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Participação popular

Prefeitura consulta moradores para aprimorar projeto Bairro Novo da Caximba

Cconsulta pública com os moradores da Vila 29 de Outubro. A apresentação contou com um representante Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), técnicos do IPPUC, Cohab e Regional Tatuquara. Curitiba, 25/09/2019. Foto: Rafael Silva

 

 

A equipe responsável pelo projeto Gestão de Risco Climático Bairro Novo da Caximba e um consultor socioambiental contratado pela Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) fizeram nesta quarta-feira (25/9) uma consulta pública com a comunidade que será beneficiada pela intervenção. A participação popular é uma exigência do agente financiador do projeto que vai beneficiar diretamente mais de 1,6 mil famílias.

“Queremos conhecer as percepções das pessoas mais interessadas na execução do projeto. E a partir das reivindicações e sugestões vamos aperfeiçoar esta importante intervenção para a cidade”, destaca Nelson Simões, consultor socioambiental contratado pela AFD para assessorar a elaboração do projeto.

O projeto Bairro Novo da Caximba engloba a construção de 1.147 novas moradias, um dique para a contenção de cheias, obras de urbanização, regularização fundiária e a implantação de um parque linear.

A captação de recursos está aprovada pela Comissão de Financiamentos Externos (Cofiex) do governo federal para a contratação de € 38,1 milhões (US$ 41 milhões ou R$ 164 milhões) junto à AFD, com contrapartida do município de € 9,5 milhões (US$ 10,2 milhões ou R$ 41 milhões).

A consulta pública foi organizada pela Companhia de Habitação Popular de Curitiba (Cohab) e pelo Instituto de Pesquisa Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc). Foram convidadas lideranças comunitárias e 60 famílias de diferentes localidades dentro da Vila 29 de Outubro. O encontro aconteceu no Cras Caximba, com apoio da Administração Regional do Tatuquara.

“Fizemos uma dinâmica na qual os moradores se inscreveram previamente para dar sugestões ao projeto. As manifestações individuais foram escritas em cartões grandes e coladas na parede. Este formato incentivou um grande número de moradores a exporem suas opiniões”, ressalta a diretora de Relações Comunitárias da Cohab, Meiri Morezzi.

Temas

Diversos assuntos foram levantados pelos moradores. Desde dúvidas sobre quais quadras serão reassentadas e quais quadras permanecem, datas e prazos de execução, transporte público, coleta de lixo, destinação das unidades, futuras ampliações das casas, espaço para animais domésticos e outros.

O trabalhador autônomo Isaías de Almeida, morador da Vila 29 de Outubro há quatro anos, sugeriu que na execução das obras seja contratada mão-de-obra local.

“Seria muito bom se os próprios moradores da comunidade trabalhassem na construção das casas. São famílias que precisam de oportunidades de melhorar a renda”, afirmou Isaías.

O consultor contratado pela AFD respondeu que faz parte das políticas do órgão realizar um recrutamento entre os moradores para que sejam empregados nas obras financiadas.

O vendedor João Manoel Rodrigues perguntou sobre os valores que serão cobrados das famílias reassentadas. “É um projeto de habitação de interesse social. Os valores cobrados não vão comprometer a renda de nenhuma família. Os casos serão analisados um a um”, explicou Meiri.

A moradora Simone Menezes questionou o acabamento das unidades. O coordenador do Ippuc Mauro Magnabosco destacou que as casas serão entregues com piso, pintadas e com acabamento de boa qualidade.