O secretário de Planejamento, Finanças e Orçamento e de Parcerias Público-Privadas e Concessões, Vitor Puppi, e representantes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) se reuniram em conferência online, nesta quinta-feira (5/6), para discutir a possibilidade de projetos de enterramento de fiação elétrica em Curitiba. O banco estuda estruturar projetos de Parcerias Público-Privadas na área e deve implantar um projeto-piloto, por meio de consulta pública.
A fiação elétrica subterrânea pode reduzir a ocorrência de interrupções no fornecimento de energia, melhorar a estética urbana e minimizar o impacto ambiental causado por fios aéreos.
“Foi uma primeira conversa, muito produtiva, em que o BNDES nos trouxe números sobre o tema. Trata-se de um projeto em estágio bastante inicial e o BNDES deve desenvolver alguns projetos-piloto em breve, para aprimorar ainda essa modelagem. A nossa ideia é termos novas reuniões com os técnicos do banco para podermos avançar”, disse Puppi.
O secretário ressalta que aterrar a fiação elétrica do município está no radar, sobretudo no âmbito dos projetos da nova empresa de concessões que será criada.
O projeto de lei que cria a nova empresa de concessões e PPPS de Curitiba deve ser encaminhado nos próximos dias à Câmara Municipal de Curitiba (CMC).
Com objetivo de acelerar a execução de projetos, a nova empresa de economia mista será responsável por estruturar e fazer a modelagem de futuras concessões e parcerias público-privadas (PPP) com foco em áreas como saúde, educação, habitação e meio ambiente.
Durante a reunião, o chefe do Departamento de Projetos e Soluções de Infraestrutura Social, Gustavo Gimenez, e representantes da sua equipe deram detalhes do projeto que está sendo implantado pelo banco.
O programa do BNDES prevê o enterramento em áreas centrais das cidades, cujas regiões têm maior adensamento populacional e onde a falta de energia afeta uma maior quantidade de usuários.
A maioria dos municípios brasileiros tem cabos aparentes, mas a demanda vai além do aspecto urbanístico, principalmente com o aumento de incidência de catástrofes climáticas.
Quando essa fiação é transferida para uma parte subterrânea fechada, há uma redução significativa do risco de problemas climáticos afetarem a distribuição de energia elétrica.
Em Curitiba, já foram implantados alguns projetos, como na Rua Voluntários da Pátria, no Centro, onde os cabos de energia passaram a ser subterrâneos a partir de um projeto de revitalização urbana como parte do programa Rosto da Cidade.