O novo perfil de estudantes, cada vez mais conectados às tecnologias, tem exigido mudanças na prática diária do professor. Para ofertar uma aprendizagem ativa e reflexiva, que aproxime a escola à realidade, a Secretaria Municipal da Educação investe na formação continuada dos profissionais. Um exemplo é o curso de robótica, iniciado na última segunda-feira (2/4) para preparar professores de escolas integrais a usarem o recurso e a programação para ensinar língua portuguesa e matemática.
O curso Robótica no Acompanhamento Pedagógico: Aprofundar o Tema a Partir da Leitura e da Resolução de Problema acontece em parceria com o Centro Universitário Internacional Uninter, para subsidiar os professores que trabalham no contraturno escolar, nas turmas de 1º a 5º ano.
São 32 horas de formação, divididas em encontros presenciais e a distância, que acontecerão até 25 de abril. Michelle Feliciano, da equipe de educação integral do Departamento de Ensino Fundamental da secretaria, explica que a proposta é apresentar novas possibilidades para os professores explorarem conteúdos como resolução de problemas, geometria, construção e interpretação de textos, além de deixar o ensino mais instigante e significativo.
“A robótica pode transformar as aulas de língua portuguesa e de matemática em momentos de descontração, criação e desenvolvimento de habilidades e competências necessárias para a formação”, diz Michelle.
Robótica Sustentável
No curso, os profissionais aprendem a criar espaços para que os estudantes exerçam a criatividade e investigação e aprendam a usar novas tecnologias. Outro objetivo é a apresentação da Olímpiada Brasileira de Robótica (OBR), para incentivar à participação dos estudantes, e da proposta de Robótica Sustentável, que utiliza materiais reciclados que existem nas escolas.
“As principais características do professor de vanguarda é ser capaz de desafiar e despertar a imaginação no estudante”, disse a professora Luana Priscila Wunsch, da Uninter.
Na opinião da professora Giuliane Borineli, da Escola Municipal João Macedo Filho, no Uberaba, a formação continuada é uma prática necessária aos profissionais, especialmente aos envolvidos na educação integral. “Precisamos ser dinâmicos e atualizados para o trabalho de qualidade com a criança que fica nove horas diárias na escola”, disse ela.