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Luta contra tabaco

Saúde faz ato de prevenção contra o uso do cigarro

Profissionais da saúde estiveram durante toda esta quarta-feira (29), na Boca Maldita, orientando a população sobre os problemas decorrentes do uso do cigarro, repassando informações sobre tratamento para quem quer parar de fumar. Curitiba, 29/05/2013 Foto:Cesar Brustolin/SMCS

Profissionais da saúde estiveram durante toda esta quarta-feira (29), na Boca Maldita, orientando a população sobre os problemas decorrentes do uso do cigarro, repassando informações sobre tratamento para quem quer parar de fumar.  A atividade, promovida pela Secretaria Municipal da Saúde, marcou o Dia Mundial de Luta contra o Tabaco, que é comemorado em 31 de maio.

Também foram distribuídos folders explicativos sobre as ações para prevenção do uso do cigarro entre adolescentes e feitos testes para verificar o grau de lesão no pulmão de fumantes e de fumantes passivos.  “Sou fumante há sete anos. O teste de avaliação do nível de monóxido de carbono nos meus pulmões me assustou”, disse Fabíola Maia, 27 anos, que é vendedora. “Já vinha pensando em parar de fumar, agora com certeza vou tomar uma atitude”, disse Fabíola.

Um aparelho conhecido como “bafômetro do cigarro”, ou monoxímetro, foi usado para medir como o pulmão do fumante está contaminado por monóxido de carbono, por meio da  expiração no bocal descartável de uso único.

A cada oito minutos, participantes do ato fizeram buzinaços para chamar a atenção da população de que a cada oito minutos uma pessoa morre em função de problemas ocasionados pelo uso do cigarro. 

O ex-fumante Samir Abdalla, de 42 anos, administrador de empresas, ficou feliz com o resultado do teste. “Faz onze meses que deixei de fumar. Agora os alimentos têm mais sabor, durmo melhor, sou mais disposto. Só vantagens para o dia a dia” afirmou. Já sua esposa, Lilian Abdalla, de 37 anos, ainda é fumante ativa. “Pretendo parar. Até as crianças pedem isso”, afirmou.

Pesquisa

Curitiba é a segunda capital brasileira com maior prevalência de tabagismo: 20%, segundo Vigitel 2011 - Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças por Inquérito Telefônico, do Ministério da Saúde. O porcentual de ex-fumantes é maior que o de fumantes e hoje a população de menor renda e menor escolaridade fuma mais.

A responsável pelo Programa de Controle de Tabagismo da Secretaria de Saúde da Prefeitura de Curitiba, Cláudia  Weingaertner, informou que existem 54 equipamentos de Saúde inscritos no Programa de Controle do Tabagismo, que oferecem gratuitamente à população grupos de terapia cognitivo-comportamental; avaliação individualizada e tratamento medicamentoso gratuito, quando indicado. “Temos uma média de 300 atendimentos por mês”, conta Cláudia.

Riscos

Todos os fumantes apresentam um risco dez vezes maior de câncer do pulmão; cinco vezes maior de infarto; cinco vezes maior de bronquite crônica e enfisema pulmonar.

Quando a pessoa deixa de fumar, após duas horas não há mais nicotina circulando no sangue e, após oito horas, o nível de oxigênio no sangue fica normal. Após um ano, o risco de morte por infarto cai pela metade. “Temos que começar a conscientizar nossos adolescentes e jovens que tem feito uso constante de algum derivado do tabaco. Só para se ter uma ideia, uma hora de narguile equivale a 100 cigarros”, alertou Cláudia.