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Trabalho e Emprego

Situação de refugiados é discutida em seminário promovido pela Prefeitura

A Secretaria do Trabalho e Emprego promoveu, na tarde desta quinta-feira (21), uma oficina para discutir a construção de políticas públicas de atendimento e acolhimento a imigrantes e refugiados. Foto: Levy Ferreira

A Secretaria do Trabalho e Emprego promoveu, na tarde desta quinta-feira (21), uma oficina para discutir a construção de políticas públicas de atendimento e acolhimento a imigrantes e refugiados. Entre outros debatedores, a oficina contou com a participação do representante do Alto Comissariado das Nações Unidas para Assuntos de Refugiados (ACNUR), Gabriel Gualano de Godoy.

“Nunca em outros tempos tivemos uma situação tão trágica em proporção de pessoas em situação de refugiados, imigrantes ou apátridas. São mais de 100 mil órfãos vítimas de guerra civil, conflito armado, catástrofes naturais e pessoas que não são reconhecidas em seus países e não têm documentos de identidade”, afirmou a vice-prefeita e secretária do Trabalho e Emprego, Mirian Gonçalves.

Mirian informou que, em Curitiba, medidas para o acolhimento a estrangeiros têm sido feitas de maneira constante nos últimos anos, dentre eles os vindos do Haiti. “Atendemos e encaminhamos 1.988 estrangeiros para vagas de emprego pelo Sine Municipal; promovemos mutirão de emprego com intérpretes em francês e créole para os haitianos; assinamos parceria com o Centro de Línguas da Universidade Federal do Paraná para oferecer aulas de Português e, para facilitar a inserção no mercado de trabalho, levamos o Sine Móvel aos locais de maior concentração, como a Pastoral do Migrante”, explicou.

Para o representante do ACNUR, Gabriel Gualano de Godoy, a situação mundial é dramática. “Nos 70 anos das Organizações das Nações Unidas estamos constatando um número sem precedentes de refugiados. São 15 milhões em todo o mundo e, outros 10 milhões de apátridas vítimas de conflitos no Iraque, Afeganistão, Congo e Somália e, também as novas guerras como as da Síria, Mianmar, Líbia e República Centro Africana. O crescente número de grandes conflitos aumentou o problema”, afirmou.

O representante da ACNUR lembrou que há cerca de 700 mil descendentes de migrantes que não são reconhecidos como cidadãos na Costa do Marfim, muitos falantes de russo são tratados como não cidadãos na Letônia e cerca de 500 mil pessoas de várias comunidades não tem nacionalidade na Tailândia. “Apesar de o Brasil estar longe geograficamente do epicentro destes conflitos, muitas pessoas vieram bater à porta de nosso país pedindo proteção. Até 2013, o País recebia 560 solicitações anuais de refúgio. Em 2014 esse número saltou para 12 mil pedidos, ou seja, mil a cada mês”, informou.

Godoy disse que a Acnur tem grande preocupação com os refugiados. “Curitiba possui oficialmente 132 refugiados reconhecidos e 149 solicitações de abrigo. O maior desafio da cidade é pensar soluções e boas práticas para abrigar os refugiados”, disse ele.

Como debatedores da Oficina para a Construção de Políticas Públicas de Atendimento e Acolhimento a Imigrantes e Refugiados, participaram a integrante da coordenação de Políticas Educacionais para Jovens e Adultos da Secretaria Municipal de Educação Ciomara Amorelli Viriato da Silva; a presidente da Casa Latino Americana (Casla), Gladys Renée de Souza Sanchez; o assessor de Direitos Humanos da Prefeitura de Curitiba, Igo Martini; a presidente da Associação de Solidariedade dos Haitianos em Curitiba Laurette Bernardim e o representante da Pastoral do Migrante do Paraná Egler Chiezler.

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