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Meio Ambiente

Praças e jardinetes são oficialmente adotados pela comunidade

Dois jardinetes e duas praças de Curitiba passam a ser, a partir desta quinta-feira (05), oficialmente mantidos por três empresas e uma pessoa física da cidade. Foto: Everson Brenssan/SMCS

Dois jardinetes e duas praças de Curitiba passam a ser, a partir desta quinta-feira (05), oficialmente mantidos por três empresas e uma pessoa física da cidade. A entrega do certificado da adoção dos logradouros públicos foi feita pelo prefeito Gustavo Fruet.

“É muito importante para Curitiba que os seus cidadãos tenham este sentimento de pertencimento”, afirmou o prefeito. “A vontade de preservar o espaço público como se fosse a sua própria casa demonstra o respeito e a confiança que estas pessoas têm na cidade”, disse.

Na ocasião, o prefeito assinou a Lei 14.365, que prevê adequação ao Programa de Adoção de Logradouros Públicos, da Lei 11.642, de 2005, estendendo o mesmo às pessoas físicas, num termo de parceria de manutenção. Neste caso, não há a contrapartida da exploração do espaço por publicidade.

O objetivo é regularizar, estimular e facilitar o processo para que pessoas físicas interessadas, entidades da sociedade civil, associações de moradores, sociedades amigos de bairro ou pessoas jurídicas legalmente constituídas e cadastradas no Município a adotarem praças, parques ou jardinetes da cidade.

“Com a nova Lei, o processo foi simplificado, encurtando o prazo médio de 12 meses que levava para realizar um processo de adoção para apenas 20 dias”, explicou o secretário municipal do Meio Ambiente, Renato Lima. Ele informou que a meta é que, no prazo de um ano, aproximadamente novos 100 logradouros sejam adotados.

“Esta é uma ação exemplar, que comprova que o quanto a população pode e deve se envolver com a preservação da cidade e que deve inspirar outras pessoas”, disse o secretário.

A adoção pode ser destinada a urbanização dos espaços; construção de equipamentos esportivos ou de lazer; conservação e manutenção do logradouro adotado; e realização de atividades culturais, educacionais, esportivas ou de lazer.

Atitude

A sócia-proprietária da Escola Terra Firme, localizada no bairro Hugo Lange, Sandra Cornelsen, conta que a iniciativa de adotar a Praça Alcides Munhoz Neto, vizinha à instituição, partiu de um antigo desejo dela. “Acredito que as crianças têm que interagir com o mundo, com a comunidade, e não devem ficar restritas ao gueto escolar”, disse.

Na prática, desde setembro os estudantes já fizeram um trabalho de divulgação no bairro, informando aos moradores sobre a nova responsabilidade da instituição em manter a praça, além de executarem a limpeza e roçada do local, plantio de flores e canteiros de ervas e a realização de um concurso cultural que resultou num desenho artístico reproduzido no muro da praça.

O mutirão movimentou 250 crianças com idades entre três e 14 anos. Segundo a proprietária, o investimento financeiro da escola foi irrelevante, inferior a R$ 5 mil, e a ação se tornou possível com o engajamento de todos.

“Percebemos que o nosso exemplo já está influenciando a comunidade local, que tem se oferecido para nos ajudar na manutenção do espaço, que tem sido mantido limpo e conservado com a ajuda de todos”, contou Sandra. “Acreditamos que, o próximo passo, seja influenciar outras escolas a também adotarem praças e jardinetes próximos”.

Outros logradouros que tiveram suas adoções oficializadas durante a cerimônia são a  Praça General Florimar Campelo, no Boqueirão, que foi adotada por Evaldo Ferreira da Cruz, e o Jardinete Almyr Ayres de Arruda, no bairro São Braz, adotado pela empresa Higi Serv Limpeza e Conservação, e o Jardinete Hipólito Dopieralski, no Alto da XV, adotado pelo Hospital Menino Deus.