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4 anos de trabalho

Prefeitura amplia segurança viária para motoristas, pedestres e ciclistas

Semáforo na Rua Professor Pedro Viriato Parigot de Souza, em frente à Universidade Positivo. Curitiba. 28/04/2020. Foto: Ricardo Marajó/SMCS

Promover a mobilidade urbana e ampliar a segurança viária para pedestres, motoristas, motociclistas e ciclistas estiveram no centro das ações de transformação do trânsito da cidade, nos últimos quatro anos.

Na Curitiba de 1,9 milhão de habitantes e 1,4 milhão de veículos - dos quais 984 mil automóveis - as intervenções da Superintendência de Trânsito (Setran) são estrategicamente pensadas e tecnicamente implantadas em cinco vertentes: sinalização, operação, fiscalização, educação e atendimento ao cidadão.

Trabalho este que, desde 2017, incluiu a implantação de 13 novos binários de trânsito e mais quatro faixas exclusivas para ônibus. Vias importantes da cidade receberam motocaixas. A sinalização de trânsito foi revitalizada com 58,5 mil placas e com 2.642 ruas com nova pintura.

Também houve a implantação de 264 lombadas físicas. E 88 cruzamentos passaram a contar com semáforos, para melhor organizar o fluxo de pedestres e motoristas.

Viabilidade

Cada mudança no trânsito é precedida de estudos técnicos, cruzando dados de fluxo de veículos, de pedestres e de impactos no tráfego gerado, a partir do acompanhamento constante feito pela Setran e das demandas recebidas pela Central 156 de Atendimento ao Cidadão.

Curitiba tem mais de 1,2 mil cruzamentos semaforizados, 92% interligados ao Centro de Controle de Operações (CCO). O espaço faz o monitoramento em tempo real, com câmeras, do fluxo de veículos e do deslocamento do transporte coletivo.

Pelo CCO é possível alterar tempos de abertura e fechamento dos semáforos, quando necessário, e também detectar em poucos minutos falhas nos equipamentos. Na maioria dos casos, os reparos podem ser feitos de forma remota.

Ruas com sentido único de circulação

Reduzir riscos de acidentes, melhorar a visibilidade nos cruzamentos, diminuir conflitos de trânsito em conversões perigosas e proporcionar mais segurança aos pedestres são melhorias perceptíveis em trechos nos quais é possível mudar a operação de trânsito e, com duas ruas paralelas próximas uma da outra, implantar um binário de trânsito. Com a mudança, cada via fica com um sentido único de circulação.

É uma estratégia moderna de organizar o trânsito em localidades que registraram crescimento no fluxo de veículos.

Foram 13 binários em quatro anos, entre os quais se destacam os compostos pelas ruas Nilo Peçanha e Mateus Leme (do São Lourenço ao São Francisco), Major França Gomes e José Alencar Guimarães (Santa Quitéria), Ourizona e Nova Aurora (Sítio Cercado), Alberto Folloni e Marechal Hermes (Ahu e Juvevê),  Sebastião Marcos Luiz e Niterói (Cajuru) e Avenida dos Estados e Rua Amazonas (Água Verde).

Incentivo à locomoção com bicicleta, segurança aos motociclistas e prioridade para o transporte coletivo

A utilização da bicicleta como meio de transporte foi incentivada com a ampliação da estrutura cicloviária. Além disso, seguindo o plano cicloviário do município, a Setran readequou estruturas existentes, com manutenções no pavimento, colocação de rampas, atualização na sinalização, readequação de geometrias em alguns pontos e alterações em alguns locais de travessia.

Esse trabalho, planejado com o Ippuc, foi desenvolvido de forma integrada com Urbs e Secretaria do Governo Municipal. Tudo isso para trazer ao ciclista maior conforto e, sobretudo, segurança ao pedalar.

Um dos exemplos mais recentes foi a revitalização do passeio compartilhado entre pedestres e ciclistas pela Rua João Bettega (ligação entre Portão e CIC).

Já a implantação de novas estruturas voltadas a quem utiliza a bicicleta como meio de transporte, em planejamento desenvolvido com o Ippuc, integra o Plano de Estrutura Cicloviária.

O Plano de Estrutura Cicloviária tem meta de ampliar em 200 quilômetros as vias destinadas à ciclomobilidade em Curitiba. Na implantação do plano, no fim de 2019, a cidade tinha 208 quilômetros de extensão de malha cicloviária. Nesta gestão, entre estrutura implantada, em execução e projetada, já são 50,7 quilômetros.

Desse total destaca-se a Rua Padre Anchieta - um dos eixos estruturais da cidade, que ganhou uma via compartilhada entre ciclistas e motoristas para a ligação entre o centro e bairros da região oeste. A estrutura voltada à ciclomobilidade segue os modelos já implantados nos eixos estruturais das avenidas Sete de Setembro e João Gualberto.

Uma nova ciclofaixa na extensão aproximada de um quilômetro na Avenida Presidente Affonso Camargo, entre as ruas Mariano Torres e Schiller, promove uma conexão cicloviária entre a via compartilhada da Avenida Sete de Setembro e a estrutura cicloviária já existente da Affonso Camargo, que tem início após o Viaduto do Capanema. É um ganho aos ciclistas vindos das estruturas cicloviárias das ruas Mariano Torres, Flávio Dallegrave, Schiller e Avenida Dário Lopes dos Santos/Maurício Fruet e, ainda, a quem desejar ir à Rodoferroviária e ao Mercado Municipal de bicicleta.

Entre outras ciclofaixas implantadas recentemente estão as das avenidas dos Estados (com continuação pelas ruas Castro e Morretes), Sete de Setembro, Iguaçu e Getúlio Vargas, e a da Rua Nova Aurora.

Somado a essas intervenções, com mais de 2,5 quilômetros, o trecho entre as ruas Senador Accioly Filho e Raul Pompéia, das vilas Diadema, Sabará e Caiuá, na CIC, ganhou uma ciclorrota. E foi implantada a estrutura cicloviária intercampi da Universidade Federal do Paraná (UFPR), entre os bairros Cabral e Juvevê.

Segurança aos motociclistas

Uma sinalização específica para motos em cruzamentos semaforizados, com placas indicativas e pintura no pavimento, foi colocada em algumas das vias principais da cidade com grande tráfego de motociclistas.

Quem passa pela Linha Verde, Avenida Presidente Kennedy e Avenida Visconde de Guarapuava encontra as motocaixas, identificadas por espaços delimitados especificamente para que motociclistas aguardem a abertura do sinal à frente dos demais veículos. É mais uma forma de ampliar a segurança dos motociclistas no trânsito. O projeto foi testado ainda em dois pontos das avenidas Victor Ferreira do Amaral e Marechal Floriano.

Transporte coletivo

Curitiba tem oito ruas com trechos onde há faixas exclusivas para ônibus - num total de nove quilômetros. Quatro delas foram implantadas pela atual gestão: ruas General Mário Tourinho, Rua André de Barros, Alfredo Bufren/Amintas de Barros e Imaculada Conceição. A medida diminui o tempo de deslocamento de quem utiliza o transporte coletivo.

Atendimento moderno e ágil para o cidadão

O cidadão que precisa de serviços relacionados à Setran ou tem que regularizar sua situação junto à autoridade de trânsito municipal dispõe de todas as facilidades para resolver o assunto pela internet, de forma simples, rápida e moderna, no horário que for mais conveniente. É o caso da emissão de cartão credencial para utilização de vagas exclusivas para pessoas com 60 anos ou mais.

Os serviços online disponíveis pela Setran começaram a ser ofertados pela atual administração municipal e foram aumentando gradativamente. Hoje, 40% dos atendimentos ao público já são online - com a pandemia, os outros 60% são enviados pelo correio.

Todos os proprietários de veículos que recebem uma autuação de trânsito emitida por agentes ou guardas municipais na cidade podem protocolar a indicação de condutor e, também, apresentar recurso de forma online.

Outra facilidade é a consulta dos processos de multa e pareceres dos recursos digitais. Pela internet, o cidadão pode anexar documentos complementares para processos dentro do prazo e ainda não julgados. A oferta desses serviços foi possível após um desenvolvimento das funcionalidades em uma parceria com o Governo do Estado, via Detran-PR e Celepar.

Atualmente, a análise dos recursos de defesa prévia e identificação de condutor, protocolados pela internet, está sendo realizada em 48 horas - no início da gestão, a média era de 842 dias.

Todos esses serviços estão disponíveis em um novo site que foi desenvolvido para o Trânsito e que melhorou diversos aspectos de boa governança, com publicações sobre arrecadação e gastos conforme as resoluções do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran).

A informatização e digitalização de todos os processos de indicação de condutor, defesa prévia e recursos de multa eliminou o processo físico e a utilização de papéis dentro da repartição.

Educação no trânsito

Aliada às ações de engenharia para ampliar a segurança viária, a educação para o trânsito atingiu um público de 227.982 pessoas, em quatro anos. Coordenadas pela Escola Pública de Trânsito (EPTran), as ações educativas também foram desenvolvidas com focos específicos: voltadas a crianças, adolescentes, ciclistas, idosos, motofretistas e motociclistas, além de problemáticas responsáveis por acidentes graves, como alta velocidade e álcool ao volante.

Esse trabalho teve dois destaques principais: o primeiro deles voltado à segurança de pedestres, enfatizando aos motoristas a prioridade do cidadão ao atravessar a rua, em cruzamentos não semaforizados. Para reforçar essa atitude, mais de 6,2 mil faixas de pedestres foram pintadas.

O segundo destaque foi o lançamento do programa “Trânsito para todos”. Focado na empatia e na inclusão, as atividades integrantes da iniciativa são divididas em cinco frentes: para pessoas com deficiência física, pessoas com deficiência intelectual, cegos, surdos e pessoas sem deficiência. O “Trânsito para todos” tem parceria com instituições como Apae, Instituto Paranaense de Cegos e Associação dos Deficientes Físicos do Paraná.

Empatia e respeito no trânsito foram o conceito a partir do qual foi desenvolvida uma campanha de trânsito lançada pela Prefeitura de Curitiba. Dicas de conscientização foram reforçadas através de um novo personagem, o Tiba.

Além disso, a EPTran capacita monitores para trabalho na Operação Escola e Operação Igreja, da mesma forma que monitores para eventos, que atuam como apoio aos agentes de trânsito. De 2017 a 2020, foram 1.369 pessoas qualificadas para esses serviços.

Fiscalização

Um trânsito seguro depende dos respeito e da atenção de cada motorista. Quando ações de educação - de reforço das boas práticas - e de engenharia de tráfego não são suficientes, a fiscalização precisa atuar, para reprimir condutas que podem causar tragédias e atender a demandas apresentadas pela população.

São ações de rotina e blitze organizadas para reprimir infrações como excesso de velocidade (com o apoio de radares estáticos) e situações como falta de Carteira Nacional de Habilitação (CNH), veículo em mau estado de conservação e o chamado “infrator em série”, que acumula multa de todo tipo de natureza. Somente em 2020, agentes de trânsito e guardas municipais guincharam 30 veículos considerados grande devedores, com débitos acumulados em mais de R$ 10 mil.

O trabalho de fiscalização da Defesa Social e Trânsito demonstra que existe uma parcela de condutores que cometem infrações em série - não são isoladas. São comportamentos que colocam em risco a segurança de outros ocupantes do veículo, dos demais motoristas, pedestres e ciclistas.

No fim de outubro, veículo que acumulava mais de R$ 1 milhão em multas, foi parado para fiscalização. Somadas, as autuações de trânsito recebidas desde o ano de 2011 somavam um total de 366 ocorrências. Foi o maior registro de débitos de um veículo já constatado nas fiscalizações de trânsito desenvolvidas pelo município.

Serviço este que teve um incremento na cidade: além de agentes de trânsito, desde 2018 cerca de 600 guardas municipais foram capacitados e atualmente podem atuar para coibir práticas como uso do celular ao volante, falta do uso do cinto de segurança e estacionamento irregular. Esses guardas municipais estão distribuídos pelos dez núcleos regionais, auxiliando no trânsito por toda a cidade, e uma parcela deles integra um grupo específico que atua diretamente junto com a Setran nas ações desenvolvidas.

Em quatro anos, foram fiscalizados 28.571 veículos em 289 blitze. A cada três, pelo menos um apresentava irregularidade e recebia uma autuação de trânsito, totalizando 11.896 autuações e 4.741 veículos guinchados. Com os carros removidos e não retirados pelos proprietários, foram promovidos 34 leilões.

Xô, tranqueira

Carros abandonados retirados das vias públicas totalizaram 826 registros, além de outros 5.179 recolhidos pelos próprios proprietários após vistoria da Setran. Voltada para veículos em mau estado de conservação, a ação “Xô, tranqueira” é desenvolvida por agentes de trânsito e guardas municipais com o serviço de guincho, para evitar proliferação de doenças e ocupação indevida do espaço urbano.

A partir do acionamento do cidadão, uma equipe da Setran é deslocada até o endereço indicado para confirmar o mau estado de conservação do veículo, como janelas quebradas e lataria com avarias, conforme estipulado pela lei municipal 13.805/2011.

É considerado abandonado o veículo que estiver estacionado em logradouro público por mais de 30 dias e que esteja “em visível mau estado de conservação, com a carroceria apresentando evidentes sinais de colisão ou ferrugem, ou for objeto de vandalismo ou depreciação voluntária”.

Caso o veículo se caracterize como abandonado, há publicação em Diário Oficial após 30 dias da data da reclamação. Depois da publicação, o responsável tem mais 10 dias para retirar o veículo do local. Se permanecer, é removido com o guincho e levado ao pátio da Setran.

As solicitações de veículos abandonados feitas à Setran estão em dia. Quando a atual gestão municipal assumiu, havia um passivo de 1,3 mil situações acumuladas, pela falta do serviço de guincho que tinha parado de operar na cidade.

Programa Vida no Trânsito

O Programa Vida no Trânsito (PVT), chancelado pela ONU, estabeleceu uma meta de redução de mortes no trânsito e fortaleceu políticas de prevenção de lesões e óbitos provocados por acidentes de trânsito, a partir de análises, proposições e a integração dos setores envolvidos. No período de 2011 a 2018, Curitiba obteve uma redução de 46,5% nas mortes no trânsito, de acordo com relatório mais recente divulgado pelo PVT municipal.

Agora, Curitiba adere à segunda década de ação pela segurança no trânsito, estipulada pela ONU, agregando o conceito de “visão zero no trânsito”. Iniciado na Suécia e incorporado por diversas cidades ao redor do mundo, propõe intensificar intervenções na infraestrutura viária, ações de educação e de fiscalização de trânsito, de forma a minimizar consequências do erro humano.

Agentes equipados

Para os agentes de trânsito, que orientam os motoristas 24 horas por dia em desvios, trechos com obras, dias de chuvas e em falhas pontuais de semáforo, a Prefeitura adquiriu 150 novos radiocomunicadores, novos conjuntos de uniformes, que foram remodelados e somaram 100 capacetes, 900 bonés, 2.460 camisas e camisetas, 1.640 calças, 700 suéteres, 700 japonas, 100 luvas de couro, 110 pares de coturnos, 1,4 mil pares de tênis e de botinas.

As viaturas e motos do trânsito ganharam novo visual, podendo ser mais facilmente identificadas pela população.

Enfrentamento à covid-19

Com a chegada da pandemia provocada pela covid-19, a Prefeitura criou um grupo técnico para pensar em solução de incentivo à mobilidade urbana. Num esforço conjunto entre Setran e Ippuc, um projeto-piloto começou a ser desenvolvido no entorno do Mercado Municipal. Aos sábados, a área ganha ciclofaixas temporárias e calçadas estendidas.

A ciclofaixa temporária fica no trecho da Avenida Sete de Setembro, desde a Rua Mariano Torres até a Rua da Paz, ao lado do Mercado Municipal. A estrutura é sinalizada com placas viárias fixadas em cavaletes e cones ao longo do trecho que faz conexão com a ciclovia existente na Mariano Torres. A frente do Mercado Municipal ganhou paraciclos e vagas de estacionamento na Rua da Paz, para motocicletas que atendem a serviços de entrega.

Para a circulação de pedestres com a garantia do distanciamento social, a área de calçada do lado direito da Sete de Setembro é ampliada aos sábados com a restrição temporária de estacionamento no trecho que inicia depois do prédio da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e vai até a Rua General Carneiro. O mesmo modelo é implantado na Rua General Carneiro, que tem alteração na configuração dos estacionamentos, com gradis e sinalização para os clientes do Mercado e comércio local. Na via, uma faixa compartilhada e sinalizada para ciclistas.

Também como reflexo da pandemia, o circuito intermodal educativo ofertado a estudantes do ensino fundamental pela EPTran, já tradicional entre as atividades desenvolvidas pelo setor, ganhou uma modalidade online. Alunos podem acompanhar explicações e orientações sobre trânsito com os agentes por meio de uma visita virtual. Em parceria com a Secretaria Municipal de Educação foram produzidos vídeos educativos para o trânsito, transmitidos pela internet e pela TV Escola.

Sete cruzamentos da região central da cidade ganharam uma nova tecnologia para o acionamento sem toque do semáforo para pedestres. O chamado botão por aproximação requer apenas que o pedestre aproxime por poucos segundos a mão do sensor, que ativará o tempo para a travessia junto com um aviso sonoro no equipamento. Ao todo, são 33 botões.

Vinte cruzamentos em locais com grande circulação ganharam um novo visual para este período. O desenho do pedestre no sinaleiro agora tem uma máscara para reforçar ao cidadão a necessidade de se usar a proteção ao sair de casa.