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Educação

Professores recebem formação para melhorar aulas de reforço no Projeto Equidade

Aulas de reforço escolar estão entre as estratégias do projeto Equidade, desenvolvido pela Secretaria Municipal da Educação para melhorar o desempenho escolar de um grupo de estudantes da rede municipal. Foto: Divulgação

Os professores que trabalham com reforço escolar nas 48 escolas municipais incluídas no Projeto Equidade estão recebendo formação específica para construção de um planejamento capaz de reforçar conteúdos de Língua Portuguesa e Matemática entre estudantes com dificuldade de aprendizagem. O curso é parte da bem-sucedida estratégia do projeto, que desde março do ano passado rompeu com a lógica do tratamento igual para realidades desiguais, e por meio de ações diferenciadas vem conseguindo reduzir o abandono escolar e a reprovação nas escolas envolvidas.

As aulas de reforço estão entre as principais estratégias do Equidade. Elas são ministradas por profissionais de apoio pedagógico, aos quais a formação específica é destinada.  O curso é semipresencial, com carga horária de 44 horas, divididos em módulos para elaboração do planejamento, do plano de apoio pedagógico (Papi), do portfólio de ações, de atividades de adequação metodológica e de instrumentos de avaliação.

O objetivo da formação, explica a coordenadora do Projeto Equidade, Eliane Titon, é preparar os professores para identificar e sanar as necessidades específicas dos estudantes que impedem o desempenho escolar.

“Cada indivíduo tem maneiras e tempos próprios na construção do conhecimento. Algumas crianças aprendem a ler e escrever de forma mais rápida e autônoma, enquanto outras necessitam de maior mediação do professor. A escola tem a responsabilidade de conhecer as formas de aprender dos seus alunos e de se organizar para garantir a todos uma educação de qualidade”, diz Eliane.

Walquiria Telman é uma das participantes da formação continuada. Com dois padrões na rede municipal de ensino, divide-se entre o trabalho como pedagoga da Escola Municipal Poeta João Cabral de Melo Neto e como professora de apoio escolar na Escola Municipal Joaquim Távora, ambas no bairro CIC. Para ela, o Projeto Equidade representa uma oportunidade para a escola ampliar o olhar para as dificuldades de aprendizagens dos estudantes. “Essa proposta nos permite direcionar encaminhamentos mais lúdicos e pontuais para resolver as necessidades de aprendizagens dos alunos. Temos orientações e encaminhamentos mais específicos para melhorar o desempenho com atividades de leitura, escrita e operações matemáticas”, diz Walquíria.

Para a professora Célia Arsie, da Escola Municipal Jornalista Arnaldo Alves da Cruz, no Boqueirão, o apoio pedagógico ofertado na escola a partir do projeto Equidade tem ampliado as possibilidades de aprendizagens porque considera necessidades, potencialidades e especificidades dos estudantes. “As aulas de reforço são como um espaço onde criamos vínculos com o estudante, pois temos como perceber, entender, acompanhar e atuar para acabar com as dificuldades e conduzi-los para o caminho da segurança, do protagonismo e da ação de inclusão no processo de aquisição do conhecimento”, diz Célia.

Resultados

O Projeto Equidade tem ações planejadas e que mobilizam os diversos segmentos das escolas e envolvem parcerias com outras secretarias municipais, com universidades e instituições ligadas ao ensino.

Um balanço divulgado em março, quando o projeto completou um ano, mostrou que nas escolas envolvidas nos anos iniciais, (1.º ao 5.º ano) a taxa de abandono caiu de 0,5% em 2013 para 0,2% em 2015, assim como a taxa de reprovação das mesmas turmas, que saiu de 5,3% em 2014 para 3,1% no ano passado.

O conjunto de escolas do Equidade também registrou aumento de 2,4 pontos percentuais na taxa de aprovação dos estudantes, saindo de 94,3% em 2014 para 96,7% em 2015.

Além da oferta de apoio escolar pedagógico aos alunos com dificuldade de aprendizagem, outras ações que garantiam a melhoria do desempenho foram  a ampliação das atividades de leitura e de ações culturais, melhorias nos espaços físicos das escolas, maior participação das famílias e o fortalecimento dos Conselhos de Escola.