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Regionais

Prefeitura investe R$ 1 milhão para descentralizar cultura e levar arte aos bairros

A feira noturna de Santa Felicidade Foi animada com apresentação teatral. Uma parceria e descentralização da Fundação Cultural e Abastecimento. Curitiba, 25/08/2015 - Foto: Levy Ferreira/SMCS

Para intensificar a descentralização e levar mais cultura e arte aos bairros de Curitiba, a Prefeitura lançou o Edital das Regionais. Cerca de R$ 1 milhão, provenientes do Fundo Municipal da Cultura, foram direcionados para fomentar a cultura nos bairros, formar público e aproximar a população dos artistas da cidade. Inédito, o edital foi lançado no ano passado para ser executado ao longo de 2015. Foram aprovados dois projetos para cada uma das nove regionais, além da Regional Tatuquara, a ser instalada até o fim do ano. Concluído esse projeto piloto, a perspectiva é a de lançar um novo edital em 2016. A iniciativa está em sintonia com as metas do plano de governo da atual gestão.

“Trata-se do primeiro grande programa de descentralização da cultura. São 20 projetos aprovados que estão trazendo bons resultados. A proposta é promover o acesso da população à cultura”, defende o presidente da Fundação Cultural de Curitiba (FCC), Marcos Cordiolli. O programa foi norteado por dois objetivos essenciais: o resgate da história e da memória cultural, de acordo com as características particulares de cada regional, e a realização de ações culturais que aproximem as comunidades locais aos artistas da região. “A ideia é transformar Curitiba no tamanho que ela tem, do ponto de vista cultural”, define o superintendente da Fundação, Igor Cordeiro.

Projetos

O incentivo à diversidade de ações, de diferentes linguagens, é outra característica marcante do programa. Os projetos contemplados no Edital das Regionais apresentam multilinguagens -- além das sete áreas tradicionais de arte (música, teatro, dança, artes visuais e outras), foram incluídas atividades de áreas distintas, como moda, gastronomia e design. Cordeiro explica que o importante é que os projetos de cada região tenham vínculos culturais com o perfil do público local. “Essa é a graça da criação e da produção cultural.”

Os proponentes têm liberdade para a montagem dos calendários de apresentação e para traçar as formas de execução, desde que em espaços com objetivos públicos. Algumas apresentações foram iniciadas no primeiro semestre, outras tiveram início nesta semana. O grupo do Circo Espalhafatos, da Regional CIC, iniciou as apresentações em abril e até o fim de novembro deve concluir as 30 exibições previstas. “Já realizamos shows em unidades de saúde, escolas, no projeto de Educação para Jovens e Adultos (EJA) e em novembro vamos fazer a exibição em uma festa comunitária na CIC”, conta Orli Carrara, coordenador-geral do projeto. O show reúne fragmentos da arte circense em esquetes com palhaços, malabares e mágico.

Teatro na Feira

Combinar feira e teatro é a proposta da Companhia Arte da Comédia na Regional de Santa Felicidade. O grupo realiza nesta sexta-feira (27), às 10 horas, a segunda apresentação da peça "As Espertezas de Arlequim", na Feira Santa Felicidade, montada na Rua Neuraci Neves de Nascimento.  A Companhia fará uma série de 36 apresentações, nas feiras livres volantes do Mossunguê, Santa Felicidade, Seminário, Vista Alegre e na feira noturna de Santa Felicidade.

A peça tem duração de aproximadamente 30 minutos e é baseada na comédia dell’arte, forma de teatro popular que surgiu no século XV, na Itália. 

"As Espertezas de Arlequim" relata de forma bem humorada os encontros e desencontros amorosos de Pantaleão, Ricciolina e Arlequim. O velho Pantaleão, assim como seu criado Arlequim, deseja casar-se com Ricciolina, que por sua vez não quer nenhum dos dois. Entre confusões e acrobacias, Arlequim demonstra sua esperteza dando uma lição no velho Pantaleão em um final surpreendente.

“Com uma linguagem popular e acessível a qualquer público, a comédia dell’arte surgiu em locais de grande movimentação popular, como as feiras e os mercados. A peça é uma oportunidade de resgate dessa antiga tradição”, comparou o italiano Roberto Innocente, idealizador da proposta. A linguagem caricata da comédia atraiu a atenção do público na estreia da peça, na última terça-feira (25).

As cores do figurino, as luzes e a movimentação dos três atores em cena fixaram a atenção do pequeno Daniel, de dois anos e meio, que permaneceu atento às cenas durante quase todo o tempo. Ele estava acompanhado da avó, Cleonice Paes, que disse ter permanecido na feira pelo interesse despertado no neto. “Olha a criançada como fica”, observou Cleonice sobre as crianças que permaneceram ao redor do espaço cênico.

A mesma motivação teve a família de Luiz Rodrigues, que estava acompanhado pela mulher, Márcia, pela filha Camilie, de três anos e meio, e pela mãe dele, Vani.  “Toda terça a gente vem na feira para comer pastel e vamos embora, normalmente ficamos no máximo 15 minutos, hoje estamos há mais de meia hora. Minha filha adorou”, enfatizou Rodrigues.

“A cultura artística sempre manteve relação com as feiras. A cultura alimentar preconiza não somente a nutrição do corpo como também da alma”, finalizou o secretário municipal do Abastecimento, Marcelo Munaretto, que também acompanhou a primeira apresentação na feira.          

Projeto Teatro nas Feiras
Datas: Terças-feiras (1º, 8, 15, 22 e 29 de setembro).


Horários e locais:
17h – Feira do Mossunguê (Rua Paulo Gorski);
18h15 – Feira Noturna Santa Felicidade (Praça São Marco).

Sextas-feiras (28 de agosto e 4, 11, 18 e 25 de setembro e 2 de outubro).
10h – Feira Santa Felicidade (Rua Neuraci Neves de Nascimento).

Sábados(29 de agosto e 5, 12, 19 e 26 de setembro e 3 de outubro).
8h – Feira Jardim Pinheiros (Rua José Martini);
10h e 11h30 – Feira Seminário (Rua Prof. João Argemiro de Loyola).

Domingos (30 de agosto e 6, 13, 20 e 27 de setembro e 4 de outubro).
10h30 – Feira Vista Alegre (Rua Arthur Leining)