Importunação sexual, questões de gênero, segurança, equidade salarial, assédio moral e sexual foram alguns dos temas abordados nesta sexta-feira (10/3) durante uma roda de conversa entre integrantes da Assessoria de Direitos Humanos, do Instituto Municipal de Turismo e do Conselho Municipal do Turismo.
O encontro promovido pela Escola de Turismo de Curitiba aconteceu no auditório da Fundação Cultural de Curitiba com o intuito de ampliar a discussão sobre as políticas de defesa e promoção dos direitos. A roda de conversa faz parte da programação pelo Mês da Mulher.
O que elas querem?
A assessora de Direitos Humanos e Políticas para a Mulher, Elenice Malzoni conduziu o debate e apresentou questões importantes e desafiadoras para todas as mulheres. “O feminismo hoje é ter muito claro o que se espera da sociedade, buscamos os mesmos direitos dos homens, mas não queremos ser iguais a eles”, pontuou.
Ainda segundo Elenice, a sociedade vive em constante movimento, os conceitos são desconstruídos e reconstruídos todos os dias e é preciso enxergar as pessoas e suas necessidades.
“O tempo todo as mulheres sofrem com as interrupções de fala, o toque no corpo sem consentimento e a falta de respeito, tudo isso é violência”, salienta Elenice.
Plano Municipal de Políticas para as Mulheres
Durante o encontro, Elenice Malzoni entregou o Plano Municipal de Políticas para as Mulheres para a presidente do Instituto Municipal de Turismo, Tatiana Turra. O documento lançado no Dia Internacional da Mulher define 126 ações para os próximos quatro anos.
“Além das viagens de negócios, as mulheres participam diretamente das escolhas nos pacotes de turismo familiar. Saber receber, garantir a segurança e os direitos desse público é fundamental”, declara Tatiana.
Questões de gênero
A coordenadora das Feiras de Artesanato, Tangrian dos Santos, apresentou a dificuldade em alguns atendimentos no que se refere a questões de gênero e questionou a forma adequada de se reportar nesses casos.
De acordo com Elenice, a questão é recorrente e por isso a Assessoria de Direitos Humanos está finalizando uma cartilha que traz orientações de como lidar com essas situações. “Quando não se sabe qual o pronome correto a ser usado o mais fácil é perguntar como a pessoa deseja ser chamada. Empatia, escuta e respeito são fundamentais.”