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Entre vozes e imagens

Vocal Brasileirão faz 30 anos em concerto com a Orquestra à Base de Sopro

Entre vozes e imagens, Brasileirão marca 30 anos em concerto com a Base de Sopro.. Curitiba, 30/11/2025. Foto: Cido Marques/FCC

O Vocal Brasileirão transformou o auditório do Museu Oscar Niemeyer em um grande palco da música brasileira neste fim de semana neste sábado (29/11) e domingo (30/11). Nos concertos que marcaram os 30 anos de trajetória do grupo, houve o encontro do público numeroso e diverso que acompanha a formação desde os anos 1990 até jovens que descobriram o coro pela primeira vez. 

Com a Orquestra À Base de Sopro de Curitiba como convidada, o espetáculo apresentou arranjos inéditos e projeções que revisitavam momentos marcantes das três décadas do Brasileirão. 

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Sob direção artística de Vicente Ribeiro, também violonista do Brasileirão, o repertório costurou diferentes fases do grupo. O programa se desenrolou como uma linha do tempo musica, desde o impacto rítmico de Parabolicamará, obra que dialoga com os primeiros anos do Brasileirão, quando Marcos Leite ainda era o regente, às camadas de Choro Bordado, de Breno Ruiz e Paulo César Pinheiro, parte do repertório atual. Um percurso pela obra de Gilberto Gil, Cole Porter, Zé Rodrix, Wilson das Neves, Sergio Santos e tantos outros compositores que moldaram a identidade sonora do coro. 

“As projeções ampliaram o sentido dessas canções, porque trouxeram lembranças de quem passou pelo grupo e de momentos importantes da nossa história”, disse Vicente Ribeiro após o concerto. “Para nós, reencontrar o público dessa forma é emocionante. É perceber que a nossa história tocou muita gente e continua viva.” 

A participação da Orquestra À Base de Sopro, também grupo do Conservatório de Música Popular Brasileira, acrescentou sons instrumentais que abriram novas leituras para músicas já conhecidas do repertório. A direção da orquestra foi de Sérgio Albach, que também atuou no palco ao clarone. “O Brasileirão é parte fundamental da cena vocal brasileira, e revisitar essas obras ao lado deles é sempre um privilégio”, comentou Albach. “Nosso encontro não é só musica, é histórico.” 

Entre o público deste domingo (30/11), Marili Bertolino, 65 anos, acompanhava tudo com brilho nos olhos. Fã do grupo desde o fim dos anos 1990, ela fez questão de relembrar uma memória importante: “Eu estava nos 20 anos do Brasileirão, no Guairinha, e hoje senti a mesma emoção. Eles cresceram muito, ficaram ainda mais bonitos de ouvir”, disse.

Na outra ponta do público, Lucas Oliveira Soares, 21 anos, estudante de música, assistiu ao concerto pela primeira vez, acompanhado da namorada. “A gente não conhecia o grupo e ficamos impressionados. É muito diferente do que a gente costuma ver”, contou.