O cenário da política habitacional em Curitiba e as estratégias para aumentar a visibilidade da população e da cultura negra foram os temas da conversa que reuniu a vereadora Giorgia Prates e o prefeito Rafael Greca, nesta terça-feira (04/4), no Palácio Solar 29 de Março.
“Nossa ideia é apresentar propostas para a Prefeitura, além de discutir os projetos que partem daqui. Não tem como fazer um bom trabalho pelo nosso mandato preto popular sem conversar”, disse Giorgia, do PT (Partido dos Trabalhadores). Ela é a segunda mulher negra eleita vereadora por Curitiba, além de ser a primeira declaradamente lésbica.
Tem legitimidade
Greca gostou da postura de Giorgia. “A vereadora usa a legitimidade do seu mandato de forma serena, forte, lúcida e muito inteligente”, elogiou, oferecendo as estruturas da Cohab (Companhia de Habitação Popular de Curitiba) e do Ippuc (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba) para que ela e sua equipe conheçam melhor projetos como o Bairro Novo do Caximba, de habitação popular na Regional Tatuquara, entre outras iniciativas.
“Quem mora na água, em qualquer parte da cidade, vai sair da água porque gente não é sapo e precisa viver em locais adequados às necessidades e aos sonhos das pessoas”, disse. Greca se referia à regra de ser impossível a existência de casas em locais onde chega o nível da água dos rios.
Olhar sensível
A primeira-dama, Margarita Sansone, participou do encontro para conhecer Giorgia Prates e as propostas de seu mandato popular. “Mulheres se entendem melhor porque têm um olhar peculiar para o social e para a cultura”, justificou Margarita, que criou e presidiu a FAS (Fundação de Ação Social), além de ter comandado a FCC (Fundação Cultural de Curitiba).
Também participaram do encontro as integrantes do mandato popular Nahomi Helena, Santa de Souza e Cláudia Kanoni; o presidente do Ippuc e secretário do Governo Municipal, Luiz Fernando Jamur; e o assessor de Articulação Política, Lucas Navarro.