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Regional Boa Vista

Plano de Recuperação garante Unidade de Saúde, moradias e Clube da Gente

Plano de Recuperação garante avanços aos bairros da regional da Boa Vista. - Na imagem, a Unidade de Saúde Jardim Aliança, no Santa Cândida. Foto: Lucilia Guimarães.

Uma nova Unidade de Saúde no Jardim Aliança, moradias para 281 famílias, Clube da Gente Boa Vista para população praticar atividades físicas e o início das obras do trecho final do sexto eixo de integração de Curitiba, que liga estação Solar ao Atuba. Essas benfeitorias melhoraram a de vida dos moradores dos bairros da Administração Regional Boa Vista e foram possíveis a partir do momento em que a Prefeitura instituiu o Plano de Recuperação de Curitiba, que acaba de completar dois anos.

A medida não apenas colocou as contas da Prefeitura em dia, mas permitiu à cidade bater recorde de investimentos, com uma carteira de quase R$ 1 bilhão em projetos, regularizar serviços públicos e melhorar a qualidade de vida da população.

Na Regional Boa Vista – que compreende os bairros Pilarzinho, Taboão, Abranches, Cachoeira, Barreirinha, São Lourenço, Santa Cândida, Boa Vista, Tingui, Bacacheri, Atuba e Bairro Alto, - a medida possibilitou que mais de 30 mil metros de novo asfalto fosse feito e garantiu casa própria para 156 famílias reassentadas no moradias Maringá, no Cachoeira e para 125 famílias que passaram a viver no Moradias Faxinal, no Santa Cândida.

O Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) Boa Vista ganhou sede própria e as obras de reforma do terminal Santa Cândida foram retomadas.  

A implantação do binário entre as ruas Mateus Leme e Nilo Peçanha organizou o trânsito e deu maior fluidez de veículos para as vias. Para que o binário fosse implantado a Rua Mateus Leme recebeu obra de recape e recebeu nova sinalização horizontal (no chão), vertical (placas) e alterações nos semáforos.

Com as contas em dia, investir na educação foi prioridade. A comunidade comemorou a inauguração do CMEI Heloína Greca, no bairro Pilarzinho, para atender 150 crianças.

Unidades escolares passaram por melhorias. Foram refeitos os telhados das Escolas Municipais CEI Bela Vista do Paraíso, Theodoro De Bona, Ricardo Krieguer, da Unidade de Educação Integral (UEI) Tanira Regina Schmidt, além do Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Cassiopéia.

Os curitibininhas que vivem no Pilarzinho agora têm espaço maker para oficina de criatividade no Farol do Saber e Inovação Manuel Bandeira, anexo à Escola Municipal Herley Mehl. A unidade é equipada com impressora 3D para criação de protótipos.

Também foi a partir do plano de recuperação que a troca da iluminação aconteceu em vias, parques e jardinetes. O Parque Tanguá agora tem 98 postes novos, entre eles 11 ornamentais, e com 180 luminárias, sendo 161 luminárias de LED, mais modernas e eficientes. Também ficaram mais iluminados o parque Tanguá, a praça Coronel Adélio Conti, no Bacacheri e o Bosque Irmã Clementina, no Bairro Alto.

O Jardinete Syro Simão, no encontro das ruas José Bajerski e Manoel Aranha, no Abranches, recebeu novos postes e refletores mais potentes, de 250 watts. No Santa Cândida, o Jardinete Hedwirges Nadolny também recebeu, no dia 20 de fevereiro, um novo poste com refletores de 250 watts.

A população também ganhou veículos novos para o transporte público. Nas Unidades de Saúde, as prateleiras voltaram a ficar completas de medicamentos a partir de julho de 2017.

O Plano de Recuperação assegurou obras até onde não é visível aos olhos, como a limpeza de galerias pluviais e caixas de captação das águas de chuva para evitar que a obstrução dos tubos de concreto cause alagamentos em dias de chuvas fortes. Alguns desses serviços foram recentemente realizados em ruas como rua Benvenuto Gusso e João Guariza, ambas no Boa Vista.

A dragagem para desassoreamento do lago do Parque São Lourenço foi outra importante obra viabilizada. Aumentou a capacidade do lago para contenção de cheias, além de melhorar a qualidade da água dos rios da cidade.

A integração metropolitana com a construção da nova ponte sobre o Rio Atuba, na divisa entre Curitiba e Colombo, facilitou a vida dos moradores e ajudou a impulsionar os negócios na região.

A estrutura em concreto substitui uma antiga ponte de madeira que, desde meados de 2014, estava interditada à passagem de veículos.

Execução do Plano

O Plano de Recuperação foi criado em junho de 2017, após o diagnóstico das finanças municipais apontar a necessidade de elaboração de medidas destinadas a evitar a paralisia do Município e que assegurassem uma nova trajetória de sustentabilidade dos gastos públicos.

"As medidas nos permitiram retomar o controle do Orçamento, com transparência e sustentabilidade”, diz o secretário de Finanças, Vitor Puppi.

À época, a atual gestão encontrou a cidade com uma dívida de R$ 1,2 bilhão e um rombo de R$ 2,19 bilhões de déficit fiscal.

As receitas estavam em R$ 8,1 bilhões e as despesas em R$ 10,3 bilhões. Ou seja, faltavam R$ 2,19 bilhões para fechar as contas, valor equivalente a quatro anos de arrecadação de IPTU.

Como estava Curitiba em 2017

Curitiba começou 2017 com uma dívida de R$ 1,2 bilhão;

As receitas estavam em R$ 8,1 bilhões e as despesas em R$ 10,3 bilhões, ou seja, faltavam R$ 2,19 bilhões para fechar as contas. O valor equivale a quatro anos de arrecadação de IPTU;

Entre 2012 e 2016, as despesas com pessoal cresceram 70%, a receita cresceu 28% e os investimentos caíram 52%;

A saúde teria recursos disponíveis só até agosto de 2017;

A educação teria verbas somente até setembro de 2017;

O salário dos servidores seria pago só até novembro de 2017;

A coleta de lixo seria realizada apenas até julho de 2017;

O município encerraria 2017 com uma dívida de quase R$ 1 bilhão com previdência dos servidores;

O que mudou com o Plano de Recuperação

Parcelamento de mais de R$ 437 milhões em débitos do município com o Instituto de Previdência acumulados durante a gestão anterior;

Adequação nas leis na área de Recursos Humanos;

Criação de leilões reversos de dívidas municipais. Já foram realizados 11 leilões pela Prefeitura, totalizando dívidas de R$ 98,8 milhões. O desconto médio foi de 17,73%, o equivalente a R$ 17,5 milhões de recursos economizados pelo município;

Pagamento à vista de mais de 600 pequenos credores;

Parcelamento das dívidas maiores que R$ 300 mil de serviços essenciais ao município, como remédios, merenda escolar e limpeza, com mais de R$ 175 milhões em dívidas parceladas;

Redução em mais de R$ 76 milhões nas despesas de custeio, com renegociação de contratos em áreas como limpeza, informática, transporte e outros;

Regulamentação dos serviços de transporte por aplicativo, que já arrecadou mais de R$ 18,3 milhões ao Município;