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Educação infantil

Variedade na alimentação favorece desenvolvimento físico e intelectual

Os Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs), as creches da Prefeitura, asseguram às crianças o direito a uma alimentação saudável. Foto: Gabriel Rosa/SMCS (arquivo)

Os Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs), as creches da Prefeitura, asseguram às crianças o direito a uma alimentação saudável. A variedade de cardápios favorece o desenvolvimento físico e intelectual das cerca de 37 mil crianças matriculadas na educação infantil municipal. Um dos cuidados é com o horário em que cada refeição é oferecida.

A nutricionista Maria Rosi Marques Galvão, responsável pela gerência de Alimentação na Secretaria da Educação, explica que a refeição caracteriza-se como um momento de cuidado, mas também é um ato educativo. “Com as refeições, as crianças aprendem os movimentos de mastigação e deglutição, desenvolvem autonomia para se alimentar e, de forma gradativa, vão criando habilidades com o uso de talheres, guardanapos e demais utensílios durante as refeições, além de desenvolver o gosto por alimentos saudáveis”, disse Maria Rosi.

Ela destaca que, ao longo do ano, a rede municipal de ensino oferece alimentação em qualidade e quantidade suficientes para as necessidades dos meninos e meninas matriculados nas creches. É feito acompanhamento do serviço em cada estabelecimento. “As refeições devem ser servidas em um intervalo inferior a três horas, porque precisamos despertar o apreço pelos alimentos, já que a sensação de fome nesta fase da infância é considerada pequena”, disse.

As experiências vividas nos primeiros anos de vida podem ter um forte impacto no desenvolvimento da pessoa, de acordo com a diretora do departamento de Educação Infantil da Secretaria Municipal da Educação, Elidete Zanardini Hofius. “Por isso, o tempo e o espaço educativo ganham importância na vida dos meninos e meninas que estão sob o compromisso e a responsabilidade do nosso trabalho”, diz Elidete.

Nutricionistas

A Prefeitura de Curitiba investe cerca de R$ 11 milhões mensais com a alimentação de estudantes e crianças entre pagamentos de serviço terceirizado e pessoal capacitado.

A alimentação é planejada por nutricionistas que primam pela necessidade da reposição de calorias e nutrientes necessários para o desenvolvimento na infância. Diariamente, são ofertadas entre quatro e cinco refeições para as crianças nos CMEIs.

Os bebês recebem no desjejum o leite materno ou fórmula infantil. Na colação, frutas. No almoço, cereal, leguminosa, carne e legumes. No lanche da tarde, papa de cereal ou tubérculo com fruta e fórmula infantil ou leite materno, caso seja fornecido pela mãe. No jantar, última refeição servida após as 16h, as crianças recebem papa de legumes com cereais e carne.

As crianças de 2 a 5 anos de idade recebem quatro refeições:  desjejum, almoço, lanche da tarde e jantar.

Hábitos alimentares

A rotina das 220 crianças de zero a cinco anos do CMEI Atuba, no Bairro Alto, começa cedo. A partir das 7h, elas recebem as boas-vindas da equipe de profissionais da unidade, despedem-se dos pais e iniciam uma série de atividades.

Para garantir a qualidade da educação e a saúde, a equipe trabalha também com o desenvolvimento de hábitos alimentares dos meninos e das meninas que frequentam a unidade. “Nossos profissionais são comprometidos com o trabalho e isso reflete positivamente no desenvolvimento e no bem-estar das crianças”, destaca a pedagoga da unidade, Ikarla Piotrowski.

O primeiro lanche do dia é servido às 7h30. No cardápio, a bebida é geralmente à base de leite, acompanhada de pão, bolo ou rosca. As crianças têm, às 9h30, um lanche com fruta ou suco. No almoço, servido a partir das 11h, tem arroz, feijão, carne, acompanhamento, salada e uma fruta.

No período da tarde, há um novo lanche às 14h, sendo uma bebida, cereal ou biscoito, bolo, pão ou frutas. A partir das 16h, a unidade oferece a última refeição da criança com cardápio que prevê sopa, polenta ou risoto com carne e legumes. A partir das 17h, as crianças vão para casa.

Nada de guloseimas

O cuidado constante com uma alimentação rica e balanceada acontece em todas as etapas, desde a compra dos ingredientes, no preparo dos alimentos, até o ato de servir. Mesmo nas tradicionais festas, o consumo de guloseimas é bem limitado. “Evitamos a entrada de refrigerantes, sucos artificias,  doces industrializados e outros produtos que não contêm valor nutricional”, esclarece Ikarla.