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Há 50 anos

Sabe qual foi a primeira cidade-irmã de Curitiba? Ela fica em Portugal

Curitiba tem 16 cidades-irmãs espalhadas pelo mundo. - Na imagem, a cidade de Coimbra. Foto: Divulgação

Curitiba tem 16 cidades-irmãs espalhadas pelo mundo. A irmandade reflete que essas cidades possuem laços por compartilharem características ou anseios semelhantes. Agora em 2025 completam-se 50 anos da primeira cidade a se tornar irmã de Curitiba e ela está em Portugal, país colonizador do Brasil. 

Além das cinco décadas, são 8.428 quilômetros que separam Curitiba de Coimbra, mas o tempo e a distância não impedem as duas cidades-irmãs de estreitar seus laços. O idioma português e o intercâmbio de pesquisas acadêmicas entre a Universidade de Coimbra e a Universidade Federal do Paraná (UFPR) foram fatores que favoreceram a implantação da primeira cidade-irmã de Curitiba. 

Em 2024, uma comitiva de Coimbra esteve em Curitiba para participar do XVII Congresso Internacional das Cidades Educadoras e aproveitou a vinda à capital para conhecer os projetos que tornaram Curitiba referência em inovação urbana. 

Os irmãos portugueses conheceram como surgiram os BRTs e a concepção dos corredores exclusivos, as canaletas do transporte coletivo e como está sendo a atualização deste modal, com a mudança para matriz elétrica, atendendo as metas do Plano de Adaptação e Mitigação das Mudanças Climáticas de Curitiba (PlanClima). A viagem também está registrada no site oficial do município de Coimbra.

Localização e história

A cidade de Coimbra fica localizada no centro de Portugal, na província de Beira Litoral, e sua população é de aproximadamente 143 mil pessoas.

Já serviu como a capital do país e é conhecida por ser a casa da Universidade de Coimbra, uma das mais antigas do mundo e a mais antiga de Portugal. Mais de 37 mil alunos estudam na instituição, muitos deles estrangeiros.

Coimbra é um grande centro cultural, contando com importantes museus e patrimônios da história portuguesa. Nos últimos anos, a cidade vêm desenvolvendo uma importante indústria de tecnologia.

A irmandade com Coimbra foi oficializada com a edição da Lei Municipal n.º 5.084/1975.

Assim como as outras 15 cidades-irmãs, essa irmandade favorece a troca de experiências culturais e comerciais, facilitando acordos e parcerias internacionais. A lei prevê que a irmandade pode resultar em cooperação nas áreas urbana, ambiental, educacional e tecnológica. As irmandades são firmadas somente com cidades que pertencem a nações que mantêm relações diplomáticas com o Brasil. 

Exemplos

A última cidade a ser declarada cidade-irmã de Curitiba foi Miami, em 4 de abril de 2022. Os laços econômicos e de inovação, com o Vale do Pinhão atuando nas parcerias, são fortes características desta última irmandade. 

A cidade-irmã de Himeji, no Japão, também tem uma sólida parceria com Curitiba, com delegações de ambas as cidades fazendo visitas técnicas.

A irmandade entre Curitiba e Himeji foi oficializada em 14 de maio de 1984, pela Lei 6.484. Desde então, as duas cidades têm mantido um estreito vínculo, promovendo a colaboração em diversas áreas em busca de benefícios mútuos.

Localizada na região japonesa de Kansai, Himeji é 25ª cidade mais populosa do Japão, com cerca de 530 mil habitantes. A cidade é conhecida pelo Castelo Himeji, uma construção de mais de 400 anos que sobreviveu a desastres naturais e à Segunda Guerra Mundial. Nas Mercês, a Praça Himeji faz uma homenagem à cidade japonesa com uma réplica do Castelo de Himeji.

Como surgiram as cidades-irmãs

Segundo o chefe de Relações Internacionais e do Cerimonial da Prefeitura de Curitiba, Rodolpho Zannin Feijó, o programa de cidades-irmãs nasceu nos Estados Unidos, na década de 1950, quando o presidente Franklin Roosevelt lançou uma iniciativa para aproximar as comunidades dos Estados Unidos com outros países do mundo.

“Foi lançado o programa Sister Cities International (SCI), um amplo programa de cidades-irmãs, com o objetivo de fomentar a diplomacia a nível cidadão, a diplomacia do cidadão que não passa necessariamente pelo serviço diplomático convencional dos países”, disse Feijó.

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Rodolpho Zannin Feijó, chefe de Relações Internacionais e do Cerimonial da Prefeitura de Curitiba

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Dessa forma, as comunidades podem exercer vínculos, laços culturais, laços comerciais, educacionais e fazer isso diretamente entre os cidadãos das cidades. “Essa é mais uma iniciativa que as Relações Internacionais de Curitiba utilizam para aproximar Curitiba do resto do mundo”, definiu Feijó.