Motoristas precisam ficar atentos a uma alteração no trânsito da Rua Eduardo Sprada, no Campo Comprido. Para a execução de obras da Prefeitura de Curitiba, a via está com redução parcial das faixas de circulação no trecho entre as ruas Maria Bizinelli e Luiz Tramontin. O fluxo dos veículos será mantido em mão dupla nos dois sentidos da via, no sistema pare e siga.
A alteração no trânsito é necessária para obras que vão alargar a Eduardo Sprada no trecho com o bloqueio para a realização de melhorias no sistema de drenagem local. A Superintendência de Trânsito (Setran) está no local para dar apoio e orientar motoristas.
A intervenção está prevista para durar cerca de 15 dias, dependendo das condições climáticas e é uma etapa que precede outra importante intervenção: a substituição de uma travessia antiga, composta por tubos de menor capacidade, por uma galeria celular, formada por módulos de concreto retangulares que oferecem maior vazão para o escoamento das águas pluviais.
O prazo estimado para a implantação da nova galeria é de cerca de 120 dias e também deve promover pequena alteração no fluxo de veículos na via. Como o trecho já estará com o alargamento da pista, cerca de 3 metros em cada lado, a via terá um novo traçado entre as ruas Maria Bizinelli e Luiz Tramontin.
A Eduardo Sprada é um importante eixo de ligação entre a região Oeste e o Centro. As intervenções na via são necessárias para permitir o avanço das obras de macrodrenagem na Bacia do Rio Mossunguê, cujo objetivo é prevenir alagamentos e melhorar a drenagem urbana na região Oeste da cidade.
Paulo Vitor Lucca, diretor do Departamento de Pontes e Drenagem da Secretaria Municipal e Obra Púbicas (Smop), explica que a galeria celular será composta por módulos de concreto em formato retangular que aumentam significativamente a capacidade de vazão.
“Essa obra vai permitir que a água da chuva atravesse a via com mais facilidade e segurança, protegendo a população de problemas recorrentes com enxurradas e alagamentos. Sabemos que a alteração no trânsito pode causar transtornos momentâneos, mas é uma medida temporária e necessária para que a cidade ganhe uma infraestrutura de drenagem mais segura e preparada para os eventos climáticos extremos”, destaca Lucca.
A nova estrutura integra o conjunto de melhorias que está em andamento na Bacia do Rio Mossunguê.
Bacia de detenção
Entre as principais ações em andamento na Bacia do Mossunguê está a implantação de uma bacia de detenção com capacidade para armazenar até 21 mil m³ de água — o equivalente a 21 mil caixas d’água de mil litros cada. A estrutura contará com diques de contenção, muros de proteção, gabiões (estruturas de contenção feitas com pedras envoltas por telas metálicas) e áreas verdes com paisagismo e recuperação da mata ciliar.
Com uma área de intervenção superior a 20 mil m², a nova bacia de detenção atenderá uma região de quase 8 km², beneficiando aproximadamente 35 mil moradores dos bairros Campo Comprido, Mossunguê, Santo Inácio, Orleans e São Braz.
“Essa é uma grande obra de macrodrenagem, que reúne diversas intervenções articuladas para estruturar a drenagem urbana em uma região densamente habitada e com histórico de alagamentos, diz o secretário municipal de obras públicas, Luiz Fernando Jamur.
Espelho d’água permanente
Ao final da obra, o local receberá uma área de conservação ambiental e de lazer, com cobertura vegetal recomposta e espelho d’água permanente, aumentando a capacidade de absorção da água, reduzindo impactos ambientais e promovendo a biodiversidade urbana.
“Vamos entregar uma solução completa para o controle das cheias na região, mas que também valoriza o espaço urbano. É uma obra que alia engenharia, sustentabilidade e qualidade de vida para milhares de curitibanos", completa Jamur.
A intervenção é coordenada pela Secretaria Municipal de Obras Públicas (Smop) e conta com investimento de R$ 11,3 milhões, com recursos do governo federal por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Drenagem.