O departamento de Mudanças Climáticas, da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, entregou, nesta sexta-feira (17/10), o certificado dos ganhadores do prêmio Mutirão Jovens pelo Clima - Iclei Brasil, Governos Locais para a Sustentabilidade. Os três projetos são feitos por jovens e ajudam a cidade a combater a emergência climática, além de estarem alinhados aos princípios do Acordo de Paris, promovendo justiça climática a partir das realidades locais.
A secretária municipal do Meio Ambiente, Marilza Dias, participou da entrega e ressaltou a importância dos projetos. “Muito bom vermos os jovens se envolvendo e participando desta discussão. Os três são ótimos projetos que ajudam a oxigenar e renovar as discussões que estamos tendo na cidade no combate às mudanças climáticas”, explicou Marilza.
Durante o evento, o diretor de Mudanças Climáticas, Felipe Ehmke, também destacou as ações que Curitiba desenvolve dentro do Plano de Mitigação e Adaptação às Mudanças Climáticas (PlanClima) e que os projetos premiados também seguem nesta linha.
“Essa iniciativa do Mutirão Jovens pelo Clima do Iclei é muito importante para gerar essas discussões sobre o cuidado com o meio ambiente. O Iclei é um grande parceiro da Prefeitura de Curitiba. As iniciativas premiadas de vocês são importantes porque temos exemplos de projetos para enfrentar as mudanças climáticas feitos por jovens. Isso mostra que Curitiba tem boas ideias e bons projetos para enfrentar a emergência climática”, afirmou Ehmke.
Vencedores
Em primeiro lugar ficou Ligia Takau, com o projeto Dizaterra. “O projeto nasceu pela minha inquietação com três crises. A crise climática, a crise da desinformação e a juventude em crise. A juventude tem um potencial enorme de combater a desinformação e de ser protagonista na questão das mudanças climáticas”, disse Ligia.
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Ligia Takau, do projeto Dizaterra
O projeto dela produz conteúdo onde o jovem consome informação, no Instagram e no TikTok. “O que eu digo quando eu levo esse projeto é que se a gente falhou em deixar o mundo melhor para a juventude, que a gente possa deixar uma juventude melhor para o mundo”, explicou Ligia.
Belahortinha, uma horta urbana do bairro Santa Cândida, ficou em segundo lugar. Andréia de Lara Kogus explicou como funciona o projeto, que consiste em uma horta orgânica escolar que atende a educação infantil de 600 crianças do CEI Bela Vista do Paraíso, no Santa Cândida.
O projeto é mantido e organizado de forma voluntária e com recursos próprios, possui uma produção orgânica, compostagem e geração de micro área de agrofloresta em constituição com aproximadamente 290 mudas de várias espécies, além de orquídeas, bromélias e plantas medicinais.
O espaço tem uma nascente restaurada e dois laguinhos artificiais que além de terem peixinhos são fonte de água para pássaros. “Bom, esse prêmio é um reconhecimento de um trabalho de meio ambiente que fazemos desde 2018 e transformou um terreno ocioso em uma área de educação ambiental. Estou muito grata pelo reconhecimento”, disse Andréia.
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Andréia de Lara Kogus, do projeto Belahortinha
Na terceira colocação ficou o projeto ManuPekena Biscuit, das irmãs Isabela Malinsky e Larissa Nascimento Rocha. A iniciativa promove um modelo de desenvolvimento sustentável que une preservação ambiental, fortalecimento da economia local e valorização sociocultural.
“O prêmio foi muito importante pela relevância do assunto. A gente precisa de parcerias e temos a ambição de ampliar esse projeto para mais pessoas, para mais culturas, mais áreas afastadas, mais vulneráveis, como comunidades indígenas e ribeirinhas”, explicou Isabela. O projeto pode ser encontrado pelo Instagram no manupekena_biscuit.
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Isabela Malinsky, do projeto ManuPekena Biscuit
A diretora de Educação Ambiental, Leila Zem, também participou da entrega dos certificados da premiação e elogiou todos os projetos. “Esses projetos de vocês são muito importantes, essas são ótimas iniciativas para a cidade e para a população. Conseguir uma mudança de comportamento é a médio e longo prazo, por isso é bom começar cedo com as crianças e os jovens”, definiu Leila.