o trabalho não parou mais. Principal prioridade na gestão, a Saúde investiu de 2017 até agora cerca de R$ 7,5 bilhões, sendo 3,7 bilhões de recursos do município.

Ao colocar a casa em ordem, porém, a Prefeitura não imaginava que teria pela frente a pandemia do novo coronavírus. 

“Recebi uma rede de saúde sucateada, abandonada, sem itens básicos. E ao recuperá-la do descaso, estávamos sem saber preparando a cidade para enfrentar o maior desafio do século, o vírus mortal. E estamos vencendo, pois a nenhum dos nossos cidadãos, do mais rico ao mais pobre, faltou leitos, respiradores, medicamentos, orientação, informação, acolhida”, diz o prefeito.

A pandemia chegou em março deste ano na cidade, mas desde janeiro o trabalho de preparar a rede municipal de saúde vinha sendo feito, com um Plano de Contingência que foi sendo ativado conforme o vírus circulava e a necessidade exigia de resposta.

“Não faltou nada para minha vó. Ela foi cuidada como se estivesse num hospital de grande porte, com muita eficiência e, principalmente, com muito carinho da equipe”, conta Andrei Pereira Marques, neto de Luíza Marcondes, que ficou internada na UPA Boqueirão para tratamento da covid-19.

Saúde enfrenta a pandemia da covid-19

Três hospitais e 890 leitos exclusivos de covid-19 - Graças à confiança reestabelecida pela gestão com parceiros da rede hospitalar da cidade, Curitiba conseguiu garantir quase 880 leitos SUS exclusivos para pacientes com a covid-19. Destes, 358 em UTIs, parte deles na rede de parceiros privados e outra parte em hospitais abertos pela Prefeitura no período da pandemia.

Os novos leitos fazem parte do plano de contingência de enfrentamento à pandemia do município e integram os 1.088 leitos de UTI da rede hospitalar pública e privada da cidade.

Nesse período da pandemia, foram instalados três hospitais para atender pacientes SUS covid-19, devidamente equipados e com profissionais qualificados: Vitória, em parceria com o Grupo Amil; Instituto de Medicina, em parceria com a Santa Casa de Misericórdia e a Casa Irmã Dulce.

A Casa Irmã Dulce ficou como um dos legados para a cidade. O espaço, usado no pico da pandemia, em julho, virou uma clínica de estabilização psiquiátrica para atender pacientes que hoje das UPAs para urgência e emergência de saúde mental.

Teleatendimento e teleconsulta - Uma das primeiras medidas para enfrentar a pandemia foi implantar uma central telefônica para atendimento e teleconsulta sobre o novo coronavírus, disponível em (41) 3350-9000. Profissionais orientam e monitoram a população sobre a infecção e também fazem consultas médicas. Desde março até agora foram quase 95 mil atendimentos, tanto por telefone como teleconsulta.

Reorganização das unidades – Para concentrar esforços no atendimento da covid-19, a rede de atendimento das Unidades Básicas de Saúde foi reorganizada. Onze postos ficaram exclusivos para vacinação de rotina. Outras 74 unidades tiveram o atendimento com separação de fluxo de pacientes (rotina e sintomáticos respiratórios).

A reorganização permitiu o remanejamento de equipes de outras 26 unidades para outros pontos de atenção da rede pública. Conforme a pandemia regride, as unidades vão sendo reativadas.

“Ajudou a salvar minha vida. Quando vi que a saturação do oxigênio do meu sangue havia caído, fui correndo procurar atendimento e hoje estou aqui, recuperada”, conta Sônia Aguiar Antunes de Oliveira, paciente da US Abaeté, que teve covid-19 e foi monitorada em casa com oximetria.

Renovação de receitas - Outra importante medida para evitar a circulação de pacientes de risco foi a renovação das receitas de medicamentos de uso contínuo, automaticamente, por 90 dias e para pessoas com mais de 70 anos ou com qualquer condição crônica (diabéticos, hipertensos e imunodeprimidos). Para esse púbico, a Secretaria Municipal da Saúde também disponibilizou entrega dos medicamentos em domicilio. Da mesma forma, para pacientes que precisam de materiais para curativo e bolsas de colostomia.

“Não temos como ir buscar os remédios na unidade por causa desse vírus perigoso, mas eles vêm entregar em casa. É um cuidado muito bom”, diz Natália Bini, Elas e as irmãs, Nadir e Irene, são pacientes da US Vila Guaíra e fazem uso de medicamento contínuo.

Força-tarefa para fiscalização - No combate às aglomerações e a outras regras de controle da pandemia, desde abril, equipes da Prefeitura fizeram 35.500 ações de inspeção ou fiscalização.

Em novembro foi criada uma força-tarefa integrada entre Prefeitura de Curitiba e Governo do Paraná para ampliar as fiscalizações. São duas frentes de trabalho. Vigilância Sanitária e Guarda Municipal fiscalizam durante o dia comércio e serviços em todos os bairros. À noite, operações Integradas (Polícia Militar, Urbanismo e Guarda Municipal) vão a bares e pontos de aglomerações. São as Aifus-covid.

 

Avanços da Saúde nos últimos quatro anos

Principal prioridade na gestão do prefeito Rafael Greca, a Saúde investiu de 2017 até agora cerca de R$ 7,5 bilhões, sendo 3,7 bilhões de recursos do município.

Investimentos em recursos municipais

2017: 957,2 milhões
2018:  930,2 milhões
2019: R$ 998,5 milhões
2020: R$ 852,1 milhões (até novembro)

Retomada a parceria com os hospitais, com os pagamentos atrasados colocados em dia - em 2017, foram repassados aos hospitais prestadores de serviço ao SUS Curitibano R$ 578,5 milhões. Em 2018, foram R$ 927,7 milhões.

Medicamentos nas farmácias – uma das primeiras medidas da gestão foi regularizar o abastecimento de insumos na rede municipal de saúde, e principalmente, medicamentos que estavam faltando. De lá pra cá foram distribuídas 884.148.160 unidades de remédios para os pacientes das unidades de saúde.

No primeiro ano da gestão Rafael Greca, o aumento na distribuição de medicamentos foi de 20% em relação a 2016.
Em 2017: 187,5 milhões de unidades de medicamentos distribuídas
Em 2018: 235,2 milhões de unidades de medicamentos distribuídas
Em 2019: 243,6 milhões de unidades de medicamentos distribuídas.
Em 2020: 217,5 milhões de unidades de medicamentos distribuídas (de janeiro a novembro)

Unidades reorganizadas e aplicativo para zerar filas - lançado no primeiro ano de gestão, o aplicativo Saúde Já Curitiba está na quarta atualização, com “Meu Pré-Natal” e “Urgências”. O aplicativo Saúde Já soma 12 milhões de acessos, 700 mil usuários com mais de 1 milhão de agendamentos.

Desde o primeiro ano de gestão, as 111 unidades de saúde trabalham num sistema de acolhida dos usuários, com acompanhamento e ações de prevenção no chamado “cuidado programado”, com agendamento e planejamento dos atendimentos. Na gestão anterior não havia esse vínculo do paciente com as unidades de saúde. Quando precisava de atendimento, buscava direto a UPA ou precisava ir para a fila de madrugada na unidade de saúde, para tentar marcar uma consulta. O aplicativo mais a reorganização da atenção à saúde básica, acabaram as filas na madrugada para garantir atendimento nas unidades de saúde.

Profissionais da Saúde - entre 2017 e 2020 foram contratados 1.340 profissionais, que somam atualmente uma força de trabalho de 9.226 médicos, enfermeiros, técnicos e outras categorias que prestam atendimento em unidades básicas, UPAs, hospitais, Caps, Samu e outros serviços da saúde espalhados pela cidade.

Telessaúde e mutirões reduzem filas por especialidades - O Telessaúde e os mutirões feitos ao longo da gestão ajudaram a reduzir em 81% o tempo de espera dos pacientes por consultas de especialidades como Dermatologia, Cardiologia, Ortopedia e também por exames complementares e até cirurgias.

Com essas duas estratégias, a redução de tempo de agendamento caiu de para até dez dias em algumas especialidades, como a cardiologia.

O Telessaúde qualifica os encaminhamentos para especialidades. O médico da unidade de saúde conta com o apoio do especialista por meio de um sistema de teleconsulta e telerregulação. Em conjunto, os profissionais decidem sobre o encaminhamento dos pacientes. 

O Telessaúde só existia para a neurologia geral. O programa foi implantado em todas as unidades de saúde para mais 19 especialidades.

O trabalho do Telessaúde ajudou a reduzir a fila de espera para a psiquiatria em 95%, na reumatologia em 100%, na pneumologia em 60%, na cardiologia em 90% e na neurologia em 40%.

Dermatologia: de 10 meses para 30 dias
Cardiologia:  de 4 meses para 10 dias
Exames complementares: de 14 meses para dois meses, no máximo.

Nas ortopedias
Na ortopedia geral: 80,8% de redução
Na ortopedia para cirurgia de joelho: 68,3% de redução
Na ortopedia para cirurgia de quadril: 73,7%
Na ortopedia para cirurgia de mão: 41,4%
Na ortopedia para cirurgia de ombro e cotovelo: 30,4%

Zerada fila da odontologia para pessoa com deficiência - Com uma média de 800 procedimentos por mês, a fila de espera de consultas e tratamentos odontológicos para pessoa com deficiência não existe mais. Até o início de 2017, esses pacientes aguardavam mais de um ano para iniciar o tratamento. Agora, a primeira consulta é marcada em até um mês.

 

Entrega de UPAs e reforma de unidades de saúde marcam o período

O prefeito Rafael Greca retomou obras inacabadas pela gestão anterior, entregando para a população unidades completas, com profissionais e equipamentos, em condições plenas de atendimento:

Novas UPAs: Tatuquara, CIC e Pinheirinho - Inaugurada vazia pela gestão anterior, em 2017 Greca finalizou as instalações, equipou, destinou profissionais e abriu para a população a UPA Tatuquara.

No ano seguinte foi a vez de reformar e reabrir a UPA CIC. Na sequência veio a reforma e modernização da UPA Pinheirinho, onde foi implantado um projeto-piloto de atendimento, onde os pacientes ficam em espaços exclusivos de acordo com o grau de risco.

A separação dos pacientes em espaços reservados permite aos profissionais da saúde direcionarem o atendimento de forma mais precisa a cada tipo de necessidade, reduzindo o tempo de espera nos casos não-urgentes.

Mais obras - Outra obra abandonada pela gestão anterior, a unidade básica de saúde Jardim Aliança, no Santa Cândida, foi concluída, equipada e entregue. Ela começou a ser construída em 2012 e passou a gestão anterior toda tomada pelo mato.

Em 2018, com Greca, o posto foi entregue virou uma referência para a comunidade.

Após finalizar e entregar obras que estavam paradas, a Secretaria Municipal da Saúde iniciou em 2020, em pleno cenário de pandemia, a reforma de 14 unidades básicas de estruturas mais antigas.

As unidades contempladas nessa etapa de reformas são:
- US São Paulo (Uberaba)
- US Santa Efigênia (Barreirinha)
- US Vista Alegre (Vista Alegre)
- US Tingui (Tingui)
- US Abaeté (Boas Vista)
- US Fernando de Noronha (Santa Cândida)
- US Pilarzinho (Pilarzinho)
- US Caiuá (CIC)
- US Nossa Senhora da Luz (CIC)
- US Pompéia (Tatuquara)
- US Moradias da Ordem (Tatuquara)
-US Dom Bosco (Campo de Santana)
-US Ipiranga (Capão Raso)
- US Vila Feliz (Novo Mundo)

Laboratório Municipal, do descaso à excelência - Sem insumos, o Laboratório Municipal funcionava parcialmente, em sistema de cotas para exames. Descaso que gerou uma fila de 55 mil pessoas que esperavam a realização de exames laboratoriais simples.

A recuperação do serviço responsável pelos exames clínicos da rede municipal de saúde começou em 2017 e em 2020 o laboratório processou mais que o dobro de exames, um salto de 204.774 exames para 482.835.

De 2017 até novembro de 2020, foram realizados 17.477.89 exames. No mesmo período, o número de pacientes atendidos pelo Laboratório passou de 26.608 para 57.605.

Toda essa eficiência foi possível após a gestão regularizar os insumos, e o equipamento passou a funcionar 24 horas, atendendo além das 111 unidades básicas de saúde, também as 9 UPAs, o Hospital do Idoso Zilda Arns, o Serviço de Atenção Domiciliar (SAD) e a Maternidade Bairro Novo. Graças a esse resgate, o Laboratório Municipal de Curitiba consegue processar exames da covid-19 dos pacientes da rede municipal de saúde.

Samu renovado - A frota de ambulâncias foi totalmente renovada e aumentada. Desde o início desta gestão, Curitiba recebeu 33 novas ambulâncias. Na gestão anterior eram 25. Com a renovação e ampliação da frota aumentou a eficiência nos atendimentos do Samu: de 295 atendimentos de ambulância por dia, para 502, em média – um crescimento de 70%.

Nova sede para o Ambulatório Encantar - especializado no atendimento de pessoas com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) e de suas famílias, ganhou nesta gestão uma sede maior e mais qualificada para desenvolver as ações. O Ambulatório Encantar funcionava antes dentro do Centro de Especialidades Médicas Matriz. Com a nova sede a equipe do ambulatório aumentou de 14 para 20 profissionais e a capacidade de atendimento passou de 250 para 400 pessoas.

Novo CAPs Tatuquara e serviços integrados - Os atendimentos nos nove Centros de Atenção Psicossocial (CAPs) voltados para adultos tiveram seus serviços integrados e agora eles funcionam por região de abrangência. A mudança permite mais rapidez e vínculo do paciente com a unidade que fica mais perto de sua casa. Nesta gestão Curitiba abriu o 13º CAPs da cidade. A nova unidade fica no Tatuquara.

Outros avanços da Saúde
- Redução da mortalidade infantil em 25,3% de 2016 a 2019.
- Dengue zero - Mutirão Curitiba sem Mosquito recolheu três mil toneladas de lixo e entulho, nas dez regionais da cidade. Contribui para que o município mantenha índice de infestação de 0% pelo Aedes aegypti.
- Primeiro município do país a garantir a manutenção do Certificado de Eliminação de Transmissão Vertical do HIV de mãe para filho.
- Implantação da Rede de Atenção ao Idoso;
- Aumento de cerca de 10% da capacidade de internamento do Hospital Municipal do Idoso;
- Criação de um novo Pronto-Socorro infantil.
- Reestruturação da Rede Mãe Curitibana Vale a Vida.
- Redução de 50,8% nos casos de Aids entre 2014 e 2018.
- Lançamento do Programa Escute o Seu Coração.
- Redução do tabagismo, obesos e pessoas que fazem consumo abusivo do álcool;
- Redução do número de pessoas com diabetes e hipertensão arterial