Termina nesta sexta-feira (8/8) a missão de estruturação do novo financiamento para projetos do Programa Curitiba Resiliente: a execução da porção sul do EcoDistrito Belém e a segunda fase do Hipervisor Urbano. Os projetos fazem parte das ações estratégicas do PlanClima, para enfrentamento de impactos climáticos.
Durante duas semanas, equipes de três consultorias internacionais contratadas pela Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) avaliaram as áreas de impacto dos projetos. O trabalho vai gerar relatórios de validação das informações que fazem parte dos componentes previstos no empréstimo de € 100 milhões já aprovado pelo Governo Federal. No total, serão € 125 milhões em investimentos, considerando a contrapartida do município.
As equipes do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) e das secretarias municipais do Meio Ambiente (SMMA), Finanças (SMF), Obras Públicas SMOP), Desenvolvimento Humano (SMDH), Igualdade Racial (SMIR), Administração e Tecnologia da Informação (SMATI), além da Controladoria Geral Municipal (CGM), Companhia de Habitação de Curitiba (Cohab-CTA), Unidade Técnico Administrativa de Gerenciamento (Utag) e a Coordenação da Defesa Civil (SGM) detalharam os objetivos dos projetos em reuniões e visitas técnicas.
Na execução da parte sul do EcoDistrito Belém, serão realizadas obras de recuperação ambiental da bacia do Rio Belém, com implantação de parque linear com estímulo à mobilidade ativa e recomposição de áreas verdes, reassentamento de famílias em situação de vulnerabilidade ambiental e a área de controle de águas fluviais com aplicações de Soluções baseadas na Natureza (SbN), com parque alagável na conexão da foz do rio com a área de espraiamento da Reserva Hídrica, na região sul da cidade.
Para a segunda fase do Hipervisor, o financiamento será aplicado na compra de novos equipamentos e programas plataforma de integração e análise, além de sistemas de monitoramento da intervenção no EcoDistrito Belém.
“O projeto faz parte da implantação das ações previstas no PlanClima e está alinhado às outras estratégias que vêm sendo aplicadas na cidade para o aumento da resiliência frente às questões climáticas”, explica Ibson Martins de Campos, superintendente de controle ambiental da SMMA.
Nesta fase de validação, as consultorias Oréade-Brèche, Arcadis e Mancala avaliaram os habitats críticos, as questões socioambientais e de biodiversidade e a situação fiduciária e estruturação do programa. “As informações irão compor o relatório que será apreciado pela área de projetos da AFD durante a missão do financiador, em meados de setembro”, explica Gisele Medeiros, assessora de investimentos do Ippuc.
A expectativa é de que o relatório final seja submetido à aprovação do conselho da AFD até outubro deste ano.
Depois das condições do financiamento aprovadas, inicia-se o processo de negociação do contrato, ao mesmo tempo em que o município dá continuidade a elaboração dos projetos executivos e aprofundamento dos estudos de impacto ambiental. Haverá ainda o trâmite de aprovação do financiamento pelo Senado, para então encaminhar a assinatura do contrato.