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Curitiba de Volta ao Centro

Rua Riachuelo se reinventa com a chegada de novos comércios e espaços culturais da Prefeitura de Curitiba

Carlos Eduardo Santos comanda, junto com a esposa, Karla dos Santos Pereira, a loja de roupas Hype Brasil, na Rua Riachuelo. Curitiba, 14/10/2025. Foto: Hully Paiva/SECOM

Berço do comércio de Curitiba, a Rua Riachuelo já se reinventa, antes mesmo de passar a integrar o inédito corredor cultural anunciado pelo prefeito Eduardo Pimentel dentro do projeto Curitiba de Volta ao Centro. Quem percorre as oito quadras da via, entre a Rua XV de Novembro e a Praça 19 de Dezembro, se surpreende com um novo espaço cultural voltado a games, o Estúdio Riachuelo, inaugurado pela Prefeitura em março, e estabelecimentos abertos há pouco mais de seis meses.

Sthéfany do Amaral, uma das sócias do espaço colaborativo C.alma (Rua Riachuelo, 392), conta que a loja, inaugurada há seis meses, busca fortalecer o comércio de rua e apoiar criadores e empreendedores curitibanos, reunindo peças de moda e arte. 

“Temos uma seleção de 31 marcas locais, que comercializam criações próprias e vintage, entre roupas e acessórios femininos e masculinos”, explica Sthéfany. Entre as marcas presentes na C.alma estão a Faw Lab, Dahfrolh, Carmon e La Becqueer, que desfilaram suas criações na edição 2025 do Boqueirão Fashion, que ocorreu no fim de julho.

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Sthéfany do Amaral, uma das sócias do espaço colaborativo C.alma.

Na esquina com a Rua 13 de Maio está a Hype Brasil (Rua Riachuelo, 347), inaugurada há um mês. Nas araras da loja de moda autoral, o casal Karla dos Santos Pereira e Carlos Eduardo Santos expõe criações próprias, a maioria em viscose. 

“O carro-chefe da Hype Brasil são as camisas, ricas em estampas, mas também comercializamos quimonos, pantalonas, bermudas, casacos corta-vento e moda praia desenhados e confeccionados em nosso ateliê na Rua 13 de Maio”, conta Carlos.  

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Carlos Eduardo Santos é proprietário da Hype Brasil.

Outros endereços de moda e beleza na Riachuelo são a centenária loja de roupas masculinas Casa Edith (nº 37); a Flor de Laranjeira Brechó & Arte (nº 102); o Brechó Riachuelo (nº 191); o Mundo Avesso Brechó (nº 379) e a Merk Barbearia (nº 491).

Gastronomia e entretenimento

No campo da gastronomia e do entretenimento, o restaurante Rango de Planta (Rua Riachuelo, 433) abriu há pouco mais de seis meses e apresenta pratos veganos em um endereço na esquina com Rua Presidente Carlos Cavalcanti. Administrado por Silvia Verônica Melnechuky e Luigi Miguel Melnechuky, mãe e filho, o estabelecimento tem um público cativo local e também muitos turistas. 

“Quem é vegano pesquisa restaurantes com o cardápio antes de viajar. Por isso, recebemos muitos clientes de fora, que vem em busca, por exemplo, do nosso parmegiana de planta acompanhado de arroz e batata”, conta Silvia, sobre o prato a base de “frango” vegano feito de proteína de soja, ervilha, trigo e feijão.

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Silvia Verônica Melnechuky é sócia com o filho do restaurante Rango de Planta. 

Colado ao Rango de Planta está outra novidade da região, mas voltado ao segmento de entretenimento. O Wamoo Pub Bar (Rua Riachuelo, 427) foi inaugurado em junho e oferece uma programação semanal de shows e festas em seus três andares. Comandado pelos sócios Pollyana Masteck e Guilherme Roberto Rodrigues, o estabelecimento funciona todos os dias das 16h às 24h e tem como destaque o roof top com vista para o Cine Passeio e toda a Riachuelo.

“A proposta do Wamoo Pub Bar é trazer para o coração da Riachuelo uma opção diferente para quem busca drinques e comidinhas e uma programação musical que alterna entre DJs e shows”, salienta Guilherme.

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Pollyana Masteck e Guilherme Rodrigues, sócios do Wamoo Pub e Bar.

A Riachuelo ainda reúne outras opções gastronômicas e de entretenimento como o Jeito Mineiro (nº 102), o Café do Paço no Sesc Paço da Liberdade (Praça Generoso Marques, 189), o Empório Sandu (nº 421), a Coffeeterie Passeio do Cine Passeio (nº 410), o Cataia Bar (Praça Dezenove de Dezembro, 13) e os restaurantes Solana Star, Nossa Heros e Yabaiya da Love City (nº 500).

Decoração artesanal

Inaugurada em março deste ano, a Santo Fio (Riachuelo, 293) é a última novidade em comércio de decoração na Riachuelo – uma rua muito procurada por consumidores que buscam móveis novos e usados a preços mais acessíveis. A nova loja trouxe para a região o conceito de tapeçaria artesanal que combina beleza, técnica e tradição milenar.  

“São tapetes que buscam agregar valor, sofisticação e exclusividade aos espaços”, conta Maurício Simão Pizzano, que dirige a Santo Fio com a esposa, Flávia D'angelo. Todas as peças em algodão são feitas à mão em teares a partir de designs contemporâneos.

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Os sócios-proprietários da loja de tapetes artesanais Santo Fio.

Os próprios comerciantes veteranos do comércio de decoração da Riachuelo vêm se reinventado na busca por novos consumidores. É o caso de Issa Jaber Makhoul, 67 anos, hoje com duas lojas de móveis novos na rua. Ele precisou, na realidade, mudar de segmento várias vezes, desde que abriu o primeiro estabelecimento na rua, em 1990.

“Em 30 anos de Riachuelo, já tive distribuidora de doces e lojas de móveis usados ou que sofreram sinistro. Em comum, sempre oferecer produtos com bom custo-benefício”, recorda o comerciante de origem síria.

Hoje, Makhoul comanda, ao lado do filho, Lucas, as lojas Progressivo Móveis (Rua Riachuelo, 284), que vendem mesas, cadeiras e estantes para casa, além de mobiliário para escritório.

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Issa e Lucas Makhoul, pai e filho, comandam a Progressivo Móveis.

Quase em frente ao estabelecimento da família Makhoul está outra loja de móveis novos, mas de um jovem casal. Juliana e Rawad Elias, proprietários da Top Móveis (Rua Riachuelo, 291), comercializam cristaleiras, carrinhos de churrasco, mesas, aparadores, estantes e cadeiras – tudo fabricado em Santa Catarina. “Temos clientes de toda a cidade, que preferem móveis com um estilo mais rústico e retrô”, explica Elias.

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Juliana e Rawad Elias, com o filho Alisson, proprietários da Top Móveis.

Outras lojas de móveis novos presentes na Rua Riachuelo são Aladane Móveis (nº 222), Grupo Habibi (nº 245), Wawá Móveis (nº 280), Isabela Móveis (nº 310) e A Mobília (nº 480).

Games e cultura geek

Jovens usando óculos de realidade aumentada dão pistas de que estamos no mais novo espaço cultural da tradicional rua do Centro. O Estúdio Riachuelo ocupa um centenário casarão (antiga Casar Lerner), totalmente requalificado pelo município, e inaugurado pelo prefeito Eduardo Pimentel em março.

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Estúdio Riachuelo: polo de produção de games e animação digital. 

Em quase nove meses de atividades, o Estúdio Riachuelo, vinculado à Fundação Cultural de Curitiba, já se tornou referência em tecnologias de ponta para a produção de games, animação digital e cultura geek. No local, são ofertados cursos semanais, gratuitos ou com preços populares.

O designer de animação Guilherme Antonelli frequenta, desde o começo do ano, o curso de Animação Digital do espaço cultural da Prefeitura.  “Eu sentia que precisava me aperfeiçoar ainda mais e encontrei aqui no Estúdio Riachuelo essa oportunidade”, conta o jovem de 25 anos.

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Guilherme Antonelli faz o curso de Animação Digital do Estúdio Riachuelo.

Além dos cursos, o Estúdio Riachuelo oferece atrações para o público, incluindo uma sala dedicada a jogos desenvolvidos por startups de Curitiba, inclusive, com uso de óculos de realidade aumentada.

Ponto de virada  

A comerciante Maria Lopes Bonamigo, que abriu seu primeiro negócio na Riachuelo em 2008 e hoje comanda o restaurante Jeito Mineiro e o Mundo Avesso Brechó, reconhece que o ponto de virada da rua teve início, em 2019, com a inauguração de um outro espaço cultural da Prefeitura na região: o Cine Passeio.

“A volta do cinema de rua, com o Cine Passeio, trouxe um público diferente para a Riachuelo. É um espaço cultural que fez a rua voltar a ter mais movimento de dia e à noite. Agora, com a inauguração do Estúdio Riachuelo, já sentimos mais pessoas também circulando pela região”, salienta Maria Bonamigo, que também é presidente da Rede Empresarial do Centro Histórico.

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Cine Passeio: espaço cultural resgatou a tradição do cinema de rua. 

Considerado um dos 20 cinemas mais legais do mundo pela revista Exibidor (2020), principal publicação do segmento no Brasil, o Cine Passeio (Rua Riachuelo, 410) resgatou o conceito dos cinemas de rua em Curitiba. Em cartaz nas duas salas, além de lançamentos de filmes nacionais e internacionais a preços populares, uma programação gratuita durante todo o ano, inclusive para o público infantil.

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Maria Bonamigo, proprietária do restaurante Jeito Mineiro e do Mundo Avesso Brechó.

Cultura urbana

Já a Love City (Rua Riachuelo, 500), em frente à Praça 19 de Dezembro, é um verdadeiro centro de cultura urbana. O complexo, inaugurado há um ano, tem como grande destaque a pista coberta de skate de 300 metros quadrados, mas local também oferece uma área de eventos e opções gastronômicas, com três restaurantes e bar.

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Love City: pista coberta de skate de 300 metros quadrados.

“De 12 a 14 dezembro, vamos receber a final do Brasileiro Sub-16, uma das competições mais importantes do calendário nacional, que vai reunir 150 skatistas de todo o país”, conta Alexandre Nogueira Lopes, administrador e um dos sócios da Love City.

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Alexandre Nogueira Lopes é um dos sócios e administra a Love City.

Outros espaços culturais na Rua Riachuelo que merecem ser visitados são o Sesc Paço da Liberdade (Praça Generoso Marques, 189) e a Alfaiataria - Arte Urgente (nº 274).


Mais atrações e curiosidades sobre a Rua Riachuelo  


Antiga Rua Lisboa e comércio sofisticado 

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A história da Rua Riachuelo tem início entre os anos de 1820 e 1830, décadas nas quais o endereço passa a figurar nas atas da Câmara Municipal de Curitiba, sob a denominação de Rua Lisboa ou Rua dos Lisboas. No início do século 20, já como Rua Riachuelo, a via passou a receber estabelecimentos sofisticados, como a Relojoaria Raeder (foto), que funcionou em um prédio histórico localizado na esquina com a Travessa Tobias de Macedo (Rua Riachuelo, 147).


Paço Municipal e loja centenária 

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Na Rua Riachuelo está um cartão-postal de Curitiba: a Praça Generoso Marques, onde todos os olhares se voltam para o antigo Paço Municipal, com sua bela arquitetura com elementos neoclássicos e art nouveau. Primeira sede da Prefeitura, o local é hoje o Sesc Paço da Liberdade, um espaço cultural com exposições, espetáculos e um charmoso café. Ao redor, estão construções com linhas ecléticas e ar parisiense, como a loja de moda masculina Casa Edith, uma das mais antigas da cidade em funcionamento (1912), e os suntuosos palacetes Tigre Royal (1916) e Joaquim Augusto de Andrade (1915). Atrás do Paço Municipal, oito bancas formam o mercado de flores que, ao lado uma cafeteria e banca de revistas, compõem as Arcadas do Pelourinho. O motivo do nome? Uma pedra com uma placa informa que ali havia o pelourinho de Curitiba, demolido no século 19.


Futuro centro cultural 

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Localizado na esquina da Rua Riachuelo e Travessa Tobias de Macedo, o prédio histórico de 1926 (nº 165), que nos últimos anos funcionava como cinema, já está passando por obras de restauro para receber um centro cultural privado. A iniciativa de revitalização do imóvel, que já sediou a fábrica de calçados Casa Favorita e o Açougue Rio Branco, é da Associação dos Proprietários de Imóveis Históricos e de Interesse de Preservação (APIHIP). O futuro complexo cultural vai receber um novo cinema de rua, uma escola de teatro e uma orquestra. 


Palácio Riachuelo vai renascer

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O Palácio Riachuelo (Rua Riachuelo, 197), localizado na esquina com a Rua São Francisco, também vai passar por uma restauração. O imóvel, construído em 1929, é exemplo do período em que a Rua Riachuelo reunia estabelecimentos sofisticados do Centro de Curitiba. O Palácio Riachuelo já sediou a Casa Hilu, o Salão Recife e o Hotel Castelo.


Até cinema ao ar livre 

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O Cine Passeio, inaugurado pela Prefeitura de Curitiba, em 2019, conta com duas salas que homenageiam antigos cinemas de Curitiba: os cines Luz e Ritz, com capacidade para 90 espectadores (cada). No terraço, ainda fica um terceiro espaço de exibições de filmes, mas a céu aberto, além de um local de eventos. O complexo também possui um espaço multiuso com 110 lugares (Estúdio Valêncio Xavier), o Passeio On Demand (para exibição de streamings) e uma charmosa cafeteria. 


Praça do Homem Nu


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Popularmente conhecida como a Praça do Homem Nu, a Praça 19 de Dezembro marca o fim da Rua Riachuelo e foi inaugurada em 1953 para celebrar o centenário da emancipação política do Paraná. O espaço públicio abriga um conjunto de cinco monumentos formado por obras de renomados artistas plásticos paranaenses: o painel de granito em baixo relevo, executado por Erbo Stenzel e Humberto Cozzo; o painel cerâmico de Poty Lazzarotto; o obelisco de concreto armado com 30 metros de altura; e as estátuas do Homem Nu, que homenageia o trabalhador paranaense, e da Justiça (Mulher Nua), realizadas também por Stenzel e Cozzo.