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Crianças no Ippuc

Urbanista Mirim abre a semana de oficinas do Plano Diretor de Curitiba

Alunos de 11 a 18 anos estiveram no Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) no lançamento do processo participativo voltado para o público infantojuvenil, o Urbanista Mirim. As turmas vão contribuir com ideias para a revisão do Plano Diretor de Curitiba. A agenda ocorreu na manhã desta segunda-feira (23/6).

Ao todo, 27 estudantes do Colégio Estadual Leôncio Correia, no bairro do Bacacheri, participaram da dinâmica no Ippuc. Os alunos de sexto e sétimo anos do Ensino Fundamental e também do Ensino Médio fazem parte do projeto de educação socioambiental Cultivando Saberes, atividade disponível durante os contraturnos. Outras turmas estarão no Ippuc para mais uma rodada nesta terça-feira (24/6).

“Trabalhamos durante o último mês sobre a questão da água e os possíveis desastres ambientais que esse tema pode ocasionar na cidade caso medidas preventivas não sejam tomadas. Essa discussão aprofundada com os alunos foi essencial para que estivessem mais preparados para a atividade de hoje, como a elaboração das propostas que serão encaminhadas ao Plano Diretor”, explica o professor de sociologia Gabriel Portugal Sorrentino, coordenador do Cultivando Saberes.

Para engajar e trazer temas áridos dentro do contexto lúdico, a equipe do fluxo de participação da revisão do Plano Diretor, coordenada pelo arquiteto e urbanista Pedro Sorrentino, produziu o jogo Urbanista Mirim, que oferece diferentes estímulos e apresenta referências de brincadeiras como o famoso Imagem&Ação. O jogo foi adaptado à realidade do Plano Diretor, de acordo com a metodologia dos oito temas centrais do processo, nomeados como Pessoas, Planeta, Paz, Prosperidade, Pertencimento e Patrimônio, Parcerias, Poder Público e Pesquisa e Planejamento.

Com a missão de apresentar a cidade e orientar a definição das propostas, cada equipe teve um mediador do Ippuc. Com a ajuda de cartas, mapa e desenhos livres para adivinhações, os estudantes levantaram discussões importantes para delimitar os encaminhamentos para o futuro da cidade em um cenário de dez anos.

O consenso entre os participantes, a priorização das demandas, a necessidade de planejamento e a criatividade para as soluções possíveis de serem implantadas dentro do prazo foram elementos pedagógicos que mostraram aos alunos como é o trabalho dos planejadores urbanos.

“É a primeira vez que tenho contato com o Plano Diretor. Sou competitiva e trouxe algumas ideias que preparei em sala de aula. Achei muito incrível a atividade”, exaltou Luna Loch do Carmo, de 11 anos, uma das mais comunicativas e engajadas no jogo.

Neste grupo da Luna estavam Thomaz Emanuel Jamur Santos de Souza (15 anos), Guilherme Shoji Hashimoto (10 anos) e Tainá Ladislau Bueno (15 anos). Eles propuseram áreas verdes para a despoluição, melhor acessibilidade para ruas longe do Centro, fios subterrâneos para que as pipas não fiquem presas, acolhimento para alunos com deficiência, mais caixas de abelhas nativas e a ampliação do programa de separação do lixo.

As propostas serão incluídas no processo de sistematização das oficinas para serem encaminhadas no documento final do Plano Diretor. As oficinas do Urbanista Mirim fazem parte da agenda oficial do processo de revisão e são realizadas em parceria com a Secretaria Municipal de Educação e escolas interessadas da rede estadual.