Boa parte da sinalização de trânsito de Curitiba - placas, pintura, tachões e tartarugas - foi implantada por uma equipe disciplinada coordenada pelo empregado público Valdecyr Alves Duarte, de 54 anos, que também põe a mão na massa quando precisa. Ele lidera uma das quatro equipes da Superintendência de Trânsito que fazem o serviço.
“Sou motorista, operador de máquina, encarregado. Seguimos tudo conforme a ordem de serviço, que indica como deve ser implantada cada sinalização. Mas se alguma sinalização tiver problema devido à instalação, eu respondo por ela”, conta Valdecyr. As placas têm sempre a indicação de qual equipe fez o serviço.
Ele começou a trabalhar na Urbs como motorista há 17 anos. “Já comecei na pintura das ruas, na sinalização. Aos poucos, fui aprendendo a fazer o serviço e nunca mais saí. Confesso que, antes, apenas como motorista, não tinha ideia da importância da sinalização de trânsito”, revela.
O servidor que hoje está cedido para a Superintendência de Trânsito da Secretaria de Defesa Social e Trânsito diz que não faz corpo mole. “Saio pra trabalhar e faço com muito carinho, com gosto, porque sei que o meu trabalho beneficia muita gente, direta e indiretamente. A sinalização protege motoristas e pedestres”, declara.
Ele já teve a oportunidade de mudar de área, mas diz que gosta mesmo é de trabalhar na rua.
“A gente também atende o cidadão, só que na rua. Já recebemos críticas da população. Mas muita gente vem elogiar, agradecer. Quando precisa, eu explico certinho por que a sinalização é desta ou de outra forma, tudo dentro da lei e conforme foi planejado pelos engenheiros”, detalha.
Olhar atento
Mesmo quando não está trabalhando, Valdecyr mantém o olhar atento na sinalização.
“Se tem alguma coisa que vejo que pode ser melhorada, mesmo que eu esteja de folga, fotografo e mostro para a minha chefia”, diz Valdecyr.
Sandra Mara Bueno, que integra a equipe de Valdecyr há sete anos, diz que já sabe o jeito do líder do grupo. “A gente se entende bem”, contou ela, durante a implantação das placas com limite de velocidade de 30 km/h na Rua Desembargador Westphalen, entre as ruas Professor Plácido e Silva e Professor Leônidas Ferreira da Costa, no Parolin.
“Antes da travessia elevada, o limite é sempre de 30. Mesmo que poucos metros à frente tenha fiscalização eletrônica com limite de 40 km/h, como é o caso aqui”, explica o servidor.
Valdecyr não se arrepende de ter feito o concurso e ingressado no serviço público. “Eu queria ser motorista, faço o que gosto, sou gratificado pelo meu trabalho e tenho estabilidade”, comemora. “Creio que meus superiores também estão satisfeitos. Nesses 17 anos, tive muitas chefias diferentes”, conta.