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Educação

População em situação de rua participa de exame de equivalência para comprovar escolarização

Acolhidos fazem exame de equivalência. - Na imagem, José Ricardo Paulino. Foto: Divulgação

Dezenove pessoas em situação de rua acompanhadas pela Fundação de Ação Social (FAS) participaram de um exame de equivalência para comprovar o grau de escolarização. A prova foi realizada nesta segunda-feira (10/6), no Centro Especializado para a População em Situação de Rua (Centro POP) Doutor Faivre, que funciona dentro do Centro Intersetorial de Atenção a Pessoas em Situação de Rua, a FAS SOS, no Centro.

A prova foi aplicada por uma equipe da Secretaria Municipal da Educação (SME). A gerente da Educação para Jovens e Adultos da secretaria, Maria Gorete Stival Paula, explica que o exame de equivalência está normatizado pela Portaria nº 9, de 11 de março de 2025. O teste possibilita que jovens e adultos que não concluíram os anos iniciais do Ensino Fundamental (1º ao 5º ano) na idade adequada possam obter a certificação de conclusão, por meio de uma avaliação. A iniciativa atendeu também pessoas que perderam os documentos escolares.  

Os participantes foram informados sobre a oportunidade de fazer a prova diretamente na unidade da FAS. Se houver novos interessados, a Fundação planeja levar a iniciativa para outras unidades da regional Matriz.

Trabalho integrado

O presidente da FAS, Renan de Oliveira Rodrigues, explica que a iniciativa é importante no atendimento à população em situação de rua, pois incentiva a retomada da educação e contribui para novas oportunidades de inclusão social.

Ele destaca ainda o trabalho integrado da ação. “A população em situação de rua apresenta necessidades complexas e multifacetadas que vão além de um único serviço. O trabalho intersetorial permite que diferentes políticas se complementem, garantindo um atendimento completo e eficaz”, diz.

Ubiratã Adauto de Souza, de 58 anos, foi um dos participantes. Ele já havia concluído o Ensino Fundamental, mas perdeu a documentação que comprova a escolaridade. “Quis fazer essa avaliação para ter o documento e voltar a estudar. É o meu projeto”, disse. Ubiratã está acolhido atualmente na Casa de Passagem Doutor Faivre, que também integra a estrutura da FAS SOS.

José Ricardo Paulino, de 42 anos, também fez a prova com o objetivo de recuperar o histórico educacional e recomeçar os estudos. “Foi muito bom fazer essa prova, para ver como está o meu ‘QI’, ver como está o meu conhecimento perdido, voltar a estudar e melhorar daqui pra frente”, comentou.