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Habitação

Projeto de urbanização do bolsão Audi é finalista do prêmio World Habitat 2014/2015

O projeto de urbanização e reassentamento do bolsão Audi - União, localizado no Uberaba, está entre os dez finalistas do prêmio World Habitat 2014/2015, promovido a cada dois anos pelo organismo das Nações Unidas que trata dos assentamentos humanos, o UN-Habitat. Foto: Brunno Covello

O projeto de urbanização e reassentamento do bolsão Audi – União, localizado no Uberaba, está entre os dez finalistas do prêmio World Habitat 2014/2015, organizado pela Building and Social Housing Foundation (BSHF), uma organização não governamental que estimula, por meio de pesquisas colaborativas e transferência de conhecimento, a difusão de  políticas de inovação e desenvolvimento sustentável ligadas à moradia, .

Ele foi escolhido entre mais de 200 projetos, inscritos por 80 países. O resultado final será anunciado em fevereiro do ano que vem e a cerimônia de premiação ocorrerá no mês de abril, durante evento do Conselho do BSFH, em Londres.

No World Habitat Awards, a intervenção no bolsão Audi – União está concorrendo com projetos de atuação local em El Salvador, Finlândia, México, Paquistão, Filipinas, Rússia, Sérvia (duas experiências) e um projeto de ação mais ampla, em países da Ásia e da Áustria.

O projeto está sendo desenvolvido pela Companhia de Habitação Popular de Curitiba (Cohab) e tem financiamento do governo federal, liberado por meio da Caixa Econômica Federal. Ele beneficia cerca de 3,1 mil famílias que vivem num aglomerado de sete vilas irregulares, localizadas entre a margem do rio Iguaçu e a via férrea. A área, com cerca de 2 milhões de metros quadrados, tem também como limites físicos a BR-277, de um lado, e a avenida das Torres, do outro.

Mudando o panorama

A ocupação do local começou em 1998, em meio às antigas cavas do rio Iguaçu, e é uma das mais extensas e populosas da cidade. Até a chegada do programa habitacional no local, o bolsão era, também, uma das áreas mais críticas em saneamento e infraestrutura. A intervenção ainda está em andamento, com cerca de 90% das obras previstas já concluídas.

No bolsão, o panorama foi sendo gradativamente modificado, a medida que eram executadas as melhorias. O projeto tem várias frentes de ação: obras de urbanização nos trechos onde não há impedimento nem risco à permanência das famílias; construção de casas no próprio bolsão para reassentamento de moradores da beira do rio ou de locais insalubres; regularização fundiária para entrega de documentos de propriedades tanto para as famílias beneficiadas com a urbanização quanto com o reassentamento; implantação de canais de macro-drenagem e diques de contenção de cheias, para sanar um problema recorrente no bolsão, o das inundações.

O projeto desenvolvido no bolsão conta com recursos do governo federal e está incluído no chamado PAC 1 (Programa de Aceleração do Crescimento), com investimentos de R$ 38 milhões  - incluindo recursos da Prefeitura e do governo federal.

Além dos recursos do PAC, o Município também tem feitos investimentos adicionais na área, para ampliar a oferta de equipamentos e serviços públicos. Estão em funcionamento no bolsão duas unidades do CRAS (Centro de Referência em Assistência Social); duas creches, uma escola municipal, um Portal do Futuro. No entorno, há três unidades de saúde e, ao lado, está o Parque da Imigração Japonesa, criado na área desocupada após a transferência de famílias que moravam na margem do Iguaçu.

Concorrentes

Além da urbanização do bolsão Audi – União estão concorrendo ao World Habitat os seguintes projetos:

• Programa de autofinanciamento para melhorias de favelas em países da África e da Ásia, beneficiando comunidades que não têm acesso aos financiamentos bancários convencionais;

• Programa de habitação rural de El Salvador, que beneficiou 300 famílias, oferecendo conhecimento para que as comunidades utilizem materiais locais na melhoria de suas habitações e redução da incidência da doença de Chagas;

• Programa da Finlândia que prevê reforma e arrendamento de edifícios para abrigar moradores de rua, com apoio de prefeituras e organizações não governamentais;

• Programa de autoconstrução para comunidades indígenas do México, que fornece recursos, assistência técnica e incentiva o uso de técnicas construtivas e materiais locais;

• Programa de construção de casas resistentes à inundação no Paquistão, que beneficiou 20 mil famílias vulneráveis, usando materiais como bambu e cal;

• Programa de casas sustentáveis do Paquistão, que utiliza coberturas feitas com garrafas pets abastecidas com água sanitária e instaladas nos telhados em 160 mil residências, para fornecer luz natural durante o dia. Na mesma estrutura, são colocadas lâmpadas LED e micro painéis solares que possibilitam iluminação à noite;

• Programa de assistência jurídica da Rússia, que atende 1 mil moradores de rua da cidade de Saint Petersburg, auxiliando-os no enfrentamento a um ambiente hostil na sociedade e na superação das dificuldades nos meses de inverno, quando a temperatura é extremamente baixa;

• Programa de habitação permanente da Sérvia para famílias desalojadas e para grupos vulneráveis, como sem tetos e ciganos, que vivem em centros coletivos do governo, oferecendo também apoio para reinserção na sociedade;

• Programa de inclusão social e melhoria de condições de vida para comunidades ciganas da Sérvia, que abrange construção de casas, combinadas com ações de prevenção à evasão escolar e apoio para colocação no mercado de trabalho.

Para conhecer as informações sobre o projeto de Curitiba que estão disponíveis no site do World Habitat Awards, acesso o link. Os textos estão escritos em inglês, francês ou espanhol.