Com mais de 26.400 servidores nas diversas secretarias e órgãos, a Prefeitura de Curitiba garante o atendimento ao cidadão da cidade nas mais diversas áreas, em serviços essenciais. Saúde, educação, ação social, meio ambiente, segurança, trânsito, transporte, segurança alimentar, direitos humanos, esporte, urbanismo, planejamento, cultura, obras, empreendedorismo. Só neste ano, mais de 1.000 profissionais tomaram posse.
“A cidade é uma grande estrutura: viva, dinâmica, potente. Espalhados por todos os 75 bairros, presentes nas dez administrações regionais da nossa amada Curitiba, nossos servidores fazem esta máquina funcionar em prol de todos, mas especialmente dos que mais precisam da Prefeitura”, diz o prefeito Rafael Greca.
“Deixo o meu agradecimento aos que, como eu, que também sou servidor, acordam todos os dias com a disposição para cuidar, atender, ouvir, proteger, entregar o melhor que podemos fazer à cidade que vivemos”, completou Greca, ao comemorar, neste sábado, o Dia do Servidor Público.
Muitos sotaques
Os 26.400 servidores representam as mais de 28.500 matrículas. Isso porque parte dos profissionais passou em mais de um concurso público e tem duas matrículas, como alguns dos profissionais do magistério e dos médicos.
Seguindo uma tendência histórica, a maioria é feminina – elas são 79% do total. Os servidores têm idades bem variadas – dos 18 anos aos mais de 80 anos. Os que passaram dos 75 são geralmente empregados públicos, como os agentes de combate às endemias e os agentes comunitários de saúde. É que aos 75 anos, os estatutários se aposentam, conforme previsto em lei.
E nem todos são profissionais nascidos e criados em Curitiba. Assim como a cidade, a Prefeitura reúne muitos sotaques. São pessoas que vieram de outras cidades do Paraná e do Brasil. E eles continuam vindo.
O médico Ricardo da Cunha Araújo, de 38 anos, é um deles. Nascido no Ceará e formado no Amazonas, Ricardo já viveu em várias cidades pelo Brasil, mas enxerga seu futuro em Curitiba. Ele tomou posse em julho deste ano e desde então passou por três unidades básicas de saúde, duas delas no Cajuru – Camargo, que agora está em reforma, e Trindade. Agora ele atende na Unidade Uberaba de Cima, no bairro vizinho, o Uberaba.
O otimismo do médico com seu trabalho reflete em seus atendimentos. “Um dos motivos que eu escolhi trabalhar com a atenção básica é poder acompanhar o paciente, ver a evolução dos tratamentos e ir além de apenas consultas pontuais para realmente buscar soluções, e aqui quero criar esse vínculo com a comunidade”, comenta.
Para ele, o bom funcionamento das equipes é essencial para o trabalho. “A organização é um dos destaques de Curitiba para mim, qualquer ofício demanda que todos façam sua parte, e aqui na saúde todas as pessoas são importantes para o fluxo do trabalho, é muito gratificante trabalhar em um lugar onde isso acontece”, salienta o médico.
Evidenciando ainda mais a preocupação com o bom desenvolvimento dos processos, Ricardo participou de uma das muitas capacitações que a Prefeitura proporciona aos servidores, sobre telerregulação, processo interno pelo qual o paciente é avaliado pelo médico especialista.
“As ofertas de cursos gratuitos para os servidores se manterem atualizados é muito interessante, principalmente na área das ciências da saúde. Precisamos nos adequar com as novidades constantes”, explica.
Se por um lado, a comunidade é impactada pelo atendimento do servidor público, por outro, cada servidor, conforme os seus projetos pessoais, constrói sua carreira e realiza seus projetos ao longo da vida profissional na Prefeitura de Curitiba.
Muitos passam por diversas secretarias, alguns fazem novos concursos públicos e mudam de área, de forma rotativa, assumem tarefas gerenciais, tem os que se envolvem em novas ideias, novos projetos e assim participam da transformação da cidade – seja no sentido mais amplo, falando dos grandes projetos, seja numa escala menor, do tamanho de uma família, por exemplo.
Para a técnica de enfermagem Jacqueline de Paula Jordão, 40, natural de Maringá, que atuou por 15 anos na Unidade de Saúde Uberaba de Cima, conviver com os pacientes e acompanhar a vida deles é uma das virtudes de seu atendimento. “Na saúde pública a gente tem a oportunidade de participar da vida das pessoas, acompanhei grávidas em seus pré-natais e vi as crianças crescendo”, relembra.
Além de acompanhar a criação de muitas crianças, a servidora afirma que foi a estabilidade vinda do trabalho como servidora da Prefeitura que lhe garantiu segurança para ter filhos.
“Eu já tinha cinco anos de casada quando entrei na unidade básica de saúde. Anteriormente, sempre precisei trabalhar em dois empregos simultâneos para conseguir me sustentar, mas aqui eu consegui a estabilidade para construir a minha família”, relata.
Hoje Jacqueline tem dois filhos, um de 14 e uma de seis anos, e há quatro meses assumiu uma atividade na vigilância sanitária. “Eu tenho muito orgulho do meu tempo aqui na Unidade de Saúde, mas é bom mudar e aprender coisas novas. Trabalhar como servidora me permite continuar me desenvolvendo, inclusive com meus interesses pessoais”.